Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

IMPACTO DE RADIAÇÕES DE FUKUSHIMA NA FLORA E FAUNA É AVALIADO

As autoridades japonesas começaram a estudar os animais e vegetais ao redor da central nuclear acidentada de Fukushima com o objetivo de determinar o impacto de fortes radiações ionizantes em seus genes, indicou nesta segunda-feira uma autoridade governamental.
Os cientistas extraem amostras de ratos-do-campo, pinheiros vermelhos, certos tipos de crustáceos e outros elementos da flora e da fauna selvagens dentro e perto da região proibida de 20 km de raio ao redor do complexo atômico, explicou um funcionário do Ministério do Meio Ambiente.
"Trata-se de estudar os efeitos da fonte de radioatividade presente neste perímetro sobre os cromossomos e funções reprodutoras de animais e plantas", disse.
O ministério prevê publicar em março um primeiro informe sobre estas pesquisas de especialistas na zona proibida onde vivem muitos animais em estado selvagem.
O ministério publicará em março um primeiro informe
 sobre as pesquisas realizadas pelos especialistas


FRIO NO LESTE EUROPEU DEIXA CERCA DE 50 MORTOS

Uma onda de frio, que atingiu o leste europeu nos últimos dias, provocou a morte de mais de 50 pessoas, informaram as autoridades destes países, onde as baixas temperaturas devem continuar nos próximos dias.
Na Polônia, onde os termômetros marcaram -27° C no sudeste do país, dez pessoas morreram de frio no fim de semana, anunciou nesta segunda-feira a polícia polonesa.
Neste país, desde o início do inverno, 46 pessoas morreram de frio (22 em janeiro, 19 em dezembro e 7 em novembro). Mas, este registro é, segundo o porta-voz da Polícia Nacional, muito inferior aos dos anos anteriores, por causa do "inverno particularmente suave".
"As vítimas do frio são, normalmente, pessoas desabrigadas, ou que abusaram do álcool e pessoas idosas", acrescentou.
Dezoito pessoas morreram de frio em quatro dias na Ucrânia, a maior parte sem domicílio fixo, segundo o Ministério ucraniano da Saúde. A maioria das mortes (seis pessoas) foi registrada na região de Lugansk (leste).
As temperaturas devem cair nos próximos dias para até -30°C em algumas regiões da Ucrânia, segundo o serviço de meteorologia ucraniano.
Na Bulgária, as temperaturas desceram até -24°C e a imprensa noticiou a morte de cinco pessoas durante tempestades de neve na semana passada, a maioria eram idosos que se perderam em uma estrada.
As temperaturas mais baixas foram registradas na manhã desta segunda-feira em Tchirpan (sul) com -24° C e em Sevlievo (centro) com -23,4° C, anunciou o serviço meteorológico, que prevê temperaturas ainda mais baixas nos próximos dias.
As hospitalizações por causa de fraturas aumentaram e mais de 170 escolas estão fechadas.
O vento que sopra na planície do Danúbio, norte do país, reforça a sensação de frio. O porto de Varna (nordeste), no Mar Negro, foi fechado por causa das fortes rajadas de vento.
Na Romênia, quatro pessoas morreram desde domingo em razão da onda de frio que atinge o país há alguns dias, o que elevou a seis o registro de mortos desde quinta-feira em decorrência das temperaturas muito baixas, segundo o Ministério da Saúde.
Entre as vítimas do frio estão um homem de cerca de 80 anos encontrado morto em seu jardim e um morador de rua.
A maior parte dos departamentos da Romênia está em alerta laranja até sexta-feira em razão das temperaturas que atingem -27 graus Celsius.
Na Sérvia, três pessoas morreram no sábado e no domingo no oeste do país por causa da neve, que também atrapalhou o tráfego no sul, informou nesta segunda-feira a agência de notícias Tanjug.
Uma mulher de 49 anos foi encontrada morta por hipotermia na região de Valjevo, em uma cidade a 80 km de Belgrado. Um homem de 52 anos também morreu no domingo perto de sua casa na cidade de Bobovo, na mesma região. Na cidade de Taor, um idoso de 81 anos morreu de frio em sua casa.
As tempestades de neve na Sérvia durante o fim de semana também perturbaram o tráfego e o abastecimento de energia no sul do país, onde foi decretado estado de alerta em 14 cidades.
A neve parou de cair no domingo, mas a temperatura continuou a baixar e chegou a -20° C no centro da Sérvia.
Na Macedônia, um homem de 63 anos morreu de hipotermia na região de Mariovo, no sudoeste do país, anunciou a polícia macedônia.
Na Lituânia, a polícia anunciou a morte de três pessoas, entre as vítimas está uma mulher de 91 anos e um homem de 78 anos.
Na República Tcheca, um homem de 26 anos foi encontrado morto em um campo perto da cidade de Opava, no leste do país.
Na Eslováquia, um homem de 63 anos foi encontrado morto nesta segunda em frente a sua casa na cidade de Sunava (norte).
Por fim, um imigrante ilegal palestino morreu de frio quando tentava atravessar o rio Evros (nordeste), fronteira natural entre a Grécia e a Turquia, segundo a polícia.
 Na Ucrânia
Igreja cristã fica coberta de neve em Kiev, nesta segunda (Foto: Efrem Lukatsky/AP)
Pelo menos 30 pessoas morreram nos últimos cinco dias por causa de uma onda de frio na Ucrânia, que fez com que as temperaturas baixassem para 33 graus Celsius negativos, afirmou o Ministério de Emergências, nesta terça-feira (31).
A maioria das vítimas era morador de rua, disse o ministério. Outras 500 pessoas foram tratadas em hospitais por enregelamento de membros e outros problemas relacionados ao frio. A Ucrânia tem experimentado o seu inverno mais rigoroso nos últimos seis anos. As temperaturas no ex-país soviético não costumam cair abaixo de 15 graus Celsius negativos.
O ministério disse que 1.600 centros foram montados para fornecer acomodação, comida e bebida provisoriamente para os desabrigados.
Temperaturas no país chegaram a -33ºC.
Maioria das vítimas era morador de rua, informou o governo.



COBRAS E SERPENTES MAIS VENENOSAS DO MUNDO

Essa não é uma lista agradável, mas na pior das hipóteses, é útil. Não desejo que ninguém encontre uma cobra peçonhenta por aí, mas pelo menos agora você vai saber reconhecer as piores delas. Confira:
Cascavel
Cascavel
A cascavel é facilmente identificável pelo chocalho na ponta de sua cauda. Elas fazem parte da família da jararaca. Única serpente das Américas dessa lista, a cascavel representa bem seu continente. Surpreendentemente, os filhotes são considerados mais perigosos do que os adultos, devido à sua incapacidade de controlar a quantidade de veneno injetado. A maioria das espécies de cascavel tem veneno hemotóxico, que destrói tecidos, órgãos e causa coagulopatia (interrompe a coagulação do sangue). Cicatrizes permanentes são muito prováveis no caso de uma picada venenosa. Mesmo com tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar, paralisia, salivação e hemorragias também são sintomas comuns. Mordidas de cascavel, especialmente de espécies maiores, são muitas vezes fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de 4%.
Cobra-da-morte
Cobra-da-morte
Apropriadamente chamada cobra-da-morte, a espécie é encontrada na Austrália e Nova Guiné. Ela caça e mata outras serpentes, inclusive algumas dessa lista, geralmente através de emboscada. Parece bastante com as víboras, já que tem cabeça em formato triangular e corpos pequenos e achatados. Normalmente, injeta em torno de 40 a 100mg de veneno nas vítimas. Uma mordida não tratada da cobra-da-morte é uma das mais perigosas do mundo. O veneno é uma neurotoxina; uma picada provoca paralisia e pode causar a morte dentro de 6 horas, devido à insuficiência respiratória. Os sintomas geralmente alcançam seu auge em 24 a 48 horas depois do ataque. Antiveneno é muito bem sucedido no tratamento de sua mordida, particularmente devido à progressão relativamente lenta dos sintomas. Antes de desenvolvimento do antiveneno, uma mordida da cobra-da-morte tinha uma taxa de letalidade de 50%. Com o ataque mais rápido no mundo, a cobra-da-morte pode ir do chão à posição de ataque (e voltar) dentro de 0,13 segundos.
Víboras
Víbora serrilhada
Elas são encontradas em quase todo o mundo, mas sem dúvida a mais venenosa é a víbora serrilhada e a víbora de Russel, encontradas principalmente no Oriente Médio e na Ásia Central (especialmente Índia, China e Sudeste Asiático). Víboras são rápidas e geralmente noturnas, muitas vezes ativas após chuvas. A maioria das espécies tem veneno que causa dor no local da picada, seguido imediatamente de inchaço do membro afetado. A hemorragia é um sintoma comum, especialmente a partir da gengiva. Há uma queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Bolhas ocorrem no local da picada. A necrose é geralmente superficial e limitada aos músculos perto da mordida, mas pode ser severa em casos extremos. Vômito e inchaço facial ocorrem em aproximadamente um terço dos casos. A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Descoloração pode ocorrer em toda a área inchada, além de extravasamento de plasma para o tecido muscular. A morte por septicemia, insuficiência respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordida, ou mesmo mais tarde.
Naja
Naja
A maioria das espécies de naja não entraria nessa lista, mas a cobra cuspideira das Filipinas do Norte é a exceção. Seu veneno é o mais mortal de todas as espécies de naja, e elas são capazes de cuspi-lo até 3 metros longe. O veneno é uma neurotoxina que afeta a função cardíaca e respiratória, e pode causar neurotoxicidade, paralisia respiratória e morte em 30 minutos. Sua picada provoca apenas danos mínimos no tecido. Os sintomas podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, tontura, desmaio e convulsões.
Serpente-tigre
Serpente-tigre
Encontrada na Austrália, essa cobra tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte por mordida de serpente-tigre pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas. Antes do desenvolvimento de um antídoto, a taxa de mortalidade de serpentes-tigre era de 60 a 70%. Os sintomas podem incluir dor localizada na região do pé e pescoço, formigamento, dormência e sudorese seguida por dificuldades respiratórias e paralisia. Essa cobra geralmente foge se encontrada, mas pode se tornar agressiva quando encurralada. Ataca com precisão infalível.
Mamba-preta ou Mamba-negra
Mamba Preta ou Mamba Negra
A mamba-preta é encontrada em muitas partes do continente africano. Elas são conhecidas por sua agressividade e ataque de precisão mortal. Elas também são as cobras terrestres mais rápidas do mundo, capazes de atingir velocidades de até 20 km/h. Podem atacar 12 vezes seguidas. Uma única mordida é capaz de matar entre 10 e 25 adultos. Seu veneno é uma neurotoxina de ação rápida. A mordida fornece cerca de 100 a 120 mg de veneno, em média, no entanto pode fornecer até 400 mg. Se o veneno atingir uma veia, 0,25 mg/kg é suficiente para matar um ser humano em 50% dos casos. O sintoma inicial da picada é dor local na área da mordida, embora não tão grave quanto de cobras com venenos hemotóxicos. A vítima experimenta uma sensação de formigamento na boca e extremidades, visão dupla, confusão, febre, salivação excessiva (incluindo espuma na boca e no nariz) e ataxia acentuada (falta de controle muscular). Se a vítima não receber atenção médica, os sintomas progridem rapidamente para graves dores abdominais, náuseas e vômitos, palidez, choque, nefrotoxicidade, cardiotoxicidade e paralisia. Eventualmente, a vítima experimenta convulsões, parada respiratória, coma e morte. Sem antiveneno, a taxa de mortalidade da cobra é de quase 100%, entre os mais altos de todas as serpentes venenosas. Dependendo da natureza da picada, a morte pode vir entre 15 minutos e 3 horas.
Taipan
Taipan
Essa cobra da Austrália tem um veneno forte o suficiente para matar até 12.000 porquinhos-da-índia. Já foi comparada a mamba-preta africana na morfologia, ecologia e comportamento. Seu veneno coagula o sangue da vítima, bloqueando as artérias ou veias. Também é altamente neurotóxico. Antes do desenvolvimento de antídotos, não havia sobreviventes conhecidos de uma picada de Taipan. A morte ocorre tipicamente dentro de uma hora. Mesmo com o sucesso na administração de um antiveneno, a maioria das vítimas tem uma estadia extensa em cuidados intensivos.
Krait malasiana
Krait malasiana
Encontrada em todo o sudeste da Ásia e da Indonésia, mesmo com antiveneno, 50% das mordidas dessa cobra são fatais. Antes do desenvolvimento de um antídoto, sua letalidade era de 85%. Kraits caçam e matam outras serpentes, mesmo canibalizando outras Kraits. Elas são uma raça noturna, e são mais agressivas sob a escuridão. No entanto, em geral são muito tímidas e preferem se esconder a lutar. Seu veneno é uma neurotoxina, 16 vezes mais potente que o de uma naja. Rapidamente induz a paralisia muscular, seguida por um período de enorme excesso de excitação (câimbras, tremores, espasmos), que finalmente termina em total paralisia. Felizmente, picadas de Kraits são raras devido à sua natureza noturna. Mesmo que o antiveneno for administrado a tempo, a pessoa está longe da sobrevivência garantida. A morte geralmente ocorre dentro de 6 a 12 horas. Mesmo se o paciente chegar ao hospital, levando em consideração o tempo desse transporte, coma permanente e até mesmo morte cerebral por hipóxia podem ocorrer.
Cobra marrom
Cobra marrom
Como muitas outras, a cobra marrom também prefere morar na Austrália (pensando duas vezes antes de ir pra lá, não?). Não deixe seu nome inócuo lhe enganar: cerca 1/500 gramas de seu veneno é suficiente para matar um ser humano adulto. De sua espécie, é a mais venenosa. Mesmo filhotes podem matar um ser humano. Ela se move rapidamente, podendo ser agressiva em certas circunstâncias. Houve casos em que perseguiu seus agressores e os atacou repetidamente. Seu veneno contém neurotoxinas e coagulantes de sangue. Felizmente para os seres humanos, menos da metade de suas picadas contém veneno, e elas preferem não morder se possível. Apenas reagem ao movimento, então fique muito parado se encontrá-la alguma vez na vida.
Cobra-de-barriga-amarela ou taipan-do-interior
Cobra-de-barriga-amarela ou taipan-do-interior
Essa espécie tem o veneno de cobras terrestres mais tóxico do mundo. A produção máxima registrada por uma mordida é de 110mg, o suficiente para matar cerca de 100 seres humanos, ou 250.000 ratos. Ela é 10 vezes mais venenosa que a cascavel, e 50 vezes mais venenosa do que a naja comum. Felizmente, a taipan-do-interior não é particularmente agressiva e é raramente encontrada pelo homem na natureza. Nenhuma fatalidade já foi registrada, embora ela pudesse matar um ser humano adulto em 45 minutos.
Serpente marinha de bico
Serpente marinha de bico
Essa cobra marinha é encontrada nas águas do sudeste asiático e na Austrália setentrional. É a serpente mais venenosa conhecida do mundo: alguns miligramas de seu veneno são fortes o suficiente para matar 1.000 pessoas. Porém, menos de um quarto de suas mordidas contém veneno; elas são relativamente dóceis. Pescadores são geralmente as vítimas dessas picadas, quando encontram as espécies em redes lançadas ao mar.
Sobre as Cobras marinhas
As cobras marinhas são descendentes conhecidas das cobras terrestres australianas, que evoluíram para répteis aquáticos. Elas vivem apenas nos oceanos tropicais, especialmente no Oceano Índico e no oeste do Oceano Pacífico, e 32 espécies foram encontradas nas águas da Grande Barreira de Corais. São razoavelmente grandes, mas poucas excedem os dois metros de comprimento. Apesar de morder apenas se for provocada, seu veneno costuma ser mais tóxico do que o das cobras terrestres, por isso ela é o animal mais perigoso de todos. A maioria das cobras marinhas consegue produzir de 10 a 15 miligramas de veneno por vez, sendo que uma dose fatal é de apenas 1,5 mg! Felizmente, já existe soro antiofídico contra todos os venenos de cobra, por isso as mortes humanas raramente acontecem.
Jararaca Ilhoa - Bothrops insularis
Cobra Jararaca Ilhoa - Nome científico Bothrops insularis
O desenvolvimento dessa espécie se deu por causa do isolamento geográfico a que foi submetida desde a época da glaciação da Terra, há uns 10 000 anos. Quando as águas do degelo cobriram grandes extensões de terra, formaram-se várias ilhas, como essa. A maioria dos animais migrou para o continente. Os demais, impossibilitados de nadar, ficaram confinados, sobreviveram apenas aqueles que puderam se adaptar às condições da ilha.
Presa numa ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. A cor da pele da cobra tornou-se menos vistosa: ocre uniforme, que varia até um marrom claro, chamando pouca atenção.
Não é à toa que ninguém mais mora lá desde 1918, quando a marinha automatizou o farol da ilha. Até então, apesar da inexistência de água potável (os animais bebem apenas a água da chuva), havia sempre um faroleiro com sua família na Queimada Grande. Mas os sucessivos relatos de acidentes fatais com cobras inviabilizaram o farol manual e chamaram a atenção dos biólogos do Instituto Butantã, que intensificaram as viagens à ilha a partir de 1984, tendo a primeira pesquisa científica neste viveiro natural para o estudo desse estranho fenômeno biológico, se deu em 1914, mas somente em 1920 foi possível um estudo mais detalhado da espécie por Afrânio do Amaral, do Instituto Butantã.

OS INTRATERRESTRES

Eles também são aliens, aparecendo em formas bizarras e intrigando os cientistas. Mas, ao invés de residirem no espaço, esses alienígenas habitam um reino subterrâneo escuro, circulando a energia do interior da Terra.
A maioria dos intraterrestres vive embaixo do fundo oceânico, em uma biosfera invisível que é um amontoado de estranhos organismos. Muitos fazem suas casas nas dezenas de metros de lama abaixo do assoalho dos oceanos; outros vão ainda mais para baixo, em rachaduras de rochas sólidas, centenas de metros mais a fundo.
Os cientistas estão apenas começando a investigar esse mundo subaquático. No meio do Pacífico Sul, especialistas descobriram como bactérias vivem em sedimentos pobres em nutrientes e sufocantes. Outros pesquisadores viram micróbios colonizarem um buraco a 280 metros do fundo oceânico. E perto da montanha submersa que marca o meio do oceânico Atlântico, cientistas encontraram organismos que não se parecem com nenhum residente marinho conhecido.
Esses acontecimentos estão ajudando os biólogos a criar uma imagem do ecossistema do mundo do “fundo”. Entender como isso surgiu pode levar a uma melhor compreensão da origem da vida na Terra. Um dia, os intraterrestres podem até ensinar mais sobre os extraterrestres, já que são exemplos de vida em locais extremos.
Deserto oceânico
Considerando que os oceanos cobrem a maior parte do planeta, é insano saber tudo o que vive na lama e nas rochas deles. “É com certeza o habitat com o maior potencial do planeta”, afirma o biólogo Beth Orcutt.
Alguns estimam que pelo menos um terço da biomassa do planeta está enterrada no chão oceânico. Muitas dessas bactérias e micróbios sobrevivem de comida que vem de cima, como as sobras de plâncton.
Esses micróbios conseguem existir onde não seria possível. No meio do Pacífico Sul, por exemplo, está um vórtice onde a água circula em um turbilhão gigante, do tamanho de duas Américas do Norte. Como esse fenômeno acontece muito longe de qualquer terra firme – onde existem nutrientes para que os plânctons cresçam – o local é um verdadeiro deserto oceânico.
Em alguns locais desse ponto, o assoalho oceânico cresce oito centímetros por milhão de anos. Isso significa que se você quiser plantar algo com uma raiz de 16 centímetros, estará cavando em uma lama com dois milhões de anos.
Essas zonas de baixa produtividade, nos centros dos oceanos, são muito mais comuns do que as ricas em nutrientes, nas costas, mas os cientistas não costumam visitá-las por que são de difícil acesso. Em 2010, D’Hondt liderou um grupo até o vórtice e coletou amostras do fundo. “Nós queríamos ver como era a vida sedimentar da parte mais morta do oceano”, afirma.
Explorando centenas de metros no fundo do mar os cientistas estudam
os organismos que ali vivem.
Os Instrumentos submersos introduzidos nos orifícios estão ajudando
a criar estações de observação, chamados de rolhas.
Crédito: Tony Randazzo / AAReps Inc.
Entre outras coisas, os cientistas descobriram como os micróbios da lama “se viram”. Em outras áreas do oceano, onde mais nutrientes caem no assoalho, o oxigênio está presente até um ou dois centímetros para dentro da lama. Mas no vórtice, a equipe de D’Hondt percebeu que o oxigênio penetrava até 80 metros nos sedimentos. Para os cientistas, isso sugere que os micróbios respiram muito devagar, usando pouco oxigênio. “Isso quebra algumas expectativas padrões, mas até estarmos lá e perfurarmos, ninguém sabia”, disse.
Outra possibilidade é que os micróbios tenham outra fonte separada de energia: radioatividade natural. Alguns elementos, presentes na lama e em rochas, liberam radioatividade que quebra o H2O em hidrogênio e oxigênio. Os microrganismos podem então consumir esses elementos, um fonte quase inesgotável. “Essa é a interpretação mais exótica, que temos um ecossistema vivendo de radioatividade natural que quebra as moléculas de água”, comenta.
Acesso fácil
A milhares de quilômetros do vórtice, outros cientistas estão explorando um local muito diferente, na cordilheira de Juan de Fuca – uma montanha submersa que se encontra na convergência de muitas placas tectônicas. Juan de Fuca fica perto da costa do estado americano de Washington, recebendo muitos nutrientes e sendo de fácil acesso.
Como resultado, essa área é uma das mais analisadas. Uma rede de observatórios monitora quase todo o assoalho do oceano. “Nós podemos fazer experimentos ativos lá que não são possíveis em nenhum outro local”, afirma Andrew Fisher, que ajudou a montar grande parte dos instrumentos.
Muitas dessas estações são observatórios conhecidos como CORKs, que são essencialmente buracos bem fundos no chão oceânico fechados no topo. Os pesquisadores colocam instrumentos de observação dentro dessas crateras, e retornam alguns anos depois para retirá-los. Os dados coletados podem revelar organismos, modos de vida e mudanças populacionais.
Os CORKs são tecnicamente complicados de serem instalados, mas as descobertas podem ser fantásticas. Em um local de Juan de Fuca, em 2004, os pesquisadores encontraram rochas com caules tortos que pareciam uma cobertura de ferrugem. Acontece que o CORK não havia sido fechado corretamente, e bactérias oxidantes entraram junto com a água.
Essas bactérias inicialmente colonizaram o buraco e fizeram seus caules, se alimentando das condições boas. Mas com o tempo, o buraco foi esquentando devido ao calor vulcânico do fundo. O fluxo de água foi revertido, jorrando para fora do buraco. A bactéria “do ferro” morreu, dando lugar a outros tipos de organismos: bactérias conhecidas como fermicutes, encontrando em ambientes similares, como o fundo do oceano Ártico.
As pesquisas em Juan de Fuca também ajudam a entender como a água flui no oceano, indicando os melhores lugares para encontrar micróbios. As pessoas costumam pensar que a água fica inerte no fundo do mar, mas na verdade ela se move entre as rochas subaquáticas – circulando o equivalente a todo o volume oceânico a cada 500 mil anos.
Em Juan de Fuca, Fisher e seus colegas encontraram dois vulcões subaquáticos, a uma distância de 50 quilômetros entre um e outro, o que ajuda a explicar como esse grande movimento acontece. “Esse é o primeiro lugar no assoalho oceânico onde os pesquisadores conseguiram apontar o dedo no mapa e dizer ‘a água entra aqui e sai aqui’”, comenta Fisher.
Os dois vulcões estão arranjados em uma linha norte-sul que tende a controlar a maior parte da atividade subaquática em Juan de Fuca. Grande parte das rachaduras na crosta também vai do norte para o sul, fazendo dessa a direção provável dos micróbios. Essas falhas servem como uma espécie de estrada para os microrganismos, carregados pela água. Cientistas que procuram por seres microscópicos no fundo do oceano devem focar essas áreas.
Nadando em lagos
Muito além de ser monolítico, o solo oceânico apresenta uma série de ambientes diferentes. Um ponto novo, muito diferente de Juan de Fuca ou o vórtice do Pacífico, fica no meio do Atlântico: o Lago Norte. Geólogos vêm estudando esse local desde os anos 70, mas agora os microbiólogos também estão lá.
O “lago” é uma pilha de lama subaquática, isolada no meio de altas montanhas. Ele fica a cerca de cinco quilômetros de onde a crosta oceânica está nascendo; toda essa atividade geológica violenta força a água por entre a lama e as rochas até o oceano superior. Comparada a de Juan de Fuca, a água no Lago Norte é muito mais fria – cerca de 10 graus Celsius, mas flui muito mais rápido. “A natureza encontra um equilíbrio entre temperatura e movimento”, comenta Fisher.
Ele e a equipe, liderados por Katrina Edwards, passaram 10 semanas no lago. Eles instalaram dois novos CORKs, até 330 metros no fundo, e conseguiram analisar possíveis micróbios. Eles também colocaram pedaços de rocha dento dos buracos para analisá-los alguns anos depois.
Por enquanto, o trabalho é dos micro biólogos de estudar o que já foi pego. Eles estão apenas começando as análises, mas já suspeitam de muitas surpresas.
No todo, estudos em diferentes locais revelam que os micróbios do fundo do oceano são muito mais diversos do que se pensava há uma década. Muito além de poucas espécies, os pesquisadores encontraram uma rica diversidade de bactérias, fungos, vírus e outros. “Ficamos chocados de serem tão complexos. Pensávamos que iam ter umas 15 espécies, mas há uma diversidade enorme”, afirma a micro bióloga Jennifer Biddle.
Ao comparar os micróbios de diferentes locais suboceânicos, Biddle encontrou quantidades maiores de arqueas – organismos unicelulares com uma história evolutiva ainda mais antiga –, em alguns lugares, do que bactérias. Ela pensa que os arqueas prosperam melhor na matéria orgânica do solo oceânico.
Um novo projeto, chamado de Censo da Vida do Fundo, vai ajudar Biddle e outros cientistas a analisar e comparar os micróbios do oceano. O projeto pode levar até uma década; o objetivo é encontrar regras gerais – se é que elas existem – que expliquem onde e como os organismos se mantêm no fundo dos oceanos. “Por enquanto você consegue ter uma ideia ao olhar para os pontos energéticos presentes embaixo da superfície”, afirma o líder do projeto, Rick Colwell. “Mas será que as rachaduras nos mais diversos ambientes subaquáticos contêm certos tipos de microrganismos?”.
Muitos dados ainda vão chegar. “Nós não estamos sofrendo de falta do que fazer”, afirma Orcutt. Edwards e sua equipe planejam voltar ao Lago Norte em abril, para recuperar os instrumentos. Fisher vai para Juan de Fuca novamente no próximo verão, e já conhece outro ponto de estudo, na Costa Rica, onde a água flui milhares de vezes mais rápido do que em Juan de Fuca.
Um dia, as análises da biosfera do fundo talvez possam ajudar a NASA e outras agências espaciais em suas caças por vida no sistema solar, e então os intraterrestres vão ajudar os cientistas a encontrar os extraterrestres.
ScienceNews

HÁ 20 MILHÕES DE ANOS MAMÍFEROS TINHAM AS DIMENSÕES DO ELEFANTE ATUAL

Uma equipe internacional de cientistas determinou que os mamíferos terrestres atingiram a massa corporal máxima em 20 milhões de anos, uma evolução que fez com que animais, do tamanho de um gato, chegassem a ter as dimensões de um elefante, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Para os mamíferos marinhos, como as baleias, foi necessário a metade do tempo para alcançar seu tamanho, indicaram os pesquisadores, entre eles Jessica Theodor, da Universidade de Calgary (centro-oeste do Canadá), para quem os animais aquáticos tiveram acesso a alimentos muito mais nutritivos que os que vivem em terra.
Além disso, o fato de evoluir na água, não necessita tanta estruturas ósseas e musculares para suportar o peso do corpo, como no caso dos grandes mamíferos de terra firme.
Os cientistas se surpreenderam, também, ao descobrir que os grandes mamíferos reduziram seu tamanho rapidamente (algumas vezes até dez vezes mais rápido que outros) para sobreviver à falta de alimentos, sobretudo nas ilhas.
"Um grande número de espécies que foram reduzindo de tamanho" como o mamute e o hominídeo anão descoberto na Ilha das Flores, na Indonésia, "finalmente desapareceram", explicou Jessica Theodor durante entrevista à AFP.
Segundo ela, 90% das espécies que existiram na Terra se extinguiram.
Um elefante é pesado no Zoológico de Berlim, no dia 20 de dezembro de 2011
"Nosso estudo revela, pela primeira vez a história, em grande escala, dos mamíferos em termos de ritmo de crescimento", continuou a cientista.
"Este enfoque difere da maioria das pesquisas sobre a evolução dos mamíferos que se concentram na microevolução, onde as mudanças se produzem em espécies animais específicas", destacou.
Os mamíferos começaram a aumentar de tamanho rapidamente depois da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, acelerando o desenvolvimento para chegar a seu tamanho máximo nos 20 milhões de anos que se seguiram.
O estudo se concentrou em 28 tipos diferentes de mamíferos presentes nos últimos 70 milhões de anos na África, Eurásia, Américas do Norte e do Sul, e em todos os oceanos.
Fonte: AFP

O USO DO ULTRASSOM COMO ANTICONCEPCIONAL MASCULINO

O tão esperado contraceptivo masculino poderá vir na forma de uma simples aplicação de ultrassom.
Equipamentos de ultrassom comercialmente disponíveis poderiam ser utilizados no futuro como um método confiável, econômico e reversível de contracepção masculina, depois que reduziram o número de espermatozóides em ratos de laboratório, concluíram cientistas americanos.
O estudo, publicado na edição de sábado da revista de Biologia e Endocrinologia Reprodutiva (Reproductive Biology and Endocrinology), foi feito com ratos por cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte (sudeste).
Este é o aparelho de ultrassom usado nos experimentos com animais e que gerou um decréscimo na contagem de espermatozoides equivalente à infertilidade nos homens. [Imagem: Mettler Electronics]
Os pesquisadores estão convencidos de que este método, se for estudado em profundidade, poderia ser aplicado em humanos.
Segundo os informes, a equipe, chefiada pelo doutor James Tsuruta, descobriu que a aplicação de ultrassom de alta frequência (3MHz) ao redor dos testículos provocava uma diminuição das células reprodutivas.
Os melhores resultados ocorreram após utilizar duas sessões de ultrassom de 15 minutos com dois dias de intervalo.
De acordo com os cientistas, esta metodologia reduziu o número de espermatozóides a zero, enquanto os homens férteis têm, em condições normais, mais de 39 milhões por mililitro de sêmen, de acordo com os pesquisadores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como baixa a concentração abaixo de 15 milhões de espermatozóides por mililitro de sêmen.
"Diferente dos humanos, os ratos se mantêm férteis mesmo com níveis de concentração de espermatozóides extremamente baixos", explicou o doutor Tsuruta.
"No entanto, nosso tratamento não invasivo por ultrassom reduziu as reservas de espermatozóide dos ratos a níveis muito inferiores dos que normalmente são observados nos humanos férteis", acrescentou.
O cientista disse, ainda, que pesquisas mais profundas são necessárias para determinar quanto tempo durarão os efeitos contraceptivos e averiguar se é seguro repetir o tratamento várias vezes.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

TERREMOTO DE 6,3 GRAUS SACODE LITORAL DO PERU

Até o momento, não foram registrados danos materiais ou vítimas
Um terremoto de magnitude 6,7 graus na escala Richter atingiu nesta sexta-feira o litoral peruano às 13h54 locais (16h54 de Brasília), informou à Agência Efe o Instituto Geofísico do Peru.
Autoridades peruanas informaram que 112 pessoas ficaram feridas,  até o momento, após um terremoto de magnitude 6,3 atingir a costa central do país. No entanto, nenhuma das vítimas corria risco de morte. O chefe da Defesa Civil regional, Cesar Chonate, disse que um garoto foi hospitalizado com uma fratura no quadril, porém a maioria dos feridos apresentava machucados leves. Algumas pessoas sofreram palpitações cardíacas ao fugir de suas casas em pânico. Chonate afirmou que 16 casas sofreram danos após o incidente.
O epicentro do tremor, ocorrido à 0h11 (hora local), foi a 15 quilômetros a sudeste da cidade de Ica, a uma profundidade de 39 quilômetros, segundo o Serviço de Pesquisa Geológica dos EUA. Em agosto de 2007, a região de Ica sofreu um grande terremoto que deixou centenas de mortos. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
Epicentro do tremor ocorreu no mar, cerca de 117 quilômetros
ao sudoeste da cidade litorânea de Ica
O epicentro do tremor ocorreu no mar, cerca de 117 quilômetros ao sudoeste da cidade litorânea de Ica e a uma profundidade de 30 quilômetros.
Os habitantes de Ica relataram queda de energia elétrica durante um breve período após o terremoto, enquanto as linhas telefônicas caíram nas cidades litorâneas do sul do país, inclusive Lima.
Em 2007, a região de Ica foi afetada por um terremoto de magnitude 7,9 graus que devastou a cidade e causou mais de 500 mortes.
Até hoje, centenas de pessoas vivem em abrigos improvisados e esperam pela reconstrução de suas casas em cidades como Ica, Pisco e Chincha.