Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amores ???????

Amores vem…
Porém ao contrário do que dizem, não, vão, pois deixam de ser amor quando terminam e, na maioria das vezes, tornam-se verdadeiros casos de ódio eterno ao ponto de um desejar a morte do outro.
Há os que, a cada nova paixão, juram que será para sempre. Nasceram um pro outro, único(a) em sua vida, sem sombra de dúvidas. Trocam elogios, carícias, ombro amigo, parceria, companheirismo e tesão. É bom demais pra ser verdade. A química rolou logo na primeira troca de olhares, e acreditam piamente que o outro é o amor da sua vida. A tão almejada tampa da panela. Querem gritar ao mundo o quanto estão apaixonados e fazem uma lista de todas as qualidades do parceiro, pois este é tão incrível e único que parece inacreditável. Fazem planos pro futuro à dois, viagens, cursos, passeios no final de semana, uma gama de maravilhosos passa tempo ao lado da pessoa amada.
E amam tanto que fazem questão de colocar foto à dois em perfis do orkut, twitter, facebook e adjacências, não se esquecendo de listar os meses, dias, horas e minutos que estão juntos nesse maravilhoso enlace.
Um relacionamento adorável e perfeito…
Porém esquecem-se de ler as letrinhas miúdas no contrato onde diz que defeitos fazem parte do pacote, e que todo mundo os tem.  Que é bom conhecê-los ao mesmo tempo que usufrui das qualidades, para que isso não gere, futuramente, frustrações e desencanto. E é aqui que muita gente peca, pois conviver com qualidades é fácil!
Todos conhecemos histórias de namoros eternos que se tornaram noivados de prazo duradouro e que depois disso transformaram-se em casamentos desastrosos.
O namoro é, sem dúvida, a melhor fase de um relacionamento. Depois de muito beijo na boca e adjacências vai cada um roncar na sua própria cama, limpar sua própria sujeira, organizar sua própria vida, etc.
Noivado é um nível mais sério da relação onde você anda se policiando pra não cair em tentação, pois agora carrega consigo a imagem (transfigurada em uma aliança na mão direita) de que pertence à alguém, e o pior, está completamente ciente e de acordo com isso…
Casamento por sua vez é outra história. Contas à pagar, vida à dois para administrar (que engloba roupa suja, bagunça, divisão de espaço, TPM, disputa de território, disputa de comando…), falta de erotismo que chega de mãos dadas com a rotina, e tantos pormenores que acaba sobrando pouco tempo pra parte legal do relacionamento, beijo na boca e afins. Crise na estruturação, crise dos 07, crise de meia idade, quebras de contrato e por aí adiante…
Se você cria uma imagem de ‘contos de fadas’ já no início da relação, pode correr o risco de acordar ao lado de um sapo – ou uma bruxa – em algum momento de sua vida e se ver envolto de um quebra-cabeça de um milhão de peças ou um labirinto gigantesco.
Se você não atenta para as necessidades do outro e só pensa em você, está fadado ao fracasso.
Porém caso se entregue demais e abstraia você mesmo, corre o risco de perder o valor ou pior, a individualidade. E individualidade é justamente o que mantém você como pessoa/objeto de desejo, interessante ao outro.
Psicólogos e terapeutas apontam em estudos: o que lhe atrai no outro é justamente essa imagem do ‘ser único’. Seu desprendimento, sua timidez, sua seriedade, sua descontração, seu temperamento, aquele seu “jeitinho”, enfim, algo que você considere só dele. Quando se abre mão da individualidade, perde-se o valor.
Homens, como todo neandertal que se preze, dão muita importância à conquista e gostam de pensar (em sua maioria, não generalizando claro) que partiu de si o ato do enlace. Foram suas qualidades de caçador (charme, inteligência, destreza, desprendimento, beleza física, atitude…) aliadas ao armamento certo (leia-se Pênis Erectus) que provocaram o encantamento da parceira. Em poucos casos ocorre-lhes raciocinar que foi justamente por elas quererem tirar uma casquinha ou dar umazinha que tudo começou. E é justamente esse caçador inveterado que na maioria das vezes deixa de dar a atenção devida ao seu relacionamento afinal, caça conquistada é caça abatida.
Mulheres por sua vez tendem a fantasiar demais seu relacionamento. Estão sempre em busca do homem perfeito, mesmo sabendo que isso é lenda. Quando encontram um que considerem ‘legal’ baseadas em seu dicionário próprio, acreditam piamente que tudo vai dar certo e que o peludo neandertal irá se transformar num gato gordo e capão ronronando à sua volta o tempo todo. Não importa como ela se vista, o que faça ou deixe de fazer, não importa seu temperamento ou suas bolas fora, ele sempre pertencerá e será fiel a esta que lhe dá o pires de leite, indiferente das gatas de rua gritando seu cio lá fora ou que sua natureza o force sempre a ir atrás de nova caça (leia-se conquista).
E não adianta ter “Homens são de marte, mulheres são de vênus” no criado mudo próximo à cama. O seu homem pode ter vindo de Júpiter ou pior, Plutão e sua mulher de sabe Deus onde.
O lance é aprender a jogar Poker com a relação.
Hora você blefa, hora você mostra suas cartas, outras paga pra ver e outras tantas cobre apostas alheias. E tem de gostar do jogo e correr todos os riscos ciente que, afinal, nada na vida é certo. A não ser a morte, sua ou da relação.

2 comentários:

  1. Megui, esta postagem, eu fiz depois de um grande desamor. acho, eu, que está passando. Afinal o que passa, não não me marca. de novo dereia ter deletado esta postagen, a muito tempo.

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