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terça-feira, 10 de maio de 2011

PRIMEIRO MINISTRO JAPONÊS ADMITE QUE O JAPÃO ESTEJA ATRASADO, GLOBALMENTE, NA BUSCA POR FONTES DE ENERGIAS MAIS LIMPA.

Usina de Fukushima

Naoto Kan, primeiro-ministro japonês, em entrevista coletiva, nesta terça-feira disse que a energia nuclear vai continuar a desempenhar um papel significativo nas políticas energéticas do país, embora a energia renovável será vista com muita atenção e alta prioridade nos próximos anos.
O governo está revisando sua política energética de longo prazo e o papel da energia nuclear após os devastadores terremoto e tsunami de 11 de março desativarem o sistema de refrigeração de uma usina nuclear em Fukushima, no nordeste do Japão, provocando uma batalha ainda em andamento para conter vazamentos radioativos.
Kan afirmou que: o Japão precisa revisar sua política energética básica sem qualquer ideia pré-concebida, ao mesmo tempo em que busca garantir o uso mais seguro da energia nuclear e persegue fontes renováveis, como eólica, solar e biomassa.
"A atual política energética básica visa que mais de 50 por cento do fornecimento total de eletricidade venham da energia nuclear, enquanto cerca de 20 por cento virão de fontes renováveis em 2030. Mas agora esse plano básico precisa ser revisado do zero após esse grande incidente", palavras do Premiê.
Afirmou, ainda, que a energia nuclear e a fóssil têm sido componentes fundamentais da política energética do Japão, mas que agora o país tem de colocar mais ênfase na energia solar e outras fontes renováveis, setor em que o Japão está atrasado globalmente.
Conservar energia também será vital para essa política energética de longo prazo, que o Japão precisará conduzir uma investigação sobre o incidente nuclear e aumentar a segurança em suas usinas nucleares.
Fonte: Reuters

Parece que nós seres humanos, só aprendemos com o fracasso e perdas de qualidade de vida e ambiental. Que as palavras do Primeiro Ministro japonês não se sucumbam ao vento.
Afinal, depois do ocorrido em Fukushima, alguém tem que falar ao mundo que é necessário rever a política energética nuclear. Vamos aguardar para ver se isto será verdade, ou mais uma quimera pós-desastre ambiental.


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