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terça-feira, 13 de setembro de 2011

COMO BACTÉRIAS RESISTEM AOS ANTIBIÓTICOS


Estudo com os micro-organismos publicado na revista «Science»
Uma equipe de cientistas da Universidade de Penn, nos Estados Unidos, descobriu como um grupo de bactérias evoluiu a ponto de se tornar resistente a antibióticos. A proteína em bactérias 'Staphylococcus aureus' poderá ser a responsável chave para a resistência. A investigação foi descrita na edição de março da revista «Science».
Staphylococcus aureus poderá ser a chave para a resistência
O estudo, coordenado por Squire Booker, pode ajudar cientistas no futuro a criarem substâncias para prevenir infecções hospitalares e a propagação de bactérias pela população. Segundo Booker é importante compreender como é que a presença do gene chamado "cfr" engana a ação dos antibióticos nos ribossomas das bactérias – dentro dos microrganismos responsáveis por produzir os meios necessários à sobrevivência.
O grupo de investigação possui agora um modelo em "3D" para conseguir perceber como é que esse gene torna a célula da bactéria "indestrutível" perante as drogas atuais.
Durante estudos anteriores, os cientistas descobriram que o gene se desenvolveu através das bactérias ‘Scaphylococcus sciuri’ e era responsável por controlar a produção de uma proteína fundamental para a resistência a antibióticos.
Mais tarde, o mesmo gene foi encontrado noutro tipo de bactérias, as Staphylococcus aureus – isoladas nos Estados Unidos, México, Brasil, Espanha, Itália e Irlanda –, resistentes a sete tipos de antibióticos. Estes micro-organismos têm causado infecções hospitalares no mundo todo.
Para compreender como a proteína regulada pelo gene "cfr" se comporta nas bactérias, os cientistas estudaram um processo conhecido como metilação – quando enzimas "marcam" uma região do nucleotídeo, a molécula responsável por servir da base ao DNA e ao RNA nas células. Descobriram que a proteína marca o nucleotídeo numa região diferente da comum – o que faz com que a ação dos antibióticos nos ribossomas deixe de existir.
Segundo Booker, o próximo passo será usar o novo conhecimento para desenvolver novos fármacos para serem administrados junto dos antibióticos tradicionais.

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