Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

TERREMOTO NO HIMALAIA DEIXA DEZENAS DE MORTOS E CENTENAS DE FERIDOS


Pelo menos 53 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em um terremoto de 6,8 graus na escala Richter que atingiu o Himalaia no domingo à noite, o tremor causou destroços na Índia, Nepal e Tibete e chegou a ser sentido em Bangladesh.
A área mais afetada é o norte do estado indiano de Sikkim, entre o Nepal e o Tibete chinês, onde as autoridades localizaram o epicentro do terremoto. O alto funcionário estadual D. Anandan disse à Agência Efe que 22 pessoas morreram no local.
De acordo com a imprensa local, as fortes chuvas estão dificultando as tarefas de busca e resgate, e as autoridades da área reconhecem que o número de vítimas pode aumentar.
Fontes oficiais confirmaram à Efe o falecimento de sete pessoas no Nepal, e de acordo com informações da agência oficial chinesa "Xinhua", mais 12 morreram nos estados indianos de Bengala e Bihar.
Membros do exército nepalês retiram pedras, depois de um dos muros da
embaixada britânica ter caído devido ao terremoto de 6.8 de magnitude
que atingiu a Índia - 18/09/2011 (Navesh Chitrakar/Reuters )

O terremoto aconteceu às 18h10 no horário local (9h10 em Brasília), e foi seguido por duas réplicas. O tremor pôde ser sentido a centenas de quilômetros em metrópoles indianas, como Deli ou Calcutá, e inclusive em Katmandu, capital do Nepal.
Um muro da embaixada britânica no Nepal caiu sobre uma motocicleta e vários pedestres, matando três pessoas. Em comunicado desta segunda-feira, a embaixada lamentou o fato.
Imagens exibidas pelas televisões locais mostraram como um centro comercial de Katmandu tremia pelo terremoto, que causou ferimentos graves em 24 pessoas e destruiu 153 casas no leste do Nepal, a área mais afetada e mais próxima a Sikkim.
O estado de Sikkim, incorporado à Índia em 1975, é um pequeno território pouco povoado e encravado em uma área montanhosa que continua mal conectada com o resto do país, e onde as autoridades locais se esforçavam para atenuar os danos.
De acordo com Anandan, no norte de Sikkim ainda há pessoas sob os escombros de casas destruídas e a situação continua sem controle, apesar da atuação de equipes de resgate.
Parte da região está incomunicável, já que o terremoto causou deslizamentos de terra que destruíram pontes e deixaram a estrada nacional 31-A, a principal via de união com o restante do país, intransitável.
"Cinco equipes da Força Nacional de Desastres enviados à área estão impedidos de passar por causa dos deslizamentos de terra que afetaram a estrada em vários pontos", reconheceu em comunicado o Ministério do Interior indiano.
O tremor causou cortes nas linhas telefônicas e no abastecimento de energia e água. Centenas de moradores da capital de Sikkim, Gangtok, ficaram sem abrigo à noite, devido aos danos registrados em suas casas, informou a imprensa local.
Alguns postos do Exército indiano na fronteira também sofreram danos e vários soldados ficaram feridos, informaram fontes citadas pela agência indiana "Ians". As forças aéreas disponibilizaram helicópteros para retirar os soldados do local.
Mulher observa escombros após tremos em Katmandu, no Nepal (Foto: Niranjan Shrestha/AP)

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prometeu nesta segunda uma compensação de US$ 4.200 para as famílias das vítimas, após ter convocado uma reunião da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres.
A cordilheira do Himalaia, que possui uma intensa atividade sísmica, se encontra sobre a confluência entre as placas tectônicas euroasiática e indiana, que se desloca sobre a primeira a um ritmo de 2 a 2,5 centímetros por ano.
Na última década, dois grandes terremotos foram associados à pressão da placa indiana: um na região ocidental de Gujarat, no ano 2001, e outro que causou cerca de 75 mil mortos na Caxemira.
A Índia já sofreu outros quatro terremotos este mês, incluindo um de 4,2 graus na escala Richter que teve seu epicentro a umas poucas dezenas de quilômetros de Nova Délhi. FONTE:EFE

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