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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

EUA, ALBA E ARÁBIA SAUDITA EMITEM RESERVAS SOBRE FUNDO VERDE, EM DURBAN, PARA AJUDAR PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO


A criação do Fundo Verde, concebido para financiar os países em desenvolvimento com a finalidade de ajudá-los a enfrentar as mudanças climáticas, sofreu contratempos na conferência da ONU em Durban, África do Sul, pela oposição de alguns países que emitiram reservas.
Embora a maioria dos quase 200 países com representantes na conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começou esta segunda-feira em Durban se pronunciaram favoráveis a uma aprovação rápida do Fundo Verde, cujo princípio foi adotado no fim de 2010 em Cancún (México), Estados Unidos, Arábia Saudita e Venezuela, em nome da Alternativa Bolivariana para a América (Alba), emitiram reservas por diferentes motivos.
Este Fundo Verde deve fornecer financiamento a partir de 2013 e aumentar periodicamente até 2020, ano em que os países industrializadaos prometeram destinar por ano US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento para que possam enfrentar as mudanças climáticas.
Mas os Estados Unidos, a Venezuela em nome da Alba, e Arábia Saudita não quiseram adotar esta quarta-feira um relatório estabelecido por um "comitê transitório" que, há um ano, elabora as bases do mecanismo.
Sul-africanos passam por baobá enfeitado com luzes
alimentadas com energia renovável em Durban
O negociador americano, Jonathan Pershing, informou durante a sessão que a proposta do comitê era "precipitada" e continha "erros e incoerências".
"Se estiver bem concebido, o 'Fundo Verde' poderia tornar-se uma instituição mundial essencial no financiamento do clima", acrescentou.
A Venezuela, em nome da Alba, se opôs ao papel acertado pelo Banco Mundial à gestão do Fundo, enquanto a Arábia Saudita destacou que os recursos deveriam ser públicos.
A maioria dos delegados, em particular os da União Europeia, de Japão e da Austrália, insistiram na importância de fazer com que esta ferramenta fosse operacional em Durban.
A presidente da sessão, a chanceler sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, suspendeu a decisão sobre o tema à espera de consultas informais a portas fechadas.

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