Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

UM ANO COMPLETA A MAIOR TRAGÉDIA DA REGIÃO SERRANA DO ESTADO RIO DE JANEIRO

A região ainda pede por ajuda
Um ano após a maior tragédia climática do Brasil, Nova Friburgo ainda convive com o descaso dos seus  “Políticos Administradores”, entre processos e liminares, a cidade vai tentando se reerguer. O povo friburguense cansado dos descaso das autoridades competentes vai à luta e tenta colocar em dia seus sonhos e sua vida.  A cidade esta desfigurada, tanto física como moralmente.  Até hoje 11 de janeiro de 2012, um ano depois de tantos sofrimentos e mortes, inúmeras são as reivindicações dos friburguenses:  escolas reformadas e reconstruídas, estradas, pontes, saúde e um pouco mais de respeito por aqueles que são os eleitores, ou como dizem no meio politico: “O Zé Povinho”…
Maria Helena da Silva, de 45 anos, continua morando em um abrigo improvisado em um posto de saúde da prefeitura com o marido, dois filhos e a neta de 5 anos. Até hoje, ela não recebe o aluguel social, uma ajuda de R$ 500 que o governo do Estado afirma pagar a 7.250 famílias nas cidades atingidas pela chuva em janeiro de 2011. Desse total, 2.552 vivem em Friburgo.
Símbolo da maior catástrofe natural ocorrida em nova Friburgo,
a Capela de Santo Antônio continua fechada.
'Dinheiro não é importante. O importante é ter uma casinha para morar com meus filhos', diz Maria Helena. Nenhuma das 6 mil unidades habitacionais prometidas pela presidente Dilma Rousseff em visita à região na época do desastre foi construída. Maria Helena morava no loteamento Alto do Floresta e conseguiu sair de casa a tempo, após o primeiro estalo. Perdeu um casal de primos e muitos amigos. Só em Friburgo o temporal matou 428 pessoas.
Ela ainda guarda suas roupas em caixas de papelão. A família vive com R$ 200 que o marido dela, Antônio Basili, de 40 anos, recebe como soldador e R$ 300 que o filho Maciel, de 17, ganha em uma escola de tênis. Desempregada, Maria Helena estudou só até a 1.ª série. Ela conta que foi várias vezes à prefeitura, mas não conseguiu o aluguel social. Agora, espera receber do Estado.
Uma vizinha da família no Alto do Floresta, Maria de Lourdes Oliveira, de 60 anos, afirma que a Defesa Civil nunca subiu lá. A casa dela, no topo do morro, tem uma rachadura que corta todo o piso da sala. 'Quando começa a chover, até estremece. Medo a gente tem, mas vai para onde?' No consultório transformado em quarto para receber a família de Maria Helena, não há espaço para cinco camas. Trinte e oito pessoas continuam vivendo no abrigo. O varal fica no corredor.
'Para vocês da imprensa passou um ano. Para a gente, foi ontem', diz Gilberto de Souza Filho, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Nova Friburgo. Ele reconhece que o local 'não tinha e não tem' estrutura. 'A culpa não é nossa. Eram 980 pessoas em 93 abrigos. Hoje, temos 38 e só nesse.' Souza termina a conversa com uma promessa: 'Até o fim do mês, não haverá ninguém em abrigo.'
Prejuízos na economia
A Região Serrana é o mais importante pólo de produção agrícola do estado do Rio. Com a destruição, estima-se que 17 mil famílias que se sustentavam da atividade agropecuária tenham sido afetadas.

Se meu fusca “falasse”,  este fusca  seria com certeza um testemunho ocular da tragédia que se abateu sobre Nova Friburgo.  O mesmo ficou literalmente atolado na areia às margens do Córrego d´ Antas.
No comércio, 84% dos empresários da região foram afetados pelas chuvas de janeiro e os prejuízos estimados pela Fecomércio são de R$ 469 milhões. Na indústria, do total de 278 empresas do Sistema Firjan, 68% foram afetadas, a maioria em Nova Friburgo. Os prejuízos estimados pela Firjan foram de R$ 153 milhões.
Para conhecer um pouco mais Nova Friburgo e sua história basta acessar:
http://www.panoramio.com/user/1022882/slideshow

2 comentários:

  1. O mais revoltante é saber que a imprensa só vai atrás de notícias que possam render muita grana. Passada a tragédia não dá mais ibope e a sensibilidade acaba junto com a catástrofe. São urubus.

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  2. Boa noite ! Estive na região por 15 dias desde as primeiras ações , e o que vi foi estarrecedor , e comcordo com vc , aliaz , barrei alguns "urubus " cala noticias de ibope. abraço;

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