Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

quinta-feira, 22 de março de 2012

DESCOBERTO ANTEPASSADO DO CROCODILO QUE VIVEU HÁ 130 MIL DE ANOS

Cientistas britânicos anunciaram a descoberta de uma nova espécie de crocodilo que teria vivido há 130 milhões de anos, após se separar dos dinossauros.
A descoberta se baseia em um crânio fossilizado que um pesquisador encontrou por acaso em 2007, nos arredores dos pântanos de Swanage, uma vila litorânea do condado de Dorset, no sul da Inglaterra, confirmou nesta quarta-feira à Agência Efe o principal responsável da pesquisa, Mike Benton.
Durante cinco anos, cientistas da Universidade de Bristol examinaram minuciosamente o crânio, de 1 metro de comprimento e em bom estado de conservação, e o compararam com amostras de outros espécimes.
Fóssil foi encontrado em 2007 e foi analisado por 
pesquisadores durante 5 anos
Os pesquisadores finalmente declararam que se trata de uma nova espécie de crocodilo, um antepassado dos répteis de água salgada que viveu no Cretáceo Inferior, e o batizaram de "Goniopholis kiplingi", em homenagem a Rudyard Kipling, autor de "O Livro da Selva".
"Este novo crocodilo se parecia muito com os atuais quanto à forma e dentadura. Era um animal muito grande, embora não gigante", comentou Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol.
O réptil, que segundo o pesquisador media entre quatro e cinco metros do nariz à ponta da cauda, se alimentava de peixes, tartarugas e, provavelmente, de pequenos dinossauros que habitavam os pântanos e lagos das florestas tropicais.
Embora outros restos do "Goniopholis" já tenham sido encontrados na Inglaterra há mais de um século, os ossos do crânio descoberto são mais alongados, além de apresentarem outras diferenças sutis em sua mandíbula superior.
"(O crânio) se trata de uma amostra bastante notável. Encontra-se em bom estado e não está esmagado, algo bastante incomum porque, na maioria dos casos, os fósseis são danificados pelas rochas", detalhou Benton.
Fóssil do Crocodilo - Foto Universidade de Bristol/Reprodução
Tecnologias avançadas de scanner e reconstrução por computador foram utilizadas na análise do fóssil para elaborar um modelo em 3D.
Segundo o paleontólogo, a descoberta ajudará os pesquisadores a calcular o número de espécies. "Parece que este crocodilo só viveu na Inglaterra. Por isso, agora sabemos que deve ter havido duas ou três espécies deste tipo naquele tempo".
O fóssil ficou exposto após um deslizamento de pedras em uma praia de Dorset, que faz parte da região conhecida como Costa Jurássica, uma área declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que se estende ao longo do Canal da Mancha.
A partir de agora, o fóssil e sua reconstrução em 3D estarão expostos no Museu de Dorchester, sudoeste da Inglaterra. 
Fonte: EFE

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