Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

quarta-feira, 23 de maio de 2012

FÓSSIL DE DINOSSAURO DA FAMÍLA DOS “ABELISAURUS” É ENCONTRADO NA PATAGÔNIA

Um dinossauro carnívoro da família dos abelisaurus, com crânio alongado e poderosa mandíbula, foi um dos maiores predadores do período Jurássico na Patagônia, segundo um artigo de pesquisadores argentinos publicado nesta terça-feira.
A revista "Proceedings of the Royal Society B" descreve as características deste grande carnívoro, batizado de "Eoabelisaurus mefi", uma nova espécie pertencente à família dos abelisaurus.
O esqueleto quase completo de um exemplar adulto foi achado na província patagônica de Chubut (Argentina) durante duas escavações realizadas em janeiro de 2009 e fevereiro de 2010 por uma equipe de pesquisadores argentinos.
Parte posterior do crânio de Eoabelisaurus mefi - (A) lateral esquerda, (B) posterior e (C) dorsal. 
Abreviaturas: ITF, intratemporal fenestra; o, órbita, stf, supratemporal fenestra.
Barra de escala é de 50 mm. Fotografia: José María Farfaglia
Os fósseis mais antigos da família dos abelisaurus datavam do fim do período Cretáceo, entre 80 milhões e 83 milhões de anos atrás, e foram localizados na América do Sul e na África.
No entanto, o esqueleto desta nova espécie indica que ela viveu no Jurássico Médio e povoou a Patagônia argentina pelo menos 40 milhões de anos antes do que os paleontólogos acreditavam até agora.
Este dinossauro podia medir até 6,5 metros e possuía um crânio curto e alongado e uma mandíbula muito potente, traços que o transformaram em um dos maiores predadores do Jurássico na América do Sul.
Tinha quatro patas, embora as duas dianteiras tenham evoluído e seu tamanho fosse "extremamente pequeno", ressalta em seu artigo o paleontólogo Diego Pol, pesquisador do Museu Egídio Feruglio (MEF) da Argentina.
A descoberta deste exemplar permitiu descobrir que os abelisaurus povoavam Gondwana - grande bloco continental do qual se cindiram América do Sul, África, Austrália, Índia, Madagáscar e Antártida - antes de sua divisão em vários continentes.
Alguns exemplares de abelisaurus - também conhecidos com o nome de "lagartos de Abel" em homenagem a seu primeiro descobridor - chegaram a viver no Hemisfério Norte, mas em quantidade reduzida, ao contrário da América do Sul, onde tiveram uma explosão demográfica.
Esta diferença ocorreu, segundo os especialistas argentinos, devido à existência de um grande deserto que impediu seu acesso a terras mais setentrionais.
Nos últimos anos, a Patagônia argentina, e especificamente as regiões de Chubut e Neuquén, se transformaram no epicentro de descobertas de fósseis de dinossauros e répteis alados que viveram há milhões de anos.
Fonte: EFE/Yahoo
Abelisaurus - Lagartos de Abel
 Os Abelisauros
Em 1985, os paleontólogos argentinos José Bonaparte e Fernando Novas nomearam um grande dinossauro carnívoro com um crânio diferente de todos que já haviam sido descobertos. Eles o chamaram de Abelisaurus ("lagarto de Abel") devido a Roberto Abel, o diretor do museu que o descobriu. Similaridades com o Ceratosaurus fizeram os cientistas acreditarem que ele pertencia a um grupo de ceratosaurus ("lagartos com chifres") anteriormente desconhecido, que eles denominaram de Abelissaurídeos. As características incomuns dos Abelissaurídeos incluíam um focinho curto e inclinado com ossos ou chifres espessos sobre os olhos.

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