Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

sexta-feira, 29 de junho de 2012

MAR DO CARIBE E AS SUAS 450 ESCULTURAS DE CONCRETO ECOLÓGICO

Uma multidão de figuras humanas de pedra, cada uma com expressões e roupas únicas, habita sem alarde um pedaço do fundo do mar no litoral do México. A cerca de 8 metros de profundidade, nas águas cristalinas do Caribe, esconde-se o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo, que tem até um museu a céu aberto – ou melhor, em alto-mar. O Musa (museu subaquático de arte, na sigla em espanhol) conta com um acervo de 450 esculturas submersas ao redor da ilha Mujeres de Cancun, no México, que se apoia na interação do homem com o objeto.
As obras são feitas com um material poroso, uma espécie de concreto ecológico de pH neutro, que é perfeito para resistir algumas centenas de anos debaixo d’água, e que facilita o crescimento de corais e o abrigo de várias espécies, como peixes pequenos, crustáceos, ouriços e estrelas do mar. As criaturas marítimas, aliás, são peças fundamentais para o trabalho. São elas que colorem, distorcem e transformam as dramáticas figuras submersas, construindo uma ambiciosa, mutante e frágil representação da evolução da vida.
O conjunto é obra do inglês Jason deCaires Taylor. Criado na Malásia, Taylor é um exímio mergulhador, instrutor e premiado fotógrafo subaquático. Nem mesmo um diploma no Instituto de Artes de Londres o fez esquecer da vida marinha. Ele tirou o certificado de escultor da gaveta e o levou para o fundo do mar, onde cuida - junto da fauna que vive ali - deste dinâmico museu.
Obras viram corais artísticos debaixo d'água
















ONDA DE CALOR PODE BATER RECORDE NOS ESTADOS UNIDOS

As cidades de Cincinnati, St. Louis, Chicago e Kansas City, no Meio-Oeste norte-americano, podem registrar temperaturas recordes nesta quinta-feira por causa de um enorme sistema de alta pressão que provoca forte calor em quase todo o território dos Estados Unidos.
O tempo seco também contribui para o calor excepcional, segundo Alex Sosnowski, meteorologista-sênior da AccuWeather.com. Ele disse que em St. Louis e Kansas City os termômetros podem se aproximar dos 42 graus Celsius, e que na sexta-feira a frente quente vai se deslocar para o nordeste do país.
"Muitos desses lugares não têm tido muita chuva e o solo seco contribui com o calor", disse Sosnowski. Há temporais isolados previstos para o Meio-Oeste na sexta-feira, mas não devem ser suficientes para alterar as condições, segundo o meteorologista.
A onda de calor contribui para a propagação de incêndios que já destruíram centenas de casas no Colorado. A temperatura elevada e a seca também afetam as lavouras, e o preço do milho já teve alta de 17 por cento neste mês nos Estados Unidos.
Na quarta-feira, pelo quinto dia consecutivo, a localidade agrícola de Hill City, no Kansas, registrou a temperatura mais elevada do país: 46 graus Celsius, segundo o Serviço Meteorológico Nacional. Para quinta-feira, a previsão era de quase 43 graus Celsius.
"Parece que você tem uma fornalha antiga soprando no seu rosto", disse Rayson Brachtenbach, técnico de ar-condicionado em Hill City. Segundo ele, muitos aparelhos da cidade quebraram por não dar conta do calor intenso e prolongado.
O meteorologista Chris Foltz, do Serviço Meteorológico Nacional em Goodland, Kansas, disse que é raro que uma cidade do Meio-Oeste registre a maior temperatura do país durante cinco dias seguidos.
"Isso é o que se espera do deserto de Nevada ou Califórnia", afirmou. "Hill City é onde a alta pressão está ancorada. É como se o calor se perpetuasse."
Pessoas observam incêndio florestal no Waldo Canyon, no Estado do Colorado, 
ao entardecer do domingo - Foto: Reuters
Em Chicago, as atividades de férias foram suspensas em dez escolas públicas nesta quinta-feira por falta de ar-condicionado. Em Indiana, 74 dos 92 condados proibiram queimadas, e 45 restringiram o uso de rojões.
Em Birmingham, Alabama, a polícia decidiu acompanhar de forma regular idosos e doentes até domingo, para garantir atendimento em caso de problemas de saúde causados pelo calor.
Seca revive lembranças das perdas de 1988 nas lavouras
Apenas um ano atrás, o agricultor norte-americano Jeff Scates presenciou a pior inundação, desde 1937, que as terras de sua família em Illinois já sofreram. Atualmente, Scates observa suas plantações de milho murcharem na temporada mais seca dos últimos 24 anos.
"Nós fomos de um extremo a outro, de uma inundação em três quartos da fazenda para uma seca", disse Jeff, de 42 anos, que com seus familiares cultiva 15 mil acres de milho, soja e outras culturas ao longo da fronteira entre os Estados de Kentucky e Indiana, onde os rios Ohio e Wabash se encontram.
Scates disse que sua lavoura de milho ainda está em melhores condições do que a de seus vizinhos, que cultivam em solos mais arenosos, que não retêm tanta umidade. A umidade é necessária para desenvolver um forte sistema de raízes, que sustentarão as plantas durante os meses mais quentes de julho e agosto.
Ele diz que essa temporada de crescimento o faz lembrar o verão de 1988, quando o cinturão central do milho teve perdas significativas. As condições dos campos eram de seca e calor, no início da primavera nos EUA, parecido com o que aconteceu 24 anos atrás, quando as lavouras locais, especialmente do milho, foram prejudicadas pela falta das chuvas de verão.
A safra está comprometida com a grande seca
"Claramente é uma dessas secas desagradáveis. Se não ultrapassar a de 1988, ela certamente vai chegar perto, ou vai ser classificada como uma das chamadas 'grandes secas' dos últimos 30 anos", disse Bob Nielsen, agrônomo da Universidade de Purde, que atuou como consultor de safras para os agricultores de Indiana em 1988.
Os preços do milho subiram 17 por cento neste mês enquanto, dia após dia, o clima quente e seco persiste no coração do meio-oeste, onde Iowa e Illinois sozinhos produzem um terço de toda a produção norte-americana de milho e soja.
Os mercados estão superaquecidos, enquanto aumentam as preocupações de que os Estados Unidos, maior exportador mundial dessas duas culturas, seriam atingidos por perdas nas lavouras. Isso não só causaria impacto nos orçamentos do governo norte-americano e das seguradoras pelos pagamentos dos seguros das plantações, como também estimularia uma nova rodada de inflação mundial dos preços dos alimentos, dizem especialistas.
No momento, as preocupações estão concentradas no milho, que é plantado antes da soja, e está começando a entrar em seu mais importante estágio de crescimento, a polinização -período em que a planta do milho começa a produzir seus grãos. No Meio-Oeste, a polinização vai estar em andamento pelas próximas quatro semanas. Existe uma relação direta entre a polinização e os rendimentos finais, sendo a umidade e a quantidade de calor que a planta recebe fatores determinantes para o sucesso da polinização.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na segunda-feira, avaliou que apenas 56 por cento das lavouras de milho estão ótimas/excelentes, a classificação mais baixa da categoria desde o final de junho de 1988. Naquele ano, os produtores americanos produziram apenas 4,9 bilhões de bushels de milho, 33 por cento abaixo das expectativas do governo para o início da safra, de 7,3 bilhões de bushels.
Atualmente, o USDA está com previsões de uma safra recorde de milho, de 14,8 bilhões de bushels para 2012. Essa estimativa foi feira em 12 de junho, antes das últimos danos causados pela seca.
Dentre os Estados do Meio-Oeste mais fortemente atingidos pela seca, no momento, estão Illinois e Indiana, que ocupam o segundo e o quinto lugar, respectivamente, na produção de milho. Atualmente, em cada um dos Estado, menos de 40 por cento da safra de milho novo está sendo classificado como estando em condições de ótimas a excelentes.
Contrabalanceando esse cenário de preocupação generalizada com a produção norte-americana, estão as plantações mais bem classificadas de outras áreas importantes do Meio-Oeste, incluindo os importantes Estados produtores Iowa e Minesota, que recentemente receberam chuvas, e Nebraska, onde cerca de 40 por cento da lavoura de milho é irrigada.
Nielsen disse que 2012 está se tornando "a tempestade perfeita" para o Estado de Indiana, que vai ameaçar a safra de milho deste ano. A preocupação atual do agrônomo é que a persistente seca combinada com previsões de calor extremo e pouca umidade para os próximos sete a dez dias, prejudique a fase de polinização do milho de Indiana.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos está prevendo temperaturas acima do normal e precipitações abaixo do normal para os próximos seis a dez dias de Ohio a Nebraska, até o sul do Missouri. A temperatura máxima registrada na quarta-feira foi de 100 Fahrenheit (37,7 graus Celsius) em Des Moine, Iowa, 102 fahrenheit em Omaha (38,8 graus Celsius); e 93 Fahrenheit em Champaign, Illinois (33,3 graus Celsius).
VERÃO DE 1988 VERSUS 2012
Analistas dizem que, apesar dos medos serem similares nos dois anos, 2012 está longe de ser uma cópia exata de 1988. As condições do tempo, por exemplo, estavam muito mais secas em 1988 em comparação com 2012, e com isso os danos causados às plantações aconteceram mais cedo no ciclo do milho.
Este ano, as condições de extrema seca atingem até o momento uma porção muito menor do cinturão, especialmente no extremo sul de Indiana e Illinois, e no sudoeste do Missouri. Atualmente, estas áreas sofrem com o mesmo déficit de chuvas registrado em 1988. As chuvas de julho serão cruciais para definir o destino da safra de milho: em 1988, as chuvas da primavera até o início do verão foi de 8 a 10 polegadas abaixo do normal, de acordo com o Centro Climático do Meio-Oeste.
O calor também é um fator importante, uma vez que a planta do milho para de crescer quando as temperaturas ultrapassam os 90 Fahrenheit (32,2 graus celsius). Até agora, 2012 tem sido mais quente do que 1988 em uma grande faixa do Meio-Oeste. A temperatura média de Indiana de abril a junho deste ano, por exemplo, foi quase dois graus mais alta que em 1988.
"Isso não quer dizer que as condições não podem se tornar tão sérias quanto elas foram em 1988", disse Elwynn Taylor, climatologista da Iowa State University. "É só que a maior parte do dano à lavoura de milho de 1988 foi causada no período de maio a junho. Este ano, junho vai terminar com a maior parte da colheita avaliada como estando em boas condições".

quarta-feira, 27 de junho de 2012

COCA-COLA CONTÉM SUBSTÂNCIA SUSPEITA DE CAUSAR CÂNCER

A Coca-Cola vendida em vários países, inclusive no Brasil, continua apresentando níveis elevados de uma substância química associada a casos de câncer em animais, e que já foi praticamente eliminada na versão do refrigerante comercializada na Califórnia, disse na terça-feira o Centro para a Ciência no Interesse Público, com sede nos EUA.
A entidade disse que amostras da Coca-Cola recolhidas em nove países mostraram "quantidades alarmantes" da substância 4-metilimidazole, ou 4-MI, que entra na composição do corante caramelo. Níveis elevados dessa substância foram relacionados ao câncer em animais.
Em março, a Coca-Cola e sua rival PepsiCo anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante para que alterassem seu processo industrial, de modo a atender a uma regra aprovada em plebiscito na Califórnia para limitar a exposição de consumidores a substâncias tóxicas.
A Coca-Cola disse na ocasião que iniciaria a mudança pela Califórnia, mas que com o tempo ampliaria o uso do corante caramelo com teor reduzido de 4-MI. A empresa não citou prazos para isso.
Na terça-feira, a Coca-Cola repetiu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e que só solicitou a alteração aos fornecedores para se adequar às regras de rotulagem da Califórnia.
Segundo o CCIP, amostras da Califórnia examinadas recentemente mostravam apenas 4 microgramas de 4-MI por lata da bebida. A Califórnia agora exige um alerta no rótulo de um alimento ou bebida se houver a chance de o consumidor ingerir mais de 30 microgramas por dia.
Nas amostras brasileiras, havia 267 microgramas de 4-MI por lata. Foram registrados 177 microgramas na Coca-Cola do Quênia, e 145 microgramas em amostras adquiridas em Washington.
Coca-Cola continua apresentando níveis elevados de uma substância química associada
 a casos de câncer em animais - Foto de Jim Young / Reuters/Reuters
"Agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente essa substância carcinogênica das colas, não há desculpa para que a Coca-Cola e outras empresas não façam isso no mundo todo, e não só na Califórnia", disse em nota Michael Jacobson, diretor-executivo do CCIP.
A FDA (agência de fiscalização de alimentos e remédios dos EUA) está avaliando uma solicitação do CCIP para proibir o processo que cria níveis elevados de 4-MI, mas disse que não há razão para crer em riscos imediatos aos consumidores.
Neste ano, um porta-voz da FDA disse que uma pessoa teria de consumir "bem mais de mil latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos que demonstraram ligações com o câncer em roedores".
A Coca-Cola disse na terça-feira que continua desenvolvendo a logística para adotar o novo corante caramelo.
"Pretendemos ampliar o uso do caramelo modificado globalmente, para nos permitir agilizar e simplificar nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabricação e distribuição", disse a empresa em nota.
Uma porta-voz não quis comentar os custos dessa mudança.
Fonte: Reuters

terça-feira, 26 de junho de 2012

O FENÔMENO CLIMÁTICO “EL NIÑO” PODE REAPARECER DURANTE O SEGUNDO SEMESTRE DO ANO

O fenômeno climático 'El Niño' pode reaparecer durante o segundo semestre do ano, depois do fim do último episódio de 'La Niña' em abril passado, anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
"Desde que, em abril de 2012, terminou o episódio La Niña de 2011-12 tem prevalecido condições neutras, ou seja, não tivemos episódios El Niño nem de La Niña, e é provável que estas condições persistam até, pelo menos, a primeira metade do verão do hemisfério norte (inverno no hemisfério sul", afirma um comunicado da OMM.
"A partir de julho podem surgir condições neutras ou um episódio de El Niño, sendo levemente maiores as possibilidades de formação do El Niño. Se considera pouco provável que volte a formar-se um episódio de La Niña", acrescenta a nota da OMM.
O boletim indica que, "com base fundamentalmente em um acúmulo de calor na zona mais profunda do Oceano Pacífico tropical produzida desde o início de maio, a maioria dos modelos climáticos estudados preveem a formação de um episódio de El Niño entre julho e setembro e que se prolongará até o final de 2012".
O que diz o INPE/Cpetc
Relatório do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) divulgado nesta sexta-feira mostra que vários modelos de previsão climática sinalizam o possível desenvolvimento de condições de El Niño entre julho e setembro. O fenômeno climático é caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico Tropical, afetando o regime de chuvas em regiões tropicais.
"Ainda é cedo para dizer se está se configurando um El Niño, é uma fase de transição de águas mais frias para mais quentes, temos que ver no decorrer do trimestre. É um fenômeno em evolução", disse o meteorologista Felipe Farias, do Cptec, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).
Previsões do Cptec/Inpe, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e dos centros estaduais de meteorologia apontam para maior probabilidade de chuvas acima da média em uma faixa central que engloba o sul do Centro-Oeste, o Sudeste e o norte da região Sul.
O grupo que reúne os meteorologistas deve voltar a se encontrar em meados de julho para avaliar as condições climáticas, que poderão confirmar ou não a configuração do El Niño, e também a intensidade do fenômeno.
El Niño: fenômeno climático natural com consequências devastadoras
A região centro-sul já vem de um período atipicamente chuvoso, com chuvas bem acima da média histórica para junho. "As precipitações (elevadas) ocorrem por causa de uma frente estacionária, combinada a áreas de baixa pressão nos níveis elevados da atmosfera", disse Farias, do Cptec/Inpe.
A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou o mês de junho mais chuvoso desde 1943, quando se começou a medição. E um padrão semelhante, com chuvas muito acima da média, também é visto em todo o Estado de São Paulo, no sul de Mato Grosso do Sul e no norte do Paraná.
A questão climática está no foco do setor sucroalcooleiro, uma vez que chuvas interrompem a colheita e afetam a moagem da cana, além da produção e o escoamento do açúcar em dois importantes portos brasileiros. Chuvas em volumes atípicos para esta época também têm afetado os trabalhos de colheita de café no Brasil, segundo fontes do setor. O Brasil é o maior produtor global de café e açúcar.
SOBRE O EL NIÑO
El Niño é o nome dado a um fenômeno climático que acontece em decorrência da elevação anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico, que provoca significativas mudanças no clima mundial. Quando ocorre, inicia-se nos meses de setembro ou outubro, por volta do mês de dezembro a costa do Peru recebe as águas aquecidas. A nomeação de El Niño se dá pelo fato de seu início coincidir com o Natal, estabelecendo uma relação com o Menino Jesus. 
O El Niño traz problemas para os pescadores peruanos, tendo em vista que o aquecimento das águas do Pacífico reflete na diminuição da piscosidade oriunda da corrente de Humboldt, que influencia diretamente a costa do Peru e do Chile.
Esse acontecimento climático resulta em alterações no clima, como, por exemplo, no regime das chuvas em diversos pontos do planeta. Apesar de se conhecer suas consequências, ainda sabe-se muito pouco acerca de sua origem e causas. Atualmente, há muitas teorias que tentam explicar o surgimento do fenômeno, mas sem nenhuma comprovação contundente.
No ano de 1982, esse fenômeno foi intensamente anunciado nos meios de comunicação. Um ano depois, a temperatura das águas do oceano Pacífico atingiu 5,1°C, aquecimento atípico. Apesar dessa atuação do El Niño ser considerada a mais forte já registrada, estudos contemporâneos indicam que as manifestações nos anos de 1972/73 foram mais ativas do que as ocorridas na década de 80.
Houve uma manifestação do El Niño em 1997, com o aquecimento das águas no mês de outubro. No ano seguinte, 1998, as águas do Pacífico atingiram 4°C de aquecimento anormal, o que consolidou o fenômeno, que apresentou uma força comparada a da década de 70.
Sua atuação promoveu mudanças efetivas no regime das chuvas, por essa razão houve períodos rigorosos de seca nos Estados Unidos, sudeste do continente africano, Indonésia, Austrália e América Central. Em contrapartida, houve precipitação além do normal nos países europeus mediterrâneos, no oeste da Índia e sul do Brasil.
No território brasileiro os reflexos do El Niño foram percebidos em diversos pontos do país, com destaque para a rigorosa estiagem que castigou a região Nordeste e as enchentes na região Sul, incluindo ainda a diminuição nos índices pluviométricos da região Norte, provocando secas e incêndios, como aconteceu no Estado de Roraima em 1998, quando o fogo devastou pelo menos 15% de seu território.