Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

terça-feira, 21 de agosto de 2012

CÍRCULOS NO DESERTO DA NAMÍBIA (PEGADAS DOS DEUSES)


Não há ainda explicação sobre a origem dos milhares de círculos
No deserto da Namíbia surgem com muita frequência estranhos círculos no solo, apelidados de “pegadas dos deuses” pelos habitante locais. Uma nova investigação publicada na “PLoS ONE” demonstra que estes têm um ciclo de vida que os faz aparecer e desaparecer com regularidade.
A origem dos círculos continua a ser uma incógnita, mas os cientistas da Universidade da Florida, liderados pelo biólogo Walter Tschinkel, documentaram os anéis em termos de tamanho, desenvolvimento e duração de “vida”.  
Os milhares de círculos que aparecem pelo deserto entre Angola e África do Sul podem ter entre dois e 12 metros de diâmetro. No interior dos anéis não cresce qualquer vegetação, mas estes círculos são rodeados por uma espécie de coroa de vegetação alta, maior do que a que está à sua volta e que marca claramente o perímetro da zona seca.
Em todo o mundo acontecem fenômenos deste gênero, mas não com tanta frequência nem tão inexplicáveis. Sabe-se já que muitos desses círculos são provocados por fungos que afetam o crescimento da vegetação. Mas isso não acontece na Namíbia.
O que os investigadores descobriram, através da análise de imagens de satélite de 2004 e 2008, é que os anéis seguem uma espécie de “ciclo vital” regular que os faz aparecer muito rapidamente até atingirem o seu tamanho máximo e desaparecer sem motivo aparente, voltando a ficar repletos de vegetação.
Algumas imagens que fazem parte do estudo
Os círculos menores têm uma duração média de 24 anos, enquanto os maiores podem chegar aos 75. O investigador afirma que a origem da sua formação é difícil de explicar. “Temos sobre a mesa um bom número de hipóteses, mas as provas não são convincentes para nenhuma delas”.
Tschinkel interessou-se pela primeira vez pelos anéis em 2005 durante um safari pelo deserto da Namíbia. Como se trata de uma zona muito remota e de difícil acesso, poucos investigadores tiveram a oportunidade de estudar o fenômeno a fundo.
No início, o biólogo pensou que os círculos marcavam os limites de colônias subterrâneas de termites (cupins), mas durante as escavações que também fizeram parte do estudo, não se encontraram evidências da sua presença. Outras hipóteses como a ação de fungos, as diferenças de nutrientes no terreno ou a emanação de vapores tóxicos desde o subsolo foram também postas de lado.

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