Um
grupo de cientistas de diversos países conseguiu mapear a origem de todos os
mamíferos placentários: trata-se de um pequeno animal peludo que se alimenta de
insetos.
Ao
contrário dos monotremados, que põem ovos, e dos marsupiais, que nutrem seus
fetos em bolsas, como no caso dos cangurus, os mamíferos placentários crescem
dentro de um útero e são alimentados por meio de uma placenta durante a
gestação.
O
grupo é vasto e inclui animais como baleias, elefantes, cachorros, morcegos e
os seres humanos.
Um
artigo na revista especializada Science fornece mais detalhes sobre o potencial
habitat da criatura ancestral, que teria surgido pouco após o desaparecimento
dos dinossauros.
O
local de origem dessa espécie tinha sido tema de intensos debates durante
muitos anos.
Diversidade
Os
mamíferos placentários, ao contrário dos que botam ovos e dos marsupiais, são
um grupo muito diverso, atualmente com mais de 5 mil espécies.
Elas
incluem animais que podem voar, nadar e correr, e pesam entre algumas gramas e
centenas de toneladas.
E
decifrar o passado distante deles com base em fósseis e animais vivos
atualmente é de fato uma tarefa subjetiva.
Mas
os trabalhos mais recentes tratam da questão com detalhes sem precedentes,
levando até seis anos para desenvolver uma base de dados físicos e genéticos
cerca de dez vezes maior do que qualquer uma construída anteriormente – usando
técnicas modernas.
Para
construir essa base de dados, os especialistas juntaram mais de 4.500 detalhes
de fenótipo: comprimento de membros, formato de dentes, comprimento de pelagem,
se presente, dentre outros, de 86 diferentes espécies vivas e 40 fósseis de
animais extintos.
Maureen
O'Leary, da Universidade Stony Brook, de Nova York, diz que o grupo mudou a
maneira de lidar com pesquisa em paleontologia.
"A
anatomia e a pesquisa em paleontologia tinham uma perspectiva muito do século
19 –de que sentaríamos em pequenos grupos em laboratórios descrevendo fósseis.
Esta é uma parte muito eficiente e importante do que fazemos, mas ao tentar
trazer isso para o século 21 e usando novos softwares, nós conseguimos juntar
um grupo de cientistas e lidar com um problema muito maior", explica.
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