A agência espacial norte-americana NASA informou que
o impacto do meteorito que caiu sobre a Rússia e que provocou centenas de
feridos é o maior sofrido na Terra nos últimos cem anos. No século XX, só foi
superado por outro que atingiu a região da Sibéria, em 1908.
“Não há nada
neste momento que se possa apontar que faça ligação entre estes dois fenômenos”,
referiu Rui Jorge Agostinho.
A queda do meteorito na Rússia, que se fragmentou
ao entrar na atmosfera e atingiu seis cidades nos Montes Urais, segundo os
últimos dados do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, provocou
474 feridos, 14 dos quais tiveram de ser internados.
Foto do Meteorito |
O meteorito que caiu no dia 15 sobre Chelyabinsk
(zona dos Urais) media 15 metros no momento em que entrou na atmosfera e pesava
7 mil toneladas. A bola de fogo que formou na entrada na atmosfera pode ser
vista durante 30 segundos e brilhou mais do que o Sol. A energia libertada na
colisão foi de centenas de quilotoneladas (a quilotonelada e a megatonelada de
TNT têm sido tradicionalmente usadas para classificar a libertação de energia,
e, portanto, o poder destrutivo, de armas nucleares). Os cientistas dizem que o
impacto não está relacionado com o asteroide DA14 que no mesmo dia passou muito
perto do nosso planeta.
O meteorito de 1908 foi responsável por uma
gigantesca explosão e devastação de uma superfície de 2200 quilômetros,
destruindo mais de 80 mil árvores perto do rio Tunguska, na taiga siberiana.
Este que ficou conhecido como «Evento de Tunguska» libertou
uma energia 300 vezes superior à bomba nuclear lançada sobre Hiroshima. O fato
de não ter sido encontrada nenhuma cratera nem evidências diretas do objeto
suscitou diversas teorias especulativas.
Um dos meteoros que mais destruição fez na Terra
foi aquele com dez quilômetros de diâmetro que caiu há 65,5 milhões de anos
sobre a península mexicana de Yucatán e que pôs fim à era dos dinossauros, afetando
também mais de 70 por cento das espécies existentes.
A cratera com maiores dimensões originada por um
meteorito foi encontrada em 2006, na zona oriental da Antártida. Esta tem 480 quilômetros
de diâmetro e encontra-se atualmente a uma profundidade de quase dois quilômetros
abaixo do gelo. Calcula-se que o seu impacto teria acontecido há 250 milhões de
anos.
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