Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

sábado, 14 de novembro de 2015

AS SEIS TOXINAS AMBIENTAIS MAIS PERIGOSAS




Garimpeiro na Tanzânia mostra o ouro que extraiu utilizando mercúrio Substâncias como chumbo e mercúrio colocam a vida de 95 milhões de pessoas em risco, aponta estudo. Em países mais pobres, a poluição ambiental mata mais que aids, tuberculose e malária.
Cerca de 95 milhões de pessoas no mundo tem a saúde diretamente afetada pelas seis piores toxinas ambientais, revela um estudo da Fundação Cruz Verde, na Suíça, em parceria com a ONG Pure Earth, de Nova York, divulgado nesta quarta-feira (21/10).
O problema é mais grave em países com renda baixa a média. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, em 2012, a exposição a poluentes no ar, água e solo matou 8 milhões de pessoas nesses países. Uma morte em cada sete no mundo seria consequência da poluição.
Para efeito de comparação, segundo a OMS, 1,5 milhão de pessoas morreram em decorrência da aids, e menos de um milhão, de tuberculose em 2012. A malária também matou menos de um milhão de pessoas.
O estudo da Cruz Verde e da Pure Earth envolveu 49 países pobres e emergentes, entre eles Índia, Rússia, México e Indonésia. Membros da União Europeia (UE), por exemplo, ficaram de fora. Conheça as seis toxinas ambientais mais perigosas que foram identificadas:
Chumbo
26 milhões de pessoas em risco
Liberado no processo de mineração e, parcialmente, durante a reciclagem de baterias de carro, o chumbo é a toxina ambiental mais devastadora, apontou o estudo. O descarte inadequado dessas baterias é uma grande fronte disseminadora da toxina.
A exposição ao chumbo por inalação de poeira ou ingestão de água e alimentos contaminados pode causar danos neurológicos e anemia, entre outros problemas. Os efeitos do chumbo são mais graves em crianças, e em altos níveis, a intoxicação pode levar à morte.
Radionuclídeos
22 milhões de pessoas em risco
A liberação de radionuclídeos resulta de processos como degradação de urânio, produção e testes nucleares, geração de energia nuclear e criação de produtos radiológicos para uso médico.
A exposição à toxina por ingestão ou inalação desencadeia problemas como náuseas, vômitos, dores de cabeça e pode até levar à morte. Além disso, o contato com a radiação pode causar lesões celulares, que estimulam o desenvolvimento de câncer.
Mercúrio
19 milhões de pessoas em risco
O mercúrio é liberado no meio ambiente sobretudo durante a mineração de ouro. Além disso, o metal pesado é frequentemente liberado por usinas movidas a carvão e pode ser encontrado em diversos produtos industriais, como termômetros e lâmpadas.
O contato com mercúrio elementar (metálico) pode causar danos no cérebro, nos rins e no sistema imunológico, além de prejudicar o desenvolvimento fetal. Quando a substância é combinada ao carbono, forma-se o mercúrio orgânico — comumente encontrado na natureza como metilmercúrio, outra toxina perigosa e causadora da doença de Minamata, uma grave síndrome neurológica.
Cromo hexavalente
16 milhões de pessoas em risco
A liberação do cromo hexavalente na natureza está relacionada, principalmente, ao processamento de couro, mas ele pode ser encontrado também nas panelas de aço inoxidável. Dependendo da exposição, a toxina pode provocar danos nos sistemas respiratório e gastrointestinal. Além disso, a toxina é cancerígena.
Pesticidas
7 milhões de pessoas em risco
Os pesticidas das plantações são levados pela chuva e contaminam águas superficiais e subterrâneas. Alguns pesticidas antigos – os chamados Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), como o DDT – chegam a fazer uma verdadeira migração global, afetando comunidades a milhares de quilômetros de distância de onde eles foram usados. Os efeitos gerais da exposição à toxina incluem dores de cabeça, náuseas, tonturas e convulsões. O contato crônico pode ter impactos neurológicos, reprodutivos e dermatológicos.
Cádmio
5 milhões de pessoas em risco
O cádmio é um subproduto da mineração e do processamento de zinco. Ele está presente em alguns fertilizantes, mas seu uso industrial se concentra em processos de galvanoplastia (douração e cromagem, por exemplo).
A exposição humana acontece através de uma cadeia de alimentos contaminados, como cereais, vegetais e até peixes, ou do tabagismo (ativo ou passivo). Mesmo pequenas quantidades de cádmio podem causar impactos significativos para a saúde, como irritação pulmonar e bronquite crônica. A exposição prolongada pode afetar o fígado.
Fonte: DW.Com.

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