Uma
empresa japonesa criou sapatos com GPS especialmente planejados para ajudar a
localizar idosos com demência, que são capazes de se perder e não conseguir
voltar para suas residências.
Os
sapatos chamados "GPS Dokodemo Shoes" possuem um localizador instalado
no interior do pé esquerdo e permitem mostrar a posição do usuário em
dispositivos como smartphones e computadores após inserir o número de
identificação do terminal e uma senha.
"Temos
experiência na busca de doentes com demência perdidos, e sabemos que este tipo
de pessoas não utilizam telefones celulares e nem relógios, e sim sapatos. Por
isso decidimos criar sapatos com sistema de localização GPS", explicou à
Agência Efe nesta sexta-feira um porta-voz da Wish Hills, criadora do calçado.
Empresa
japonesa criou "GPS Dokodemo Shoes", sapatos com GPS para localizar
idosos com demência perdidos. Foto: EFE/Wish Hills
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O
localizador é associado a um dispositivo para o qual envia notificações quando
o idoso se afasta mais de 50, 100 ou 500 metros de casa, dependendo do número
programado, explicou a empresa. O sistema também mostra a posição do usuário em
um mapa para que seja mais fácil iniciar sua procura, entre outras funções.
A
empresa, que visa "salvar vidas" com esses sapatos, afirma que o
produto está tendo bom resultado e com boas vendas, "principalmente entre
mulheres na faixa dos 50 anos que têm algum pai com demência".
Os
sapatos custam 35 mil ienes (R$ 1 mil) e estão disponíveis apenas no Japão,
país em que praticamente 25% da população supera os 65 anos.
"O
mercado doméstico é muito importante para nós, no entanto, no futuro nos
interessaria abrir em outros mercados nos quais a população envelhecerá
rapidamente nos próximos anos", indicou a companhia.
A
demência é uma síndrome que implica a deterioração da memória, do intelecto, do
comportamento e da capacidade para realizar atividades da vida cotidiana.
Cerca
de 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, e a cada ano são
registrados 7,7 milhões de novos casos, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Fonte: EFE
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