Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SETEMBRO QUEBRA O RECORDE COM TEMPERATURAS ELEVADAS EM TODO O PLANETA

Especialistas explicam que fato de setembro apresentar temperaturas mais altas que o esperado em quase todo o mundo tem relação com os fenômenos El Niño e La Niña.
Eu discordo, são os "Los Hombres"
Os registros de temperatura começaram em 1880, e nestes 133 anos tem sido registradas temperaturas tanto de regiões oceânicas quanto de terra firme.
A temperatura média combinada de terra e oceano empatou com 2005 como o mês de setembro mais quente no registro, a 0,67 °C acima da temperatura média do século 20, que é de 15 °C.
A temperatura média global da superfície de terra firme foi a terceira mais quente para os meses de setembro registrados, com temperatura 1,02 °C acima da média.
A temperatura média global da superfície oceânica empatou com 1997 como o segundo mais quente mês de setembro registrado, com temperatura 0,54 °C acima da média.
A temperatura global combinada de terra e oceano para o período de janeiro a setembro de 2012 foi o oitavo período mais quente no registro, com temperatura 0,57 °C acima da média do século 20.
A média de temperatura da superfície do planeta foi de 14,7ºC, ficando atrás apenas de 1998 e igual a 2001 e 2011. Como consequência, o degelo do Ártico foi recorde e de acordo com especialistas, a tendência é que o ano de 2012 seja um dos dez mais quentes da história.
O mundo está ficando mais quente como um todo. As temperaturas da superfície terrestre e dos oceanos aumentaram 0,7 °C a cada século, desde 1800 quando as elas passaram a ser registradas. Alguns anos apresentam oscilações naturais como a ocorrência do El Niño.
De acordo com Jessica Blunden, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (na sigla em inglês, NOAA) , um dos motivos para tanto calor neste ano foi a transição do fenômeno La Niña, que esfria as águas do Pacífico para o El Niño, que as aquece. Ela afirma que o ano de 2012 está “traçando um caminho” para ficar entre os dez mais quentes da história. 
Embora os dados mostrem a ocorrência de temperaturas mais altas que a média esperada em todas as partes do mundo, foram nas regiões próximas ao pólo norte, especialmente o Ártico onde pode-se notar um aumento maior da média. 
“Em geral, o Ártico está esquentando o dobro da taxa das latitudes mais baixas. Apenas algumas semanas atrás, o gelo marinho no Ártico atingiu a menor extensão já registrada e ainda continua a diminuir” .
Verões mais quentes 
Os Estados Unidos vivenciaram o terceiro verão mais quente da história. E de acordo com o NOAA as altas temperaturas foram ocasionadas pelo fenômeno La Niña, que terminou em maio.
“As condições atmosféricas continuam muitas vezes semelhantes aos padrões do La Niña e depois se dissipam”, disse Jake Crouch, do NOAA. Ele explica que durante o fenômeno os EUA tendem a ser mais quente e seco do que a média. O clima mais quente e seco durante a primavera, de março a junho de 2012, criou base para a grande seca que impactou o país no verão, aumentando as temperaturas.
A tendência de aquecimento aumenta as chances de que no futuro haver verões ainda mais quentes que o deste ano. “Isso não significa necessariamente que cada verão será tão quente quanto o anterior. Os próximos verões podem ter temperaturas mais altas ou mais baixas que a média esperada. Porém, a expectativa é que a tendência de aquecimento continue no futuro”, disse. 
Batendo recordes 
Nove dos dez anos mais quentes já registrados no mundo ocorreram durante o século 21 (o terceiro ano mais quente no registro é de 1998). Os anos de 2010 e 2005 são os dois mais quentes. As últimas três décadas foram as mais quentes no registro, sendo os anos 2000 os mais quentes, seguido de 1990 e 1980.
Como consequência do aumento da temperatura, especialistas afirmam que é esperado que eventos como secas, enchentes e ondas de calor podem se espalhar pelo mundo. “Eventos extremos devem se tornar mais generalizados com as mudanças climáticas. Porém, não é fácil prever quando nem quais regiões do mundo passaram por tais eventos”, disse.


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