Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

terça-feira, 19 de abril de 2011

ANIMAIS VENENOSOS E PEÇONHENTOS


Naturalmente, ao se pensar em animais venenosos, vêm à mente as cobras.
Antes de falar das cobras, porém, vale a pena fazer uma distinção entre venenoso - isto é, o animal que produz a toxina, mas não tem estruturas inoculadoras, como as rãs - e peçonhento - o animal que além de produzir a toxina possui estruturas para sua inoculação, as serpentes, por exemplo, possuem presas para inocular o veneno em suas vítimas.
Entre as serpentes peçonhentas, a mais conhecida no Brasil talvez seja a cascavel, do gênero Crotalus, com seu célebre guizo emitindo um sinal de ataque iminente.
Os Gêneros
Jararaca
Picada de Jararaca
Bothrops - são as jararacas as responsáveis por cerca de 90% dos acidentes com cobras registradas no Brasil. Compreende umas 20 espécies: B. jararaca, que é a jararaca propriamente dita, B. alternatus, que é a urutu ou cruzeira, B. atrox, também chamada de jararaca ou de combóia, B. bilineatus que é verde e vive nas árvores e, por isso, chamada de cobra-papagaio, a B. insularis, uma jararaca singular que só tem na Ilha Queimada, no litoral paulista, na altura da cidade de Santos. O veneno dessa jararaca é muito potente, pelo menos para pássaros dos quais essa cobra se alimenta quase que exclusivamente. Se não fosse isto, o animal morreria de fome, pois, após a picada os pássaros voariam muito longe, fora da alcance da serpente. E assim há muitos outros ofídios do gênero Bothrops cujos representantes são encontráveis em todo território nacional.
Jararaca Ilhoa (Bothrops  insularis)

Crotalus – são as cascavéis, com seu guizo ou chocalho típico. A espécie é durissus, com numerosas subespécies, todas muito parecidas umas com as outras. Sua distribuição geográfica é mais restrita a áreas secas e arenosas das regiões sul, sudeste e centro do país. O maior número de acidentes por cascavel ocorre no Estado de São Paulo.
Cascavel
Lachesis  - A cobra surucucu, do gênero Lachesis, é o maior dos ofídios peçonhentos do país, podendo atingir até 3,5m de comprimento. A Lachesis muta muta, um dos espécimes do gênero, pode ser encontrada tanto na Amazônia quanto na Mata Atlântica - o que significa que ela está presente no Brasil em toda a sua extensão longitudinal.
Surucucu pico-de-jáca
Micrurus - A cobra coral verdadeira, pertencente ao gênero Micruru, também é encontrada em todo o Brasil. No entanto, trata-se de uma serpente de pequeno e médio porte (até um metro de comprimento) e respondem por somente 0,5% dos acidentes com ofídios no país.
O nome coral verdadeira significa, sim, que existe uma falsa coral. Ou melhor, várias: a Phalotris mertensi, a Oxyrhopus guibei, a Oxyrhopus rhombifer e a Apostolepis dimidiata. Sua semelhança com a coral verdadeira é de grande utilidade, pois mantém eventuais predadores afastados. 
Cobra Coral
Não procure distinguir as cobras corais verdadeiras das falsas.
Deixe este trabalho para quem entende do assunto e não mexa com essas serpentes porque são extremamente venenosas!
Convém lembrar que há cobras perigosas que, no entanto, não são peçonhentas: é o caso da jibóia (Boa constrictor) e da sucuri ou anaconda, do gênero Eunectes, do qual há três espécies (murinus, notaeus e deschauenseei. Possuem grande dimensões e são cobras constritoras, que se enrolam nas vítimas, esmagando seus ossos ou asfixiando-as.
Cobra Jibóia (Boa Constrictor)
 ARANHAS
Das milhares de espécies existentes no Brasil, poucas oferecem perigo ao homem. No entanto, algumas espécies, abaixo apresentadas, podem provocar envenenamento, com acidentes eventualmente fatais, principalmente principalmente em crianças. 
Entre as aranhas venenosas existentes no Brasil, devemos destacar a elevada ocorrência do gênero Loxosceles (Heinecken e Lowe, 1832), com as espécies L. rufescens (Lucas, 1834), muito difundidas no Brasil, segundo as pesquisas de Bucher!.
Desde 1954, Rosenfeld e o grupo de médicos assistentes do Hospital Vital Brasil, do Instituto Butanta, vem distinguindo e diagnosticando casos de envenenamento pelo veneno loxoscelico. Ate a realização da tese em foco, não se dispunha, porem, de soro específico para fins terapêuticos. A produção de um soro antiloxoscelico era, portanto, de real importância e de grande interesse, não só para o Brasil, como para outros países.
 As milhares de espécies de aranha são escritos pelo Prof. Bernardo Beiguelman. Trata o mesmo dos chamados "determinantes" da diferenciação sexual e as bases citológicas da determinação do sexo e de anomalias sexuais. Bibliografia atualizada no final de cada capftulo.
Medicos, psicólogos e biólogos interessados por problemas de Genetica Medica devem ler mais este interessante livro coordenado pelo Prof. Pedro Henrique Saldanha que nos oferece com a publicaçao deste volume mais uma demonstraçao eloquente de sua infatigavel operosidade científica.

Subordens

Orthognatha, aranhas caranguejeiras, das quais não se conhece um relato fidedigno de envenenamento grave, e Labidog­natas, aranhas verdadeiras, com representantes cuja picada pode assumir gravidade variável. Nesta subordem ocorrem 4 famflias, existentes em todas as Americas, responsabilizadas por acidentes humanos: Ctenidae, Lycosidae, Theriddiidae e Scytodidae. Na família Ctenidae, entre outros gêneros, enquadram-se Ctenus e Phoneutria.
Em 1925, o doutor Vital Brasil e L. Vellard prepararam pela primeira vez, no Instituto Butanta, um soro antictenico. A família Lycosidae compreende centenas de espécies, com cerca de 40 gêneros.
O genero Loxosceles fica situado na família Scytodidae, L. rufescens e L. rufipes san aranhas pequenas, com o cumprimento do corpo bem menor que o das pernas, longas e finas. O abdomen e de cor escura, quase preta. Seis olhos, brancos e brilhantes. A distinção entre as duas espécies se faz pelo cefalotórax.
Tais aranhas, segundo Furlanetto (1961), san encontradas em ambientes escuros, em buracos, vãos e fendas, grutas e cavernas e sob cascas parcialmente desprendidas de arvores. Todas as espécies de Loxosceles fazem, onde se aninham, pequenas telas irregulares, de 2 a 4 cm2
 Aranhas Venenosas:

Phoneutria sp. (armadeira)Phoneutria sp. (armadeira)

Phoneutria sp. (armadeira)
As aranhas armadeiras possuem cor cinza ou castanho escuro e pelos curtos no corpo e nas pernas. Próximo aos ferrões os pelos são vermelhos. Quando adultas, chegam a atingir até 17 cm de comprimento, incluindo as pernas. O corpo tem de 4 a 5 cm. Não fazem teias, são errantes e solitárias, podendo ser encontradas em lugares escuros, vegetação (cachos de bananas, por exemplo). Podem entrar por debaixo das portas das residências, escondendo-se dentro de calçados.
Geralmente à noite saem para caçar. São muito agressivas e assumem postura ameaçadora, "armando o bote", de onde vem seu nome. São comuns os acidentes, podendo ser graves para crianças menores de 7 anos. O sintoma predominante é uma dor intensa no local da picada. O tratamento em geral consiste de aplicação local de anestésico e, em casos graves, de aplicação do soro antiaracnídico.

Loxosceles sp. (aranha marrom)

Picada de Aranha marrom
Loxosceles sp. (aranha marrom)
 
Possui cor amarelada, sem manchas. Chega a atingir de 3 a 4 cm, incluindo as pernas. O corpo atinge de 1 a 2 cm. Os pêlos são poucos, curtos, quase invisíveis. Essas aranhas vivem em teias irregulares, semelhantes a um lençol de algodão, construídas em tijolos, telhas, tocos de bambu, barrancos, cantos de parede, garagens, geralmente em lugares escuros. Não são agressivas e os acidentes são raros, porém geralmente graves. Os primeiros sintomas de envenenamento são uma sensação de queimadura e formação de ferida no local da picada. O tratamento é feito com soro antiaracnídico ou antiloxoscélico.

 

 Lycosa sp. (aranha de grama)

Lycosa sp. (aranha de grama)
Possui cor acinzentada ou marrom, com pêlos vermelhos perto dos ferrões e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo. Atinge até 5 cm de comprimento, incluindo as pernas. O corpo atinge de 2 a 3 cm. Vivem em gramados e residências. Os acidentes são freqüentes, porém não são graves, não necessitando de tratamento com soro.

Caranguejeiras (diversos gêneros)

Caranguejeiras (diversos gêneros)
As caranguejeiras são aranhas geralmente grandes, com pêlos compridos nas pernas e no abdômen. Embora sejam muito temidas, os acidentes com elas são raros e sem gravidade, e por isso não se produz soro contra seu veneno.

Latrodectus sp. (viúva negra)

Latrodectus sp. (viúva negra)
Possui cor preta, com manchas vermelhas no abdômen e às vezes nas pernas. São aranhas pequenas: a fêmea tem de 2,5 a 3 cm (o corpo com 1 a 1,5 cm) e o macho é de 3 a 4 vezes menor. Vivem em teias que constroem sob vegetação rasteira, em arbustos, plantas de praia, barrancos, etc., em lugares escuros. Conhecem-se no Brasil apenas alguns acidentes de pequena e média gravidade, não se produzindo soro contra as espécies brasileiras.
As aranhas que constroem teias aéreas de forma geométrica (circular, triangular, etc.), como as espécies de Nephila e outras, não oferecem perigo, mesmo quando são de tamanho grande.

ESCORPIÕES
Escorpião. [Do lat. scorpione.] 1. Designação comum aos animais artrópodes, escorpionídeos.
Os escorpionídeos, conhecidos popularmente como escorpiões, pertencem à classe dos aracnídeos. Não são insetos, como  pensam erradamente algumas pessoas. Juntamente com as aranhas, os carrapatos e os ácaros, que são seus companheiros de classe, os escorpiões pertencem ao filo dos artrópodes, que inclui, além dos aracnídeos, a classe dos insetos, dos crustáceos e outras. 

Como linhagem, os escorpiões provêm de eras remotas. Seus mais antigos fósseis ocorrem em rochas formadas no Período Siluriano, cerca de 420 milhões de anos atrás. Ou seja, cerca de 200 milhões de anos antes que os dinossauros aparecessem! A linhagem à qual os escorpiões modernos pertencem surgiu no Período Carbonífero mais recente, há cerca de 300 milhões de anos. De lá para cá, os escorpiões pouco mudaram. 
O maior de todos os escorpiões, em comprimento, é provavelmente o sul- africano Hadogenes troglodytes, cujos machos podem atingir até 21 cm. 
Entre as espécies de pequeno comprimento, o menor dos escorpiões talvez seja o Microtityus waeringi, que mal chega a 12 mm, quando adulto.
Os escorpiões se destacam entre os aracnídeos por terem uma duração de vida que vai além de uma estação. Chegam à maturidade em 1-3 anos, e atingem normalmente um período de vida de 2-6 anos. O maior tempo de vida registrado para um escorpião chega até 8 anos.
O atributo mais notório de um escorpião é seu ferrão venenoso. Embora seja verdade que os escorpiões estejam entre os animais mais venenosos que vivem em terra, os relatos sobre seu efeito mortal são provavelmente exagerados.
Todas as espécies de escorpião são venenosas. Para os insetos, que são  alimento potencial de escorpiões, todos os escorpiões são mortalmente venenosos. Entretanto,entre as cerca de 1050 espécies conhecidas, apenas um pequeno número é perigoso para os seres humanos. A maioria produz uma reação semelhante à da ferroada da abelha, que é muito dolorosa, embora geralmente não ofereça perigo de morte. 

Fonte: www.butantan.gov.br






3 comentários:

  1. Os animais cumprem suas funções. Basta que os deixemos em paz.

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  2. Todos os seres vivos, tem realmente uma função a cumprir, a do homem parece que é destruir o seu próprio habitat.

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  3. realmente. muitos pais esquecem de educar, e entram numa de super-protger, se o filho faz algo de errado a primeira atitude é de protege-lo das consequencias e assim torná-lo um quem sabe otimo bandido, ou um ladrão q respeita a mamãe......

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