Um grupo de
pesquisadores britânicos conseguiu registrar pela primeira vez em vídeo um
plâncton (micro-organismo marinho) ingerindo uma partícula de plástico. O vídeo
foi divulgado com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o efeito
negativo do plástico no ambiente.
Já se sabia que era
possível encontrar restos do material dentro do aparelho digestivo de
tartarugas marinhas, baleias e peixes. E também que o plástico está presente no
interior de organismos menores, que formam a base da cadeia alimentar marinha.
Mas esta foi a
primeira vez que pesquisadores registraram um grupo de copépodes (um
zooplâncton que se alimenta de algas no oceano) ingerindo partículas plásticas.
As imagens foram
gravadas com a ajuda de um microscópio pela produtora Five Films e por
pesquisadores do Laboratório Marinho de Plymouth, no oeste do Reino Unido.
Para os autores, o
registro mostra que a contaminação afeta até mesmo as menores criaturas do mar.
Reprodução e sobrevivência prejudicadas
As imagens, captadas dentro de uma gota de água, mostram como os copépodes usam o movimento de suas patas para atrair as partículas de poliestireno na água |
A cada ano, 8
milhões de toneladas de resíduos plásticos chegam ao mar. Com o tempo, os
pedaços maiores de plástico se decompõem em pedaços menores.
Segundo o
pesquisador Mathew Cole, do laboratório de Plymouth, vários tipos de plâncton
ingerem essas partículas de plástico, incluindo larvas de caranguejo e de
ostras.
Em alguns casos, o
plâncton excreta o plástico ingerido poucas horas depois. Mas em muitos casos,
quando não têm acesso a outros alimentos, esse plástico pode permanecer dentro
do sistema digestivo por até sete dias.
Isso reduz o ritmo
no qual esses organismos consomem algas, o que prejudica sua reprodução e
sobrevivência. Se outros organismos
maiores consomem esse plâncton, as partículas tóxicas podem entrar na cadeia
alimentar.
Fonte: BBC
Fonte: BBC
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