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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

CIDADES SUBMARINAS E ARRANHA-CÉUS SUBTERRÂNEOS: A VIDA DENTRO DE 100 ANOS


Para especialistas, o fundo dos oceanos será um bom lugar para construir "cidades-bolhas"

Um grupo de arquitetos e cientistas sugere que a vida nas cidades daqui a cem anos pode envolver drones que carregam uma casa inteira, alimentos que podem ser "impressos" em casa, cidades submarinas e prédios gigantes e subterrâneos.
A equipe é formada por aquitetos da companhia SmartThings, que pertence à gigante de tecnologia Samsung, e professores da Universidade de Westminster, na Grã-Bretanha. E as previsões estão no relatório SmartThings Future Living Report.
De acordo com as previsões do relatório, em 2116 as pessoas poderão viver em "cidades-bolhas" submarinas, no fundo dos oceanos.
Nestas cidades no fundo do mar, haverá tecnologias de construção rápida e aviões não tripulados, segundo os cientistas.
"Vamos procurar melhores lugares para construir e fazer no fundo do mar faz muito sentido", disse Maggie Aderin-Pocock, cientista espacial e uma das autoras do estudo.
Aderin-Pocock explicou que viver nestas cidades no fundo do mar "será como viver em torres submarinas, cercadas de água".
Vida subterrânea
Cientistas afirmam que os arranha-céus crescerão para cima e para baixo da terra
No relatório, os especialistas também explicam como em apenas cem anos os arranha-céus poderão também ser construídos para baixo, avançando embaixo da terra com 25 andares ou mais no subsolo.
Aderin-Pocock afirmou que "necessitaremos de novos espaços para viver à medida que as cidades crescem".
A tecnologia de hologramas também terá avanços e as reuniões virtuais ficarão cada vez mais comuns.
Outra conclusão dos pesquisadores é que os drones vão se transformar em um novo meio de transporte. Na verdade, estas aeronaves serão utilizadas para carregar casas inteiras pelo mundo, o que os cientistas chamaram de "mulas" futuristas.
"Viajaremos pelo céu com nossos próprios drones pessoais e alguns serão tão potentes que poderão transportar casas inteiras pelo mundo todo quando sairmos de férias", afirmou a cientista britânica.
O relatório também prevê grandes avanços no uso de impressoras 3D. O progresso será tão grande que as pessoas não apenas vão fabricar objetos em casa, como móveis, por exemplo, mas também residências inteiras e até alimentos, que poderão ser "baixados" da internet em questão de segundos.
"Parece ficção científica, mas é algo que, de fato, está acontecendo agora", disse Aderin-Pococok.
"Recentemente houve uma exposição na China na qual foram construídas dez casas de um quarto cada uma em 24 horas usando apenas concreto e impressoras 3D", acrescentou.
Drones ganharão tamanho, potência e autonomia até para carregar uma casa inteira
A cientista afirmou que a ideia, em relação a alimentos impressos, é que os usuários possam escolher os pratos dos melhores chefs e imprimir os alimentos em casa de acordo com sua dieta ou interesse.
"A revolução dos smart phones já marcou o começo da revolução da casa inteligente, que terá implicações muito positivas em nossa forma de viver", disse o responsável pela SmartThings na Grã-Bretanha, James Monighan.
Medicina e espaço
O relatório faz previsões tanto para a saúde individual como para viagens e colonização interplanetária.
Por exemplo: daqui a cem anos as pessoas poderão ter em casa dispositivos que confirmarão se elas estão mesmo doentes e fornecerão remédios ou entrarão em contato com um médico, se for necessário.
O relatório também sugere que o progresso na tecnologia espacial vai fazer com que seja possível para que os humanos iniciem colônias fora da Terra, "primeiro na Lua, em Marte e depois outros lugares mais além na galáxia".
Maggie Aderin-Pococok afirma que algumas destas ideias podem acontecer, outras não
"Há cada vez mais pessoas vivendo em grandes cidades e temos que conseguir gerenciar estas cidades no futuro", afirmou Aderin-Pocock.
"É questão de pensar de forma criativa e apresentar ideias originais. Pode ser que algumas destas ideias aconteçam e que outras não, mas é bom especular e pensar o que poderia acontecer", disse.
"Há dez anos a tecnologia das coisas era inconcebível. E nossas vidas hoje em dia são irreconhecíveis para quem viveu há um século.

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