O
ano de 2015 foi marcado pela atuação do “El Niño”, fenômeno que consiste no
aquecimento das águas superficiais do Pacífico Equatorial. Ele intensifica os
extremos climáticos, isto é, uma região chuvosa fica com mais precipitações e
em localidades costuma fazer calor as temperaturas ficam extremamente altas.
O
fenômeno ainda está em atuação e por isso o ano de 2016 começou com os efeitos
do fenômeno climático, sendo este considerado como um dos mais fortes das
últimas três décadas. Contudo, as simulações meteorológicas mostram que ele
deve perder força a partir do segundo trimestre, entre os meses de abril e
junho.
“Com
o término do El Niño, o cenário passa a mudar e começamos a caminhar para uma
neutralidade, o que já abre as portas para as ondas de frio mais frequentes e
mais fortes em algumas áreas do Brasil”, comenta o meteorologista Celso
Oliveira, da Somar Meteorologia.
De
acordo com a Somar Meteorologia, 2015 teve poucas ondas de frio, que só
começaram a aparecer no final de março, mas neste ano, elas poderão ser
sentidas com 15 dias de antecedência.
Outono será duplamente marcado
pela transição
Com
início no dia 20 de março, o outono é caracterizado pela diminuição das chuvas
e o aumento do frio, ou seja, a mudança do verão para o inverno. “A estação
desta vez será a transição da transição, porque vai ser marcada pelas
oscilações sazonais e também por conta do enfraquecimento do El Niño. Em alguns
momentos vai esfriar mais e em outros, vai ter episódios extremos de chuva”,
afirma Oliveira.
Teremos um La Niña neste ano?
Estatisticamente,
os fenômenos “El Niño” mais fortes, como o de agora, foram substituídos por um
“La Niña”, que é o esfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial. É
o caso dos anos 1997/1998 e 1982/1983. “Há indícios de uma provável
configuração de La Niña a partir do segundo semestre, que ainda precisa ser
confirmado, mas se ela ocorrer, os seus impactos só serão sentidos no próximo
verão”, finaliza Oliveira.
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