Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A CATÁSTROFE DE CHERNOBYL COMPLETA 25 ANOS


Completa amanhã, terça-feira, vinte e cinco anos o desastre de Chernobyl, depois do inesquecível 26 de abril de 1986, quando o reator número quatro da central de Chernobyl explodiu, milhões de pessoas continuam sofrendo os efeitos devastadores, econômicos, sociais e ecológicos, da maior catástrofe da história nuclear civil.
A central, antes, orgulho da indústria da antiga União Soviética, está situada na Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia, duas repúblicas então integrantes do antigo império soviético. A explosão provocou uma nuvem radioativa de grande intensidade que contaminou grande parte da Europa. Durante quase um mês, Moscou manteve um completo silêncio, antes de decidir retirar os 135 mil habitantes da região.
Na ocasião, as previsões foram de dezenas de milhares de mortes. No entanto, um relatório divulgado pela ONU em setembro de 2005 afirmava que o número de falecidos chegou a 4 mil na Ucrânia, Bielorrússia e Rússia por causa dos cânceres provocados em consequência das radiações de Chernobyl.
Porém, o balanço recebeu muitas críticas, como as do Greenpeace, que o qualificou de campanha de desinformação insultante para as vítimas. Um estudo elaborado por cientistas britânicos, divulgado no dia 11 de abril em Kiev, calcula o número de mortes relacionadas à Chernobyl entre 30 e 60 mil.
O impacto da contaminação nuclear sobre a saúde mental e física da população afetada também foi muito grave, sobretudo porque cinco milhões de pessoas continuam morando nas zonas radiadas. "No início tínhamos medo de nós mesmos; diziam que estávamos sujos e nos sentíamos assim", lembra Liubov Sirienko, que teve que reconstruir a vida em outro local depois de ser obrigado a abandonar a região quando tinha 42 anos.
Além disso, décadas depois da catástrofe, as regiões afetadas permanecem social e economicamente devastadas. Um total de 350.000 pessoas foram retiradas, 784.320 hectares de terras agrícolas passaram a serem zonas proibidas para o cultivo e outros 700.000 hectares tiveram vetada a produção de madeira. O custo da catástrofe chegou a centenas de milhares de dólares, segundo a ONU.
A contaminação com césio e estrôncio é de especial preocupação, uma vez que estarão presentes no solo por muitos anos. Após o acidente vestígios de depósitos radioativos foram encontrados em quase todos os países do hemisfério norte. Mas a direção do vento e chuvas irregulares deixou algumas áreas mais contaminadas do que seus vizinhos imediatos. A Escandinávia foi afetada e ainda existem áreas do Reino Unido, onde as explorações agrícolas são monitoradas pós-Chernobyl.
O desastre e a radiação liberada foi pelo menos 100 vezes maior do que as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Depois do acidente construiu-se um sarcófago que desativou Chernobyl, foi construído às pressas e está se desintegrando. Apesar de trabalhar o seu fortalecimento há temores de que pode entrar em colapso, levando à liberação de toneladas de poeira radioativa.
A Comunidade Mundial reuniu-se, após o acidente em Fukushima, para a construção de um novo sarcófago que está previsto em custos de R$ 600 milhões projetados para durar 100 anos.
Sarcófogo atualmente
Este Novo Confinamento Seguro será construído no local e depois deslizará sobre o antigo sarcófago.
O novo abrigo vai permitir que a estrutura de concreto isole o combustível nuclear do reator danificado. As extremidades da estrutura serão fechadas. Apesar da contaminação duradoura da área, os cientistas foram surpreendidos com o ressurgimento da vida selvagem de populações de cavalos selvagens javalis, lobos e estão se reproduzindo, pássaros têm feitos ninhos no edifício do reator, sem qualquer evidente contaminação.
Dezenho do novo Sarcófago
Efeitos da Radiação
Efeitos da Radiação

 Veja o filme que a BBC conseguiu fazer, recentemente, após ter acesso a Chernobyl.

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