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Sejamos proativos nas questões relacionadas às mudanças climáticas, pois não seremos poupados de seus efeitos devastadores a curto e longo prazo.
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A DIFERENÇA ENTRE FURACÕES, CICLONES E TORNADOS



Fenômenos são diferentes entre si e alguns ocorrem com frequência no Brasil
Desastres naturais como o Tornado de Moore, que devastou esta cidade do Estado de Oklahoma (EUA) em 20 de maio de 2013 provocam dúvidas na população sobre as diferenças entre tornados, ciclones e furacões. Muitos pensam que tudo é a mesma coisa, mas a única semelhança que possuem entre si são ventos fortes, destruição e tragédias, já que a estrutura do fenômeno, seu local de origem, local de incidência, tamanho, altura, velocidade, temperatura, direção e outros detalhes são bastante distintos.
CICLONE
Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) um ciclone é um "Sistema de Área de baixa pressão atmosférica em seu centro com circulação fechada, em que os ventos sopram para dentro, ao redor deste centro. No Hemisfério Norte os ventos giram no sentido anti-horário e no Hemisfério Sul giram no sentido dos ponteiros dos relógios".
Os ciclones ainda podem ser classificados como extratropicais (ciclones migratórios que se originam em regiões de média e alta latitude) ou tropicais (aqueles que se originam em regiões de baixa latitude - trópicos - devido a altas temperaturas e umidade, tendendo a serem mais violentos).
Ciclones podem ser classificados por especialistas ou pela população leiga como "perturbação tropical, depressão tropical, tempestade tropical, furacão ou tufão", sendo fenômenos não raramente imensos que ocorrem sobre os oceanos ou na alta atmosfera terrestre, causando grande perturbação meteorológica (e fotos espetaculares do espaço). Um exemplo da manifestação de tal fenômeno pode ser visto aqui.  
Ciclone
FURACÃO
Ainda segundo o INMET, um furação por sua vez é um "ciclone tropical de núcleo quente, com ventos contínuos de 118 quilômetros por hora (65 nós), ou mais, no Oceano Atlântico Norte, mar caribenho, Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico. Este mesmo ciclone tropical é conhecido como tufão no Pacífico ocidental e como ciclone no Oceano Índico".
Furacões se formam sobre os oceanos portanto, agitando o mar (causando grandes ressacas) e gerando grande instabilidade climática em diversos locais - até mesmo a muitos quilômetros do oceano - se estendendo por imensas áreas. Um dos mais famosos e intensos furacões modernos foi o Katrina, que devastou a cidade de New Orleans nos Estados Unidos em 2005.
Do ponto de vista da população em geral no entanto ciclones e furacões são muito parecidos por se manifestarem como tempestades muito fortes e devastadoras, com ventos e chuvas absurdamente intensas.
Furacão
TORNADO
Já o tornado é diferente. Trata-se de um dos fenômenos mais intensos da natureza, e pode ser definido como uma tempestade ciclônica muito intensa que se forma sobre a terra (quando ganha o nome de tornado propriamente dito) ou sobre o mar ou outros corpos d'água (ganhando o nome popular de tromba d'água). Exibem-se como colunas de nuvens cumulonimbus ou cumulus que tocam o chão, devastando o local por onde passam com ventos extremamente fortes, perdurando por segundos ou horas e percorrendo de alguns metros até vários quilômetros.
São os tornados que tem portanto a famosa e terrível aparência de coluna afunilada móvel, tão conhecida por todos e cujo apelo gráfico é usado por Hollywood em filmes-catástrofe como Twister.
Tornado
CLASSIFICAÇÕES DE PODER DESTRUTIVO
Furacões, ciclones e tornados possuem capacidade de destruição e intensidade que podem ser classificados por duas escalas: a Saffir-Simpson e a Fujita, com cada uma usando informações distintas dos fenômenos para classificá-los.
O tornado de Moore por exemplo foi classificado como grau F5 na escala Fujita, ou seja, a mais alta.
No geral tornados causam uma destruição imensa em uma área pequena e concentrada, enquanto que ciclones e furacões causam destruição intensa ou mediana em áreas muito maiores. Assim, pode-se dizer que tornados são fenômenos locais enquanto que furacões e ciclones são eventos nacionais ou internacionais.
REGIÕES DE GRANDE INCIDÊNCIA DE TORNADOS
A região com manifestação mais frequente de tornados no mundo todo é a região central dos Estados Unidos conhecida como Tornado Alley.
Oklahoma (e Moore consequentemente) fica nessa região, e "temporadas de tornado" ocorrem em períodos conhecidos e divulgados pelos serviços de meteorologia nacional - normalmente no começo da primavera no hemisfério norte, mas isso tem mudado de alguns anos para cá. A própria cidade de Moore já havia sido devastada por um tornado anos atrás mais ou menos na mesma época do ano, e as construções nesta região são mais rigorosas e reforçadas do que em qualquer outra parte dos Estados Unidos devido à incidência deste fenômeno.
Já no Brasil há um costume - incorreto e perigoso - de achar que o país não é acometido por desastres naturais, o que leva a população a não nutrir uma cultura de segurança diante de problemas que estão bem diante de seus olhos.
Além das enchentes que infelizmente são tão comuns em nosso verão e da alta incidência de relâmpagos, alguns terremotos menores e diversos ciclones tropicais e extratropicais de várias intensidades atingem o país com frequência. Mas isso não para por ai.
O Brasil (notadamente as regiões Sul e Sudeste) também está na segunda região mais propensa do mundo ao surgimento de tornados, chamada de Corredor dos Tornados da América do Sul, na qual também estão áreas da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Nesta região há a convergência de ventos frios e secos vindos da Patagônia e Andes com os ventos quentes e úmidos vindos da Amazônia e Chaco, causando os fenômenos que ocorrem com uma frequência ainda desconhecida: alguns especialistas afirmam ser em torno de 50 ocorrências por ano, outros afirmam ser mais de 200. Tal variação é bastante influenciada pelos fenômenos El Ninõ e La Ninã que ocorre no hemisfério sul com intervalos de alguns anos. As temporadas de tornados na América do Sul costumam ocorrer na primavera e no outono.

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