Glúten refere-se às proteínas encontradas no
endosperma do trigo (um tipo de tecido vegetal). É base para fazer farinha.
O glúten nutre
embriões vegetais durante a germinação e pode, posteriormente, afetar a
“elasticidade” de uma massa, o que por sua vez afeta a textura (na hora de
mastigar) de produtos feitos de trigo
Ele é composto
de duas proteínas diferentes: gliadina e glutenina. Embora o glúten
“verdadeiro” seja por vezes definido como sendo específico do trigo, o glúten é
parte comum de outros grãos de cereais, incluindo centeio e cevada, porque
estes grãos também contêm compósitos feitos a partir de proteínas prolaminas e
glutelinas (como a gliadina e a glutenina, respectivamente).
Algumas pessoas
são intolerantes ao glúten, ou seja, seus corpos produzem uma resposta
imunológica anormal quando quebra o glúten de trigo e grãos relacionados
durante a digestão.
Comer glúten, as proteínas que ocorrem naturalmente no trigo, cevada e centeio pode ser fatal para pessoas com doença celíaca. |
A forma mais
conhecida de intolerância ao glúten é a doença celíaca. Quando alguém com
doença celíaca consome glúten, provoca uma resposta imune que danifica seus
intestinos, impedindo-os de absorver nutrientes vitais.
Apesar de ser
muito antiga, o conhecimento científico a respeito da doença era fraco até
algumas décadas atrás. Como ela não tem um sintoma característico, o
diagnóstico torna-se difícil e muitas pessoas nem sabem que possuem a condição
– o que pode atrapalhar muito na sua qualidade de vida. Estima-se que 1% da
população mundial tenha doença celíaca e não saiba, o que pode representar
quase duas milhões de pessoas no Brasil.
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da
doença celíaca do Ministério da Saúde brasileiro, a doença atinge pessoas
de todas as idades, mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos
de idade. Também é observada com frequência maior em pacientes do sexo
feminino. Por ser de caráter hereditário, é imprescindível que parentes em
primeiro grau de celíacos se submetam ao teste para sua detecção.
Entre outros
tipos de intolerância ao glúten, há a alergia ao trigo, que é uma alergia
alimentar clássica marcada por reações de pele, respiratórias ou
gastrointestinais aos alérgenos de trigo.
Recentemente, os
cientistas também descobriram uma outra forma potencial de intolerância,
chamada de sensibilidade ao glúten. Depois de consumir glúten, os pacientes
podem experimentar muitos sintomas da doença celíaca, tais como diarreia,
fadiga e dor nas articulações, mas não parecem ter intestinos danificados.
Nos casos de
intolerância ao glúten, os médicos normalmente recomendam uma dieta livre da
proteína. Os pacientes devem evitar comer todo e qualquer alimento e
ingrediente que contenha glúten, incluindo pão, cerveja, batata frita, macarrão
e até mesmo algumas sopas (salvo as que indiquem “não conter glúten”).
Nos últimos
anos, muitas pessoas sem intolerância já tentaram fazer dietas sem glúten.
Especialistas alertam que fazer essa dieta sem precisar pode ser prejudicial
para a saúde de uma pessoa, já que alimentos sem glúten são muitas vezes
deficientes em nutrientes. [LiveScience,
DuvidasFrequentes - FENALCEBRA, G1]
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