Astrônomos
europeus e americanos anunciaram a descoberta de sete planetas do tamanho da
Terra, situados a apenas 40 anos-luz de distância.
Planetas
"e", "f" e "g" teriam mais chances de conter água
em estado líquido.
Direito de imagem ESO
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Três
deles, de acordo com os cientistas, poderiam ter água em suas superfícies, o
que poderia resultar na existência de vida.
O
sistema, formado em torno da já conhecida estrela-anã superfria TRAPPIST-1, tem
o maior número de planetas de dimensões semelhantes aos da Terra já encontrados
e o maior número de mundos com condições favoráveis à existência de água.
A
descoberta foi anunciada na revista científica Nature.
Para
encontrar os planetas, os cientistas usaram telescópios em terra e no espaço,
incluindo o Grande Telescópio ESO, no Chile. Os corpos celestes foram
localizados quando passaram em frente à estrela, que tem tamanho e brilho
menores que o Sol - a TRAPPIST-1 tem apenas 8% da massa solar e é apenas um
pouco maior que Júpiter.
Temperatura
semelhante
A
passagem dos planetas causou oscilações no brilho da TRAPPIST-1 e permitiu aos
astrônomos deduzir informações sobre tamanho, composição e órbita destes
mundos, bem como as temperaturas - em pelo menos seis planetas, elas seriam
semelhantes às da Terra.
Estrela-anã é bem menor que o Sol, conforme mostra essa ilustração da
ESO.
Direito de imagem ESO
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"A
energia de estrelas-anãs como a TRAPPIST-1 é muito mais fraca que a do Sol, e
os planetas em sua órbita teriam que estar em órbitas muito mais próximas que a
do Sistema Solar para que houvesse a existência de água. Mas este tipo de
configuração compacta é justamente o que vemos nesse sistema", explica um
dos autores do estudo, Amaury Triaud, da Universidade de Cambridge, no Reino
Unido.
As
órbitas dos planetas são mais próximas da estrela-anã do que a de Mercúrio
junto ao Sol, mas as dimensões reduzidas da TRAPPIST-1 fazem com que esses
planetas recebam uma quantidade de energia similar a de planetas como Vênus,
Terra e Marte.
Impressão artística mostrando o sistema de TRAPPIST-1; astrônomos
creem que três dos sete planetas podem conter água líquida. Direito de imagem ESO
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Os
corpos celestes também têm períodos de translação bem menores que os do Sistema
Solar. O mais próximo da estrela (TRAPPIST-1 b), por exemplo, completa a volta
em torno da estrela em menos de dois dias terrestres - Mercúrio, por exemplo,
leva cerca de 88.
Todos
os sete planetas descobertos nesse sistema podem potencialmente conter água em
suas superfícies, mas modelos climáticos feitos pelos astrônomos sugerem que os
planetas batizados até agora apenas de TRAPPIST-1 e, f e g estão no que a
astronomia determina como uma possível "zona habitável" - órbitas em
que a superfície pode conter água líquida sob as condições ideais de pressão
atmosférica.
Os cientistas
acreditam que a descoberta dos planetas torna TRAPPIST-1 um alvo de estudo
importante para a busca da existência de água e mesmo vida fora da Terra.