Uma
companha americana lançou um tipo de vidro ultrafino e flexível que pode ser
''embrulhado'' ao redor de um objeto.
O
produto, batizado de Willow Glass (Vidro Salgueiro) foi desenvolvido pela
companhia Corning, a mesma empresa que criou o Gorilla Glass, usado para em
telas para telefones celulares.
De acordo
com a Corning, o invento servirá não apenas para produtos como telas de smartphones,
mas também para outros que não têm forma plana.
O vidro
flexível foi mostrado pela primeira vez durante uma feira comercial realizada
na cidade americana de Boston.
Vidro ultrafino é flexível e menos espesso que tela de iPhone |
O
protótipo exibido em Boston era tão fino quanto uma folha de papel. A empresa afirmou
que ele pode chegar a ter uma espessura de apenas 0,05 milímetros - bem mais
fino, portanto, do que a espessura média das telas atuais de smartphones, que
medem entre 0,2 milímetros ou 0,5 milímetros.
Descoberta de Jobs
O
material utilizado para fazer o Willow Glass é resultado do processo de
produção de vidro da empresa, chamado de Fusion (Fusão).
O vidro
ultrafino e flexível pode ser obtido ao se dissolver os mesmos ingredientes a
uma temperatura de 500 graus e em seguida produzir uma folha contínua que pode
ser desenrolada por meio de um mecanismo similar à que é usada no processo de
impressão.
Cientistas já haviam produzido vidro mais fino
que tela normal de smartphone
|
Acredita-se
que no futuro o Willow Glass poderá vir a substituir o já amplamente utilizado
Gorilla Glass, utilizado em diversos smartphones e tablets.
Em uma
feira realizada em Las Vegas neste ano, a Corning já havia divulgado o Gorilla
Glass 2, que ela disse ser 20% mais fino do que o produto original, mas dotado
da mesma resistência.
A
primeira geração do Gorilla Glass, lançado em 2007, já foi utilizado em mais de
575 produtos de 33 companhias - cobrindo um número superior a 500 milhões de
telefones móveis em todo o mundo.
Telefone “sensível”
O
primeiro a descobrir o vidro especial foi o fundador da Apple, Steve Jobs, que
contratou a Corning quando a empresa estava desenvolvendo a tela para o seu
primeiro iPhone, em 2006.
Nos
últimos anos, cientistas em diferentes países vêm trabalhando com um material
chamado grafeno, produzido pela primeira vez em 2004. O grafeno é uma folha
plana de átomos de carbono densamente compactados e com espessura de apenas um
átomo.
Em uma
entrevista dada à BBC, Andrea Ferrari, um pesquisador da Univesidade de
Cambridge, disse que protótipos de telas sensíveis ao toque feitas de grafeno
já estão sendo desenvolvidas e que além de serem resistentes e flexíveis, no
futuro tais telas poderão até mesmo oferecer o que chamou de um ''feedback de
sensações''.
O
pesquisador explicou que os avanços científicos farão com que ''o seu telefone
seja capaz de sentir se você o está tocando, ele sentirá o ambiente à sua volta
e você não terá que tocar um botão para ligá-lo ou desligá-lo". "Ele
próprio será capaz de reconhecer se você o está usando ou não'', afirmou.
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