Especialistas explicam que fato de setembro
apresentar temperaturas mais altas que o esperado em quase todo o mundo tem
relação com os fenômenos El Niño e La Niña.
Eu discordo, são os "Los
Hombres" |
Os
registros de temperatura começaram em 1880, e nestes 133 anos tem sido
registradas temperaturas tanto de regiões oceânicas quanto de terra firme.
A
temperatura média combinada de terra e oceano empatou com 2005 como o mês de
setembro mais quente no registro, a 0,67 °C acima da temperatura média do
século 20, que é de 15 °C.
A
temperatura média global da superfície de terra firme foi a terceira mais
quente para os meses de setembro registrados, com temperatura 1,02 °C acima da
média.
A
temperatura média global da superfície oceânica empatou com 1997 como o segundo
mais quente mês de setembro registrado, com temperatura 0,54 °C acima da média.
A
temperatura global combinada de terra e oceano para o período de janeiro a
setembro de 2012 foi o oitavo período mais quente no registro, com temperatura
0,57 °C acima da média do século 20.
A
média de temperatura da superfície do planeta foi de 14,7ºC, ficando atrás
apenas de 1998 e igual a 2001 e 2011. Como consequência, o degelo do Ártico foi
recorde e de acordo com especialistas, a tendência é que o ano de 2012 seja um
dos dez mais quentes da história.
O
mundo está ficando mais quente como um todo. As temperaturas da superfície
terrestre e dos oceanos aumentaram 0,7 °C a cada século, desde 1800 quando as
elas passaram a ser registradas. Alguns anos apresentam oscilações naturais
como a ocorrência do El Niño.
De
acordo com Jessica Blunden, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera
dos Estados Unidos (na sigla em inglês, NOAA) , um dos motivos para tanto calor
neste ano foi a transição do fenômeno La Niña, que esfria as águas do Pacífico
para o El Niño, que as aquece. Ela afirma que o ano de 2012 está “traçando um
caminho” para ficar entre os dez mais quentes da história.
Embora
os dados mostrem a ocorrência de temperaturas mais altas que a média esperada em
todas as partes do mundo, foram nas regiões próximas ao pólo norte,
especialmente o Ártico onde pode-se notar um aumento maior da média.
“Em
geral, o Ártico está esquentando o dobro da taxa das latitudes mais baixas.
Apenas algumas semanas atrás, o gelo marinho no Ártico atingiu a menor extensão
já registrada e ainda continua a diminuir” .
Verões mais
quentes
Os
Estados Unidos vivenciaram o terceiro verão mais quente da história. E de
acordo com o NOAA as altas temperaturas foram ocasionadas pelo fenômeno La
Niña, que terminou em maio.
“As
condições atmosféricas continuam muitas vezes semelhantes aos padrões do La
Niña e depois se dissipam”, disse Jake Crouch, do NOAA. Ele explica que durante
o fenômeno os EUA tendem a ser mais quente e seco do que a média. O clima mais
quente e seco durante a primavera, de março a junho de 2012, criou base para a
grande seca que impactou o país no verão, aumentando as temperaturas.
A
tendência de aquecimento aumenta as chances de que no futuro haver verões ainda
mais quentes que o deste ano. “Isso não significa necessariamente que cada
verão será tão quente quanto o anterior. Os próximos verões podem ter
temperaturas mais altas ou mais baixas que a média esperada. Porém, a
expectativa é que a tendência de aquecimento continue no futuro”, disse.
Batendo
recordes
Nove
dos dez anos mais quentes já registrados no mundo ocorreram durante o século 21
(o terceiro ano mais quente no registro é de 1998). Os anos de 2010 e 2005 são
os dois mais quentes. As últimas três décadas foram as mais quentes no
registro, sendo os anos 2000 os mais quentes, seguido de 1990 e 1980.
Como
consequência do aumento da temperatura, especialistas afirmam que é esperado
que eventos como secas, enchentes e ondas de calor podem se espalhar pelo
mundo. “Eventos extremos devem se tornar mais generalizados com as mudanças
climáticas. Porém, não é fácil prever quando nem quais regiões do mundo
passaram por tais eventos”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário