Os grupos ameaçados incluem 41% de todas as espécies de anfíbios, 25% de mamíferos e 13% de aves - Foto de Romeo Gacad/AFP |
Mais
de 400 espécies foram adicionadas nesta quarta-feira à lista de animais e
plantas ameaçados de extinção.
Estes
são os números do estado da biodiversidade no mundo, enquanto se realiza uma
reunião ministerial sob os auspícios da Convenção sobre Diversidade Biológica
(CBD) da ONU, em Hyderabad, Índia.
--
Das 65.518 espécies que integram a Lista Vermelha (de espécies ameaçadas)
compilada pela União para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês),
20.219 estão em risco de extinção.
--
Destas, 4.088 estão em risco crítico de extinção, 5.919 em risco e 10.212 são
consideradas vulneráveis. Sessenta e três espécies só sobrevivem em cativeiro e
795 desapareceram completamente.
--
Os grupos ameaçados incluem 41% de todas as espécies de anfíbios, 33% de
recifes de coral, 25% de mamíferos, 20% de plantas e 13% de aves.
--
No ano passado, cientistas escreveram na revista científica Nature que o homem
poderia ter desencadeado a sexta extinção em massa conhecida da história da
Terra. A última foi a que acabou com os dinossauros, há cerca de 65 milhões de
anos.
--
Por volta de 1,75 milhão de espécies de plantas, insetos e microorganismos
foram identificados até o momento pelos cientistas, embora eles afirmem que existam
entre 3 e 100 milhões de espécies na Terra.
--
A metade das áreas de pântano da Terra foi destruída nos últimos 100 anos,
segundo pesquisa em curso intitulada TEEB, sigla em inglês para Economia dos
Ecossistemas e Biodiversidade.
--
Entre os mais afetados estão os manguezais, que recuaram 20% (3,6 milhões de
hectares) desde 1980.
--
A expansão humana levou à destruição de seis milhões de hectares de florestas
primárias ao ano desde 2006, segundo a IUCN.
--
O percentual de reservas de peixes oceânicos que foi superexplorada, esgotada
ou que está se recuperando da exploração aumentou de 10% em 1974 para 32% em
2008.
--
O líder do TEEB, o economista indiano Pavan Sukhdev, calculou que a perda da
biodiversidade de traduz em um custo de US$ 1,75 trilhão a US$ 4 trilhões ao
ano.
--
Os países prometeram realizar, sob as Metas de Desenvolvimento do Milênio, a
"redução significativa" do percentual de perdas de animais e vegetais
até 2010, um objetivo que foi amplamente descumprido, segundo a ONU.
--
A última conferência da CDB, em Nagoia (Japão), em 2010, adotou um plano de 20
pontos para reverter a perda da biodiversidade até 2020.
--
As metas do plano incluem reduzir à metade a taxa da perda de hábitats,
expandir as áreas aquáticas e terrestres consideradas em conservação, prevenir
a extinção de espécies que estejam atualmente na lista de ameaçadas, bem como
restaurar pelo menos 15% dos ecossistemas degradados.
O principal
benefício da biodiversidade não é o uso direto da espécie, mas o funcionamento
equilibrado dos ecossistemas. O fornecimento de água potável, regulação
climática, controle de erosão e desertificação, a fertilidade do solo, ciclagem
de nutrientes, pragas luta, manutenção de pastagens, a renovação da pesca e
tratamento de resíduos e outros serviços ambientais intangíveis prevenção de
desastres como naturais, opções de lazer e turismo ou a capacidade da natureza
para se regenerar, todos dependem dos recursos do planeta, para manter as
funções básicas de ecossistemas que têm encontrado o seu equilíbrio ao longo
dos séculos. Todos os níveis de biodiversidade são inter-relacionados. Você não
pode se concentrar em melhorar o rendimento das culturas, independentemente da
fertilidade do solo, ervas daninhas, pragas, patógenos e animais polinizadores.
Desflorestação, a drenagem de zonas húmidas, a pulverização em encostas, entre
outros, pode significar um impacto irreversível sobre o meio ambiente e sua
utilização. Gestão de conservação da biodiversidade significa conhecer a
natureza de uma forma sustentável, para nós e para gerações futuras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário