Google
Inc. Imagem – GIZMODO
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O
Google possui um novo e ambicioso projeto para levar internet aos mais de 7
bilhões de habitantes do planeta Terra. Fontes familiarizadas com o assunto
disseram ao Wall Street Journal que a empresa de Larry Page e Sergey Brin vai
investir o equivalente entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões na construção de
satélites para levar acesso à web a locais isolados do globo. O projeto ainda
não teve muitos detalhes revelados porque as negociações não foram totalmente
concluídas. Até o momento, sabe-se que a iniciativa contará com 180 pequenos
satélites de alta capacidade, que serão colocados em órbita a altitudes mais
baixas que os satélites comuns. Os custos dependerão da infraestrutura de rede
e da possibilidade de dobrar o número de satélites em operação. O WSJ afirma
que o projeto é liderado por Greg Wyler, fundador da startup focada em
comunicações por satélites O3b Networks. Além de Wyler, participam da
empreitada uma série de engenheiros que trabalhavam na empresa Space System/Loral
LLC – no total, a equipe liderada pelo executivo é composta por 20 pessoas que
respondem diretamente ao cofundador da gigante das buscas, Larry Page. Jamie
Goldstein, um diretor da O3b, disse que não pode comentar sobre o que Wyler
está trabalhando devido a um acordo de confidencialidade com o Google.
Procurada pela jornal, a companhia comentou apenas que está focada em atrair
centenas de milhões de novos usuários online. "A conexão da internet
significativamente melhora as vidas das pessoas. Ainda assim, dois terços do
mundo não têm nenhum acesso. Ainda é cedo, mas os satélites atmosféricos podem
ajudar a levar acesso à internet a milhões de pessoas", disse. Os rumores
sobre esse projeto com satélites vão de encontro a uma recente aquisição do Google.
Em abril, a empresa anunciou a compra da Titan Aerospace, uma fabricante
norte-americana de drones que possui uma série de unidades de pesquisa e
desenvolvimento no estado do Novo México, nos EUA. A entidade fabricou
protótipos que funcionam com energia solar e podem permanecer durante cinco
anos no ar, a 20 quilômetros de altitude. Os protótipos também podem
desempenhar a maioria das tarefas que os satélites geoestacionários. Talvez os
equipamentos que o Google coloque no céu não sejam como os satélites que
orbitam no espaço, mas sim máquinas semelhantes aos drones que poderiam se
locomover entre uma região e outra. Além da Titan Aerospace, foi adquirida a
Makani, responsável por uma tecnologia de turbinas que utilizam o vento como
fonte de energia e contribui para dar autonomia aos equipamentos que, um dia,
poderão ser colocados em uso pela gigante das buscas.
Vale
lembrar que o Google já possui um outro projeto com o objetivo de levar
internet a zonas remotas do planeta. O "Loon" é uma criação dos
laboratórios secretos Google X e foi desenvolvido pela Força Aérea
norte-americana. Ainda não há previsão de quando eles estarão nos céus, mas a
empresa continua realizando testes com os equipamentos - um dos mais recentes
inclui uma volta ao mundo em 22 dias, em um trajeto de aproximadamente 500 mil
quilômetros que passou pelo Oceano Pacífico, Chile, Argentina, Austrália e Nova
Zelândia. Também há previsão de que o Project Loon chegue ao Brasil. Em
entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em outubro do ano passado, Mohammad
Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial do Google X, comentou que se
reuniu com o governo para discutir a implantação do projeto no país. "Vamos
ouvir o ministro das Comunicações do Brasil (Paulo Bernardo) para saber quais
são as necessidades do país, qual parcela da população não tem acesso à
internet, que tipo de acesso as pessoas estão procurando e como as operadoras
de telefonia trabalham", disse.
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