O texto da Lei Geral da Copa apresentado pelo relator da matéria, deputado Vicente Cândido (PT-SP), nesta terça-feira, inclui a permissão para venda de bebidas alcoólicas nos estádios, uma das exigências da Fifa para atender aos interesses comerciais de seus patrocinadores.
A venda só poderá ocorrer nos estabelecimentos em funcionamento dentro dos estádios, segundo o relatório final apresentado pelo relator da Comissão Especial da Lei Geral da Copa, informou a Agência Câmara.
O deputado propôs a alteração do Estatuto do Torcedor, que hoje proíbe a entrada de álcool em eventos esportivos. Se for aprovada, a medida significa que a venda de bebidas ficará liberada em todos os jogos do país, e não apenas nas partidas da Copa do Mundo de 2014, mas somente em bares e restaurantes oficiais dos estádios.
"É (uma) medida de segurança necessária", disse Cândido sobre as limitações dos postos de vendas, segundo a Agência Câmara.
A restrição ao consumo e venda de bebidas alcoólicas no interior dos estádios de futebol constitui uma diretriz de segurança |
Também está incluído no texto a reserva de 300 mil ingressos do Mundial a serem vendidos pela metade do preço das entradas da categoria superior. De acordo com Cândido, o valor das entradas com valores especiais não será superior a 50 reais.
Terão direito aos ingressos com desconto idosos, estudantes, pessoas com deficiência, indígenas e participantes de programas sociais de transferência de renda do governo federal. O preço dos ingressos, no entanto, será determinado pela Fifa, o que atende a outra exigência da federação internacional.
A votação do parecer da comissão especial ficará para a próxima semana, provavelmente na terça-feira, segundo a Agência Câmara. Inicialmente, a expectativa era que a votação ocorresse na quinta-feira. O adiamento se deu por pedido de vistas feito por vários membros da comissão.
Conflitos entre torcidas em jogos de futebol, em que hastes de bandeiras, latas e garrafas de bebidas acabam se transformando em armas |
O projeto da Lei Geral da Copa reúne uma série de medidas exigidas pela Fifa para a realização do Mundial. As questões das bebidas alcoólicas, dos preços dos ingressos, da concessão simplificada de vistos a estrangeiros e da proteção às marcas associadas ao evento estão entre os temas que causaram desacordos entre o governo e a federação internacional.
A presidente Dilma Rousseff e autoridades do governo federal travaram discussões com dirigentes da Fifa para se chegar a um acordo sobre os temas mais polêmicos, e o projeto deve ser levado a votação no plenário da Câmara.
NOTA: O futebol como desporto é considerado por muitos a grande paixão popular. Trata-se de uma constatação fácil de ser observada, bastando, para tanto, analisar o público que assiste aos jogos. Porém, já há algum tempo, uma inquietação vem incomodando a sociedade e as autoridades: a violência gerada durante os eventos desse esporte.
Atento ao fato, o Ministério Público criou uma comissão, formada junto ao CNPG (Conselho Nacional de Procuradores-Gerais), para acompanhar e propor medidas de combate à violência nos estádios. Desde então, a comissão vem se reunindo periodicamente com autoridades e representes das entidades envolvidas, como a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Como resultado da atuação da comissão, a CBF editou a Resolução 01/2008, proibindo a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante os eventos realizados pela Confederação. Clique aqui e acesse a Resolução da CBF e o Termo de Ajustamento de Conduta.
Ou seja a FIFA quer impor suas regras e limpar a bunda com a Resolução da CBF. Viva a Volta das brigas e quebra-quebra nos estádios de futebol e eventos esportivos no Brasil. Navegar não é preciso! Retroagir é preciso...
Se isso realmente acontecer, assistiremos uma selvageria nunca vista antes. Está impossível de entender como podem fazer um texto tão amplamente permissivo e deplorável. É preciso que as "autoridades" mandem fazer um exame geral no redator para diagnosticar o tamanho do desvio psicológico deste irresponsável. LEIS DEVEM ATENDER AS NECESSIDADES DA SOCIEDADE EM GERAL.
ResponderExcluirNão tem precedente deixar vender e consumir bebidas alcóolicas em eventos esportivos, muito atletas fazerem apologia ao uso de bebidas que contém alcóol. Estamos dando brecha para se voltar a Idade da Pedra no futebol brasileiro. Só lamento, vai ser preciso morrer mais pessoas para que a Justiça realmente tome providência e tire este poder do TJD, justiça tem que ser uma só, nada de poder paralelo, como o do desporto.
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