O forte terremoto de março nas costas do Japão provocou um raro "tsunami de fusão", no qual duas ondas se combinaram ampliaram a destruição depois de tocar a terra, segundo a Nasa.
Pela primeira vez, os satélites radar dos Estados Unidos e da Europa captaram imagens de duas ondas em fusão que passaram a formar uma "onda única, de altura dobrada em alto mar", o que confirma a existência de um processo que foi uma hipótese por muito tempo.
"Esta onda foi capaz de viajar longas distâncias sem perder a potência. As dorsais oceânicas e as cadeias montanhosas submarinas empurraram as ondas em várias direções desde a origem do tsunami", afirma um comunicado da Nasa.
"A descoberta ajuda a explicar como os tsunamis podem cruzar bacias oceânicas e causar uma grande destruição em alguns lugares, deixando outros imunes", destaca a agência espacial americana, para a qual o resultado da investigação pode ajudar a melhorar as previsões meteorológicas.
"Observar esta onda dupla com satélites foi uma chance em 10 milhões", disse Y. Tony Song, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, que trabalhou em associação com a Universidade de Ohio.
"Os cientistas suspeitaram durante décadas que este tipo de 'tsunami de fusão' pode ter sido responsável pelo tsunami chileno de 1960, que matou quase 200 pessoas no Japão e no Havaí, mas ninguém havia observado um 'tsunami de fusão' até agora", completou Song.
O terremoto submarino de 9,0 graus de magnitude e o posterior tsunami de 11 de março deixaram 20.000 mortos ou desaparecidos, devastaram grandes zonas do nordeste do Japão e provocaram uma crise atômica na central nuclear de Fukushima.
(Arquivo EFE) Foto da destruição provocada pela onda gigante de março |
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