Cientistas holandeses comprovaram que a perda de um receptor celular de dependência (que controla a morte e a sobrevivência das células) promove a metástase em um tipo de câncer de mama em ratos, segundo a revista britânica "Nature".
Uma equipe do Instituto do Câncer da Holanda estudou o papel deste receptor, codificado no gene DCC, na evolução destes tumores mamários em ratos e concluiu que sua existência representa um impedimento à expansão da doença a outros tecidos, ao atuar como supressor das células do tumor.
Estudos anteriores já haviam antecipado que o DCC (câncer colorretal esporádico, na sigla em inglês) poderia proteger o organismo da aparição do câncer, ao induzir as células cancerígenas à autodestruição.
Este gene participa da morte celular (apoptose) de vários tipos de câncer além do colorretal, um processo do qual participam os receptores de dependência, cuja função é similar a de um sentinela: avaliar o estado das células e notificar-lhes que devem iniciar sua autodestruição se existe alguma anormalidade.
A equipe holandesa estudou a evolução de ratos com câncer de mama modificados geneticamente para que carecessem desse gene.
A cada etapa de desenvolvimento da metástase, as células do câncer tem que superar o controle do organismo e só se formam em tumores malignos. |
Assim, comprovaram que o processo de autodestruição das células de tumor destes roedores piorava ao mesmo tempo que melhorava a sobrevivência das mesmas.
Segundo o bioquímico e diretor do Instituto do Câncer da Holanda, Anton Berns, a perda deste gene não afeta o desenvolvimento do tumor primário, mas facilita sua metástases, ou seja, sua aparição em outros tecidos.
Fonte: EFE
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