Método pode auxiliar em certificação fitossanitária na agricultura
Foi recentemente aplicada, no Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho), uma técnica identificadora de fungos patogênicos em plantas, com potencialidades para ser utilizada em animais e humanos. Esta inovação permitirá também obter os resultados de diagnóstico de dois a cinco minutos, ao contrário dos atuais trinta dias de espera, identificando o agente fitopatogênico da doença com eficiência.
Nelson Lima, Aires Ventura e Cledir Santos (da esquerda para a direita). |
O método foi testado pelos investigadores do CEB Cledir Santos e Nelson Lima, também responsável da Micoteca da UMinho, e por Aires Ventura, diretor científico do INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural e professor da Universidade Federal do Espírito Santo, ambos no Brasil.
Esta técnica traz muitas vantagens para a área da fitopatologia (ciência que estuda as doenças das plantas), já que acelera o processo de análise dos exames e, consequentemente, o diagnóstico com suspeita de infecção por fungos, aumentando as probabilidades de tratamento.
A rapidez no resultado só é possível com a utilização de um espectrómetro denominado MALDI-TOF MS, que foi disponibilizado pela Micoteca da UMinho e pelo CEB. No setor da agricultura, este método pode auxiliar na certificação fitossanitária de mudas e frutas, evitando a introdução e disseminação de doenças.
Os testes foram desenvolvidos a partir de amostras de diferentes cultivares de abacaxi infectadas pelo fungo “Fusarium” e que já tinham sido avaliadas nos laboratórios do INCAPER. Os resultados vão ser publicados, ainda este ano, numa reconhecida revista internacional da especialidade.
A parceria da UMinho com o INCAPER e o Núcleo de Biotecnologia da Universidade Federal do Espírito Santo tem permitido que sejam obtidas novas informações sobre a eficiência da técnica de MALDI-TOF MS quando aplicada à fitopatologia, especialmente no caso da interação patógeno-planta.
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