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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

JAPONESES PEDEM O FIM DAS USINAS NUCLEARES

"Sayonara energia nuclear"
Cantando pelas ruas de Tóquio uma melodia com os dizeres "Sayonara energia nuclear", cerca de 20 mil pessoas participam de uma manifestação nesta segunda-feira contra a produção de energia nuclear no Japão, de acordo com dados da polícia local. A grande passeata é uma demonstração de quanto o povo japonês ficou assustado com os vazamentos de três dos reatores da usina de Fukushima, após o terremoto e a tsunami que assolaram o país em março.
Os manifestantes pedem que o governo abandone investimentos nas usinas. Nami Noji, uma mãe de 43 anos, resolveu participar da passeata levando os quatro filhos, que têm entre oito e 14 anos. Segundo ela, "radiação é uma coisa assustadora" e não há muitas certezas em relação à segurança de alimentos em áreas próximas.
- Há muitas dúvidas em relação à segurança da comida do local, e eu quero dar aos meus filhos um futuro seguro - defende a mãe.
O desastre dos vazamentos de Fukushima forçou a retirada de cerca de 100 mil moradores da região e chegou a contaminar o gado e a produção agrícola próxima à usina. O governo japonês anunciou um plano para diminuir a produção de energia nuclear no país e de incentivo à utilização de energias limpas, mas o projeto pode durar décadas.
Fonte: O Globo, com AP

Entenda o quê realmente aconteceu na usina de Fukushima, no Japão.
Problemas tiveram início quando o terremoto cortou a energia da usina de Fukushima 1, interrompendo o sistema que esfria os reatores. O sistema de emergência começou a operar, mas foi danificado pelo tsunami. As tentativas de resfriar o reator 1 falharam, e um superaquecimento provocou a explosão. O teto que abriga o reator 1 e a parede secundária de proteção foram danificados. A parede primária de contenção do reator, no entanto, formada por 15 cm de aço e concreto, permanece intacta, de acordo com autoridades japonesas. Estima-se que pelo menos 190 pessoas foram expostas à radiação, mas esse número pode ser muito maior. Cerca de 210 mil pessoas foram retiradas de uma área de 20 km no entorno de Fukushima por precaução. Técnicos da usina tentam injetar água do mar nos reatores 2 e 3 de Fukushima para evitar superaquecimento, porém a crise nuclear no Japão agravou-se ainda mais. No sábado e na segunda-feira foram registradas explosões nos reatores 1 e 3. 
Usina Nuclear de Fukushima
Com a explosão de mais um reator e um novo incêndio na central de Fukushima 1, elevando perigosamente os níveis de radioatividade no arquipélago, devastado por um terremoto seguido de tsunami.
As autoridades indicaram que também detectaram radioatividade na área de Tóquio (250 km ao sudoeste da central), mas em níveis que não representam perigo para a saúde. Os habitantes da capital, a maior megalópole do planeta (35 milhões de habitantes), correram para as lojas para comprar máscaras e material para enfrentar qualquer emergência. Kan ampliou para 30 km o raio de exclusão ao redor da central de Fukushima 1. No sábado a área era de 20 km, o que provocou a retirada de 200.000 pessoas da região. Na cidade de Fukushima, 80 km ao noroeste da central, "há muitas crianças doentes, mas as farmácias estão fechadas. Pelo menos 500.000 pessoas já foram retiradas da região e muitas precisaram ser abrigadas em centros de emergência depois de terem perdido tudo na passagem do tsunami, cujas ondas chegaram a 10 metros de altura, varrendo o litoral nordeste da principal ilha do país.

Um comentário:

  1. Se o povo soubesse que possui força de gigantes, políticos temeriam e poucos teriam coragem de aventurar na tarefa de mexer com o dinheiro de um país.

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