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sábado, 14 de abril de 2012

CHEVRON RETOMARÁ EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO CAMPO DE FRADE

A Chevron irá retomar a exploração de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos (RJ) assim que terminar estudo detalhado da área. As operações no local foram suspensas pela empresa depois de vazamento de óleo em novembro do ano passado.
“Estamos estudando todo o campo para entender os detalhes e retomar as operações”, disse o diretor de assuntos corporativos da empresa, Rafael Williamson.
No acidente de novembro de 2011, cerca de 2.400 barris de petróleo vazaram na bacia de Campos. Em março deste ano, na tentativa de restabelecer as atividades no local, a Chevron registrou outro vazamento, preocupando os órgãos ambientais. A empresa pode pagar indenizações que, somadas, podem chegar a R$ 20 bilhões.
A volta da Chevron!!!!
O valor é considerado abusivo pela empresa. “As ações legais estão fora de proporção. O óleo nunca chegou ao litoral brasileiro, não houve ameaça à atividade humana e as providências foram tomadas”, afirmou Williamson.
Ontem, a Justiça negou pedido do Ministério Público para que a empresa suspendesse definitivamente as operações no Brasil. “A nossa suspensão é temporária, até que se concluam os estudos”, explicou o diretor da Chevron.
Procurador disse que a Chevron perdeu o controle do poço
Em audiência conjunta das comissões de Minas e Energia e do Meio Ambiente da Câmara, o procurador de Campos (RJ) Eduardo Santos Oliveira acusou a petroleira americana Chevron de ter perdido o controle do poço no Campo de Frade, de onde vazou 381 mil litros de petróleo em novembro de 2011. Em março deste ano, ocorreu um novo vazamento, a três quilômetros do acidente do ano passado. O diretor de Assuntos Corporativos da Chevron, Rafael Jean Williamson, negou qualquer irregularidade.
"O vazamento não é produto de uma operação negligente ou incompetente", disse Williamson. "A Chevron teve todo momento o controle do campo de Frade", garantiu. Na avaliação do procurador, a petroleira não conseguiu evitar explosão dentro do poço, depois que ele foi fechado para conter o vazamento. "Tememos que tenha havido comprometimento do reservatório de óleo", disse Eduardo.
No depoimento, Williamson afirmou também que não há relação entre o vazamento ocorrido em novembro e o de março. "Os óleos dos dois incidentes tem composição química diferente", argumentou. O diretor da Chevron disse ainda a empresa vai pedir à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a retomada da operação do Campo de Frade, após a conclusão dos estudos de geologia da região.
"A Chevron escolheu suspender voluntariamente as operações de produção no Campo de Frade. O propósito desse ato foi o de permitir, com isso, realizar um amplo estudo das peculiaridades apresentadas pela geologia da região. Certamente há um custo econômico em deixar de produzir 60 mil barris diários", afirmou Williamson. Ele disse ainda que os vazamentos não causaram danos ao meio ambiente.

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