Biólogos encontraram significativos níveis de radioatividade em algas pardas na costa da Califórnia decorrentes do desastre na central nuclear japonesa de Fukushima, atingida por um maremoto em março de 2011.
"A radioatividade da central nuclear de Fukushima Daiichi viajou pela atmosfera ao longo do Pacífico até a costa americana em questão de dias após o terremoto e tsunami de 11 de março", revelaram os professores Steven Manley e Christopher Lowe, dois biólogos marinhos da Universidade de Long Beach, Califórnia.
"Foi detectada a presença de iodo 131 em amostras de sargaços da Califórnia um mês após o tsunami".
O iodo 131 é um isótopo radioativo liberado em acidentes nucleares, e o sargaço ou 'Macrocystis pyrifera' é uma das plantas que mais acumula iodo, destaca o estudo publicado na revista Environmental Science & Technology de março.
foi detectada a presença de iodo 131 em amostras de sargaços da Califórnia um mês após o tsunami" - Foto de David Mcnew/AFP/Getty Images/Arquivo |
"Medimos significativos níveis de radioatividade no tecido da 'Macrocystis pyrifera'" em amostras recolhidas em praias desde Laguna Beach, ao sul, até Santa Cruz, na região de San Francisco, assinalou Manley.
"Provavelmente (a radioatividade) não é nociva a humanos por seus níveis relativamente baixos, mas pode ter afetado certos peixes que se alimentam das algas".
O tsunami que varreu a costa nordeste do Japão em 11 de março do ano passado deixou 20 mil mortos ou desaparecidos, além de abalar significativamente a economia do país.
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