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terça-feira, 17 de abril de 2012

O LSD FOI DESCOBERTO PELO ACASO

Químico suíço, Albert Hofmann nasceu a 11 de janeiro de 1906, em Baden. Formou-se em Química em 1929, pela Universidade de Zurique, e alguns anos depois completou o seu doutoramento na mesma área. Trabalhou na Sandoz Pharmaceuticals, onde desenvolveu o seu trabalho de investigação química.
O estudo das propriedades medicinais das plantas acabou por levá-lo ao estudo de um fungo que se formava no centeio. As suas pesquisas levaram a novas descobertas e, em 1938, Hofmann sintetizou a dietilamida do ácido lisérgico, mais conhecida por LSD (lysergic acid diethylamide). Hofmann interessou-se pela LSD, pois acreditava que a substância poderia ser útil enquanto estimulante respiratório e da circulação. No entanto, quando testada em animais, não se observaram quaisquer efeitos relevantes para além de alguns sinais de agitação. Por isso, a substância foi descartada por ser considerada irrelevante.
Cinco anos mais tarde, em 1943, Hofmann decidiu voltar a sintetizar a LSD e relatou que sensações invulgares, como uma extraordinária agitação e tonturas, se apoderaram dele na fase final do processo. Depois disto, Hofmann foi para casa e afirmou ter mergulhado num estado semelhante ao de uma intoxicação, que não era desagradável, e que se caracterizava por um extraordinário estímulo imaginativo, pela percepção de imagens fantásticas, formas extraordinárias e cores caleidoscópicas. Estes sintomas desapareceram duas horas depois.
O LSD - Uma magia viajem psicodélica e altamente arriscada
Hofmann concluiu que respirara ou ingerira algo do laboratório por acidente e partiu do princípio que teria sido a LSD. Para comprovar se tinha ou não razão, no dia seguinte ingeriu um comprimido dessa substância. Quarenta minutos depois, começou a sentir tonturas, ansiedade, distorções de visão e vontade de rir. A isto juntaram-se sintomas de incapacidade de locomoção e de percepção distorcida da realidade.
O presidente da Sandoz Pharmaceuticals quis obter lucros com a descoberta de Hofmann e começou a enviar amostras da LSD a psiquiatras. Em 1965, a substância ganhou fama de ser a resposta para a cura de dependência do álcool e de droga ou de doenças mentais. Esta promoção da LSD, juntamente com o seu baixo preço, tornaram-na numa droga recreativa usada pelos jovens daquela época. O seu consumo desregrado e abusivo originou diversos acidentes (ataques de pânico e mortes causadas devido a estados de alucinação) e, em resposta a isto, vários governos mundiais baniram a LSD do mercado. Hofmann ficou desolado com esta decisão e defendeu sempre a utilidade da substância. Acreditava que tinha sido injustamente tratada devido ao mau uso que foi feito dela, e considerava que poderia ser essencial para estudar o funcionamento da mente humana e tratar doenças como a esquizofrenia.
Depois de se ter reformado, Hofmann foi membro do Comitê do Prêmio Nobel. Foi também membro da International Society of Plant Research e da American Society of Pharmacognosy. Morreu a 30 de abril de 2008, em Basileia, com 102 anos, vítima de ataque cardíaco.
Uma folha de selos ácidos (uma forma de comercializar o LSD) decorada com o Chapeleiro Maluco,
de "Alice no País das Maravilhas"
 The Beatles - Lucy in the Sky with Diamonds (Lucy no céu com diamantes)
E mesmo conhecendo aqueles anos 60, os do psicodelismo e das drogas alucinógenas, dificilmente repararia que as iniciais do título formam a palavra LSD.
Os próprios Beatles negaram a intencionalidade da coisa. A canção tinha nascido a partir de um desenho do filho de John Lennon que representava uma colega de escola, Lucy, in the sky with Diamonds. “Uma garota com olhos de caleidoscópio”.
Mas enquanto John Lennon atribuía a "inspiração" para escrever Lucy in the Sky With Diamonds à escrita de Lewis Carroll e não ao ácido, McCartney acabaria por admitir que a presença do LSD era bastante óbvia.
Se a brincadeira do título foi ou não propositada, nunca saberemos ao certo.
Certo é que Lucy in the Sky with Diamonds é um bom exemplo da abertura dos 4 de Liverpool aos ambientes psicodélicos.
Um "Ônibus Mágico" em exposição no The Museum at Bethel Woods Center of the Arts,
que foi construído no lugar onde aconteceu o festival Woodstock, de 1969

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