Julho
de 2012 foi o mês mais quente no hemisfério Norte e o quarto mais quente no
mundo desde o início das medições de temperatura, em 1880, segundo a agência
para atmosfera e oceanos dos Estados Unidos, a NOAA. Para ilustrar os dados
coletados, a Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta sexta-feira (17)
o mapa acima, mostrando as anomalias no clima em julho.
Temperaturas elevadas em todo o Planeta |
O
mapa não mostra temperaturas absolutas, e sim a variação de temperatura no
mundo em relação a média de 1951-1980. As áreas em branco indicam que a
temperatura ficou “normal”, ou seja, dentro da média. Em vermelho estão as
áreas onde se mediram temperaturas mais quentes do que média, e quanto mais
escuro o tom de vermelho, maior a variação, podendo chegar a 4ºC.
Chama
a atenção a forte onda de calor localizada nos Estados Unidos, que resultou em
seca e incêndios florestais, e no Ártico, causando uma redução recorde na cobertura
de gelo da Groenlândia. Em grande parte do Brasil, o mês de julho também foi
mais quente do que o normal.
Pesquisadores
costumam evitar ligar eventos climáticos específicos ao aquecimento global, mas
a forte onda de calor e o avanço nas pesquisas estão mudando esse
comportamento. O pesquisador da Nasa James Hansen, por exemplo, publicou
recentemente um estudo mostrando que o calor extremo no verão está mais
frequente, e que isso é resultado das mudanças climáticas. Segundo o estudo,
variações extremas do clima, no passado, atingiam cerca de 1% do planeta. A
partir de 2006, no entanto, pelo menos 10% do planeta vivencia, por ano,
eventos climáticos extremos.
O
estudo de James Hansen pode ser acessado na íntegra no PNAS,
em inglês.
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