As
imagens acima são auto-explicativas. A primeira mostra a camada de gelo que
cobria o famoso canal de Perry, no Arquipélago Ártico Canadense, em meados de
julho. A segunda é uma atualização da mesma, desta vez com o mar Ártico mais à
mostra. O que impressiona, além do desaparecimento quase total da mancha cinza,
é o tempo entre a captação de uma e outra foto: só duas semanas.
O
gelo recuou rapidamente entre os dias 17 de julho e 3 de agosto de 2012. A
cobertura começou a ficar abaixo da média depois de 16 de julho. No dia 26, a
área preenchida com gelo era de 67%. Quatro dias depois, estava em 33%. Apesar
da perda, o Canal de Parry não está aberto para navegação, segundo o Centro
Nacional de Dados sobre Neve e Gelo. A camada de gelo, mesmo mais fina, é
grossa o suficiente para impedir a passagem dos navios.
Embora
os barcos ainda não circulem por ali, pesquisas recentes mostram que organismos
marinhos já começam a aproveitar o caminho livre de gelo. Um tipo de plâncton
historicamente encontrado no Oceano Pacífico, o Neodenticula seminae, apareceu
no Atlântico Norte depois de uma baixa recorde de gelo no Ártico em 2007. Um
estudo deste ano indicou a presença de populações de baleias do Pacífico e do
Atlântico na Passagem do Noroeste, em agosto de 2010.
O
derretimento do Ártico não é ruim só para os ursos polares. Ele também
compromete o resto do clima da Terra.
(O canal de Perry fica no Arquipélago Ártico Canadense, indicado na imagem acima pela letra A. Fotos: Nasa e Google Maps) |
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