A dependência é um processo longo e
doloroso e se instala no organismo, cresce e domina a pessoa. A internação é
obrigatória. Depois do período de desintoxicação, crises de abstinência ainda
provocam febre, náuseas, dores. Durante
meses, necessidades vitais, como alimentação e sono ficam comprometidas.
Vive-se um período tenso, em relações familiares e sociais se deterioram, a
carreia entra em colapso, a recaída é iminente. Para enfrentar esse panorama
sombrio, cientistas americanos apostam na ibogaina, um alucinógeno usado em
rituais africanos. A ideia é que ela funcione como um antídoto ás droga mais
conhecido.
Partes da planta |
No Congo e no gabão, é comum o uso da
ibogaina, extraída da casca da raiz da planta Tabernanthe Iboga, em rituais religiosas,
de caça e de iniciação sexual. Ingerida em altas quantidades, ela provoca
alucinações. Em concentrações menores, os nativos a utilizam como anestésico e
remédio para fadiga. A cura pela ibogaina tem a experiência científica, mas
também um caráter místico. Na farmacologia, tem uma ação desvendada. Ela ataca
uma ação comum a todos os narcóticos no cérebro, que promovem o aumento da
concentração de dopamina, um dos principais neurotransmissores (substâncias que
fazem a comunicação entre neurônios). Essa elevação provoca uma imediata
sensação de bem-estar e uma tendência de repetição de comportamento. Com o
consumo continuo, a produção e a concentração desse neurotransmissor ficam
condicionados ao uso de drogas e fatores a ela associados. |Se uma pessoa é alcoólatra,
por exemplo, o simples fato de entrar em um bar já estimula a beber e faz com
que ela se sinta melhor. Na falta da droga, ocorre uma espécie de falha de
comunicação entre os neurônios e o organismo entra em colapso.
A Tabernanthe Iboga |
O que os cientistas não conseguem
explicar é o lado místico da planta. As características psicoativas da
substancias levam o dependente a uma realidade extrassensorial e a uma busca
pelas respostas por seus desvios comportamentais. Visto que a ibogaina abre as portas da percepção e possibilita rever o passado.
Seria, principalmente, um desencadeador para um processo de autoconhecimento.
O viciado em drogas é uma pessoa doente
no corpo, na mente e no espírito. A ibogaina “é um remédio secular para um
problema moderno”, afirma a psiquiatra Débora Mash, professora titular de
Neurologia da Universidade de Miami.
Segundo o prof° Rogério Souza do IBTA
(Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas), a ação da ibogaina deu-se o
aumento dos níveis de dopamina, serotonina e da GDNF (Proteína responsável pela
produção de conexões neurais.
O prof° Rogério Souza diz ainda que o
IBTA (Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas) é o único na aplicação da
IBOGAINA na região de Campinas.
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