Propagação ocorre essencialmente em zonas com
escassos recursos médicos e com acesso limitado a fármacos
Uma
equipe internacional de investigação encontrou níveis alarmantes de tuberculose
(TB) na África, Ásia, Europa e América Latina e é resistente a quatro
antibióticos considerados bastante eficazes até agora.
O
estudo, publicado na
revista Lancet, explica que os casos de TB resistentes a tratamentos já
alcançam níveis alarmantes e os tratamentos são cada vez mais caros e difíceis
de desenvolver.
A
investigação foi levada a cabo em oito países – Estônia, Letônia, Peru,
Filipinas, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul e Tailândia – e mostrou que
pelo menos 43,7 por cento dos pacientes que sofrem com a doença não reagem
perante um medicamento administrado após o fracasso de um primeiro
antituberculoso clássico.
Tuberculose ultra-resistente
responde a número ínfimo de fármacos
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A
maioria das recomendações para o controle de TB têm sido desenvolvidas para a
prevalência da tuberculose multirresistente (TB-MR), cuja taxa oscilava nos
cinco por cento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS); no entanto, em
determinados locais, a taxa de prevalência já surge superior a dez por cento.
A
taxa de prevalência da tuberculose ultra resistente (TB-UR), uma forma que
responde a um número ínfimo de medicamentos de segunda intenção, alcançou 6,7
por cento nos oito países estudados.
Tracy Dalton, líder do estudo e investigador dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças nos Estados Unidos, refere que os casos de tuberculose ultra resistente tinham sido observados em 77 países, mas “a atual prevalência exata é desconhecida”. A situação é preocupante, afirmam os autores, já que a propagação ocorre essencialmente em zonas com escassos recursos médicos e com acesso limitado a fármacos.
Tracy Dalton, líder do estudo e investigador dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças nos Estados Unidos, refere que os casos de tuberculose ultra resistente tinham sido observados em 77 países, mas “a atual prevalência exata é desconhecida”. A situação é preocupante, afirmam os autores, já que a propagação ocorre essencialmente em zonas com escassos recursos médicos e com acesso limitado a fármacos.
Para
tratar a doença, o processo é longo e prevê que os pacientes ingiram uma série
de antibióticos durante seis meses, mas muitos dos indivíduos não completam corretamente
o tratamento – medida que tem vindo a fomentar o aumento de formas resistentes
a fármacos.
A TB é uma pandemia mundial que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, só em 2010 infectou 8,8 milhões de pessoas, levando mesmo 1,4 milhões à morte.
A TB é uma pandemia mundial que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, só em 2010 infectou 8,8 milhões de pessoas, levando mesmo 1,4 milhões à morte.
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