Mendu se inspirou em
problema vivenciado por sua família na Índia para criar dispositivo que venceu
concurso. Imagem
Discovery Education
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A
americana Maanasa Mendu, de 13 anos, ganhou um prêmio de US$ 25 mil dólares (R$
80 mil) em um concurso de jovens talentos por ter inventado um equipamento que
permite gerar energia renovável de forma acessível - ao custo aproximado de R$
16.
A jovem
contou como funciona sua criação:
"O
dispositivo captura a energia que está constantemente disponível ao nosso redor
para criar energia limpa", explicou Mendu ao programa Newsday.
O dispositivo
se chama "Harvest" ("colheita", em inglês) e utiliza
uma espécie de "folha solar", capaz de obter energia de
precipitações, do vento e do sol, graças a pequenas células solares.
Menina diz que pretendia
"impactar o mundo" com sua criação. Imagem
Discovery Education
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A
princípio, sua ideia era focar unicamente na energia eólica, mas com a ajuda de
sua mentora, a engenheira Margaux Mitera, a jovem descobriu que poderia
aproveitar também outros tipos de energia natural.
A energia
é gerada graças ao uso de um material piezoelétrico, que gera eletricidade a
partir de uma força mecânica, acoplado ao aparelho.
Piezoeletricidade
é a capacidade de alguns cristais gerarem tensão elétrica por resposta a uma pressão
mecânica. O termo piezoeletricidade provém do grego piezein, que
significa apertar/pressionar. Referente à geração de corrente elétrica,
juntou-se a designação eletricidade, de modo que piezoeletricidade é
interpretado como a produção de energia elétrica devido à compressão sobre
determinados materiais.
O
dispositivo é um pouco rudimentar, mas cumpre o objetivo de produzir energia
limpa de forma econômica.
O dispositivo da jovem no estágio
inicial do trabalho
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Essa
técnica não é nova, mas o interesse nela vem crescendo nos últimos anos. Há
esperanças de que essa seja uma forma de lidar com o problema do abastecimento
energético a longo prazo.
Após
vencer o concurso, a jovem espera desenvolver um protótipo mais complexo, que
possa ser comercializado.
Aparelho
utiliza material piezoelétrico para gerar energia limpa. Imagem Discovery
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Um problema
global
Mendu diz
que teve a ideia de fazer o aparelho durante sua última viagem à Índia.
"Todos
os anos, a minha família, que é indiana, tem que conviver com apagões
recorrentes", conta.
"Para
mim, isso significa não ter acesso temporariamente ao ar-condicionado ou à
eletricidade. Mas, para mais de um quinto da população mundial, os apagões são
uma realidade permanente", conta ela.
A menina
afirma querer desenvolver um sistema de iluminação que possa solucionar esse
problema.
"O
que realmente me motivou foi criar um dispositivo que poderia impactar o
mundo," afirma ela.
O concurso teve nove finalistas
dispostos a usar a criatividade para propor soluções a problemas reais.
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Esse é
justamente o espírito da competição, de acordo com Bill Goodwyn, diretor
executivo da Discovery Education, a organização que promoveu o concurso.
"A
cada ano, esse concurso nos relembra a ingenuidade inspiradora que obtemos ao
colocar a nossa geração mais jovem para aplicar a ciência, o pensamento crítico
e a criatividade com o objetivo de sugerir soluções para problemas do mundo
real", afirmou Goodwyn.
Mendu
competiu com outros nove finalistas, que se mostraram como jovens talentos
podem mudar o mundo.
Entre os
projetos participantes, eles apresentaram bactérias geradoras de energia, um
sensor para ajudar pessoas com dificuldades físicas, um simulador de reanimação
cardiopulmonar e um dispositivo para controlar a poluição.
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