Um estudo detectou 74
praias brasileiras contaminadas
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Desde o
mês de janeiro, acenderam as luzes de alerta no Brasil, quando algumas pessoas
adoeceram com diarreias, vômitos e outros mal-estar. As autoridades do país
reconheceram que as águas das praias estão poluídas com vírus e bactérias. O
problema radica em que muitas cidades
do Brasil não aplicam um tratamento adequado a suas águas residuais antes de
vertê-las nos rios. Um estudo realizado pelo The Associated Press
durante 16 meses confirmou a contaminação das águas das praias.
Para dar
solução imediata aos turistas, a Fundação do Meio Ambiente do Brasil (FATMA)
pôs a disposição dos usuários um mapa
interativo de praias que estão poluídas e aquelas que não têm mostras de
contaminação. A Fundação também emitiu um relatório no qual se indica
que uma de cada três praias da região de Santa Catarina está poluída. O
resultado do relatório também se reflete em um gráfico na página da Fundação,
no qual foram colocadas bandeiras vermelhas para assinalar as praias
inabilitadas e azuis para indicar as praias nas quais as pessoas podem se
divertir sem inconvenientes.
A
Fundação informou que das 137 praias em Santa Catarina, 74 se encontram
poluídas, enquanto em regiões como Florianópolis, 29 dos 46 pontos foram
registrados como poluídos, e em outras regiões foram identificadas 91 praias
aptas para banhistas, enquanto 45 foram classificadas como “impróprias”.
Os
registros do estudo indicam que as
praias têm níveis de contaminação de até 1,7 milhões de vezes acima dos níveis
considerados preocupantes nos Estados Unidos ou na Europa, e se
considera que as pessoas que tenham contato com o mar poluído podem padecer de
males estomacais ou respiratórios.
Durante a
temporada de férias no Paraguai aumentou a preocupação, pois os turistas poderiam viajar ao Brasil,
infectar-se, e retornar doentes ao país. Entretanto, Víctor Pavão, o
presidente da Associação Paraguaia de Agências de Viagens e Empresas de Turismo
(Asatur), indicou que a situação não
era tão grave, pois era apenas questão de escolher uma praia apta para os
banhistas.
Esportistas prevenidos
Leonardo
Chacón, representante da Costa Rica nos Jogos Olímpicos, indicou que a maioria
dos esportistas que participou do torneio de triátlon decidiu não se arriscar em treinamentos prévios e apenas entrar
na água poluída no dia da competição. Por seu lado, Santiago Lange,
representante da Argentina, indica que não se cuidou, e não adoeceu, mas teve problemas
com infecções em algumas feridas ocorridas na viagem.
A maior
preocupação das autoridades do lugar gira em torno das doenças que os
esportistas podem padecer ao entrar no mar durante as competições, mas não
foram reportados casos de doenças durante as Olimpíadas.
As
autoridades de todos os países devem preocupar-se em manter a limpeza das
praias de seus países e estabelecer medidas para realizar um tratamento prévio
das águas utilizadas pela população antes de verter nos rios.
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