Cientistas americanos anunciaram, na última semana, a criação de um material que pode revolucionar a produção de computadores. A partir de mudanças na forma como os circuitos elétricos são montados na máquina, tal material pode permitir uma série de vantagens na hora de confeccionar e utilizar um computador.
A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade do Noroeste (Chicago, Illinois), é tão recente que ainda não tem nome. Mas o princípio da ideia é simples. Enquanto as empresas se esforçam para diminuir o tamanho de cada peça, deixando o computador menor como um todo, eles abordaram a questão por outro ângulo: tornar cada componente mais versátil, juntando as funções de duas ou mais peças em uma só.
Isso tem sido tentado, nos últimos tempos, através de transistores mais potentes, capazes de suportar melhor as passagens de sinal elétrico. O problema é que não é fácil adaptar grandes circuitos elétricos, onde há mudanças bruscas de intensidade (como na amplificação do som ou da luz, por exemplo) a peças cada vez menores.
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Os circuitos de condução de sinais elétricos são formados por partículas de carga negativa, que precisam ser dispostas com antecedência em cada componente do computador. É por isso que não havia como uma peça fazer a função de duas; cada parte integrante do sistema tinha sua estrutura fixa de partículas.
Nesse ponto entra a solução dos cientistas dos EUA: eles desenvolveram um “mar” de partículas negativas móveis, que podem trafegar livremente em um circuito de partículas positivas. Assim, uma única peça de computador, dotada de um microchip feito com esse material (que ainda nem tem nome) pode realizar várias funções, conforme a maneira com que conduz as partículas de energia no sistema.
Essa versatilidade, segundo os cientistas, pode trazer vantagens além da diminuição de tamanho. Por exemplo, são necessárias menos peças para montar um computador, o custo de produção cai, e a tendência do preço nas lojas é cair também.
Fonte: BBC
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