A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou à Vigilância Sanitária de São Paulo uma inspeção imediata na fábrica do achocolatado da marca Toddynho, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo. O pedido da Agência foi feito em 30 de setembro e é resultado da ocorrência de casos de queimaduras na boca de quatro crianças que ingeriram o achocolatado no Rio Grande do Sul.
Nova Fórmula: alimenta, limpa pias e até queima as crianças indesejáveis |
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, que investiga os casos, os primeiros resultados de análise laboratorial apontam um PH de 13,3, considerado muito alcalino para alimentos. Os desvios de qualidade no composto alimentar sabor chocolate fortificado com vitaminas da marca Toddynho foram encontrados em dois lotes: L4 32 06:08 e L4 32 06:09, com data de validade até 19/02/2012. Como forma de prevenção, a vigilância sanitária gaúcha realizou a interdição cautelar de todos os lotes do alimento no estado.
A empresa Pesico, responsável pela produção do Toddynho, informou que houve uma falha durante a fabricação. A empresa declarou que os lotes apontados foram distribuídos exclusivamente para o Rio Grande do Sul.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta epidemiológico para todas as Coordenadorias Regionais de Saúde. O Centro de Informações Toxicológicas do Estado também foi notificado do caso. A recomendação para quem possuir em casa os lotes do produto considerados suspeitos é não consumir o alimento.
Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul solicitou nesta quinta-feira a interdição cautelar de todos os lotes do achocolatado Toddynho após notificações de queimaduras na boca de quatro crianças que ingeriram o alimento. A bebida foi enviada ao Laboratório Central do Estado (Lacen), que constatou um PH de 13,3, considerado muito alto para um alimento.
De acordo com o governo, as notificações foram recebidas de três Municípios: Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo - na região metropolitana da capital. Os produtos que causaram os ferimentos têm validade até 19/02/2012.
O Cevs emitiu alerta às autoridades sanitárias regionais e municipais de todo o Estado e comunicou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em caso de suspeita de outras ocorrências, o centro orienta a comunicar o disque-vigilância, pelo telefone 150.
Em nota, a PepsiCo, detentora da marca Toddynho, informou que tomou conhecimento dos problemas em cerca de 80 unidades de 200 ml da bebida comercializadas na região metropolitana de Porto Alegre e tomou as medidas para retirar os produtos de circulação. Os produtos são do lote com numeração de L4 32 05:30 a 06:30.
"A PepsiCo mantém profundo respeito com seus consumidores nos seus mais de 50 anos de atuação no Brasil. A empresa pauta suas ações pela ética e transparência e segue rigoroso controle de qualidade para produção de todas as suas marcas", diz o comunicado. A empresa disponibilizou o telefone 0800 703 2222 para esclarecimentos a consumidores.
O que é o pH ?
O pH ou potencial de hidrogénio iónico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio. O conceito foi introduzido por S. P. L. Sørensen em 1909. O "p" deriva do alemão potenz, que significa poder de concentração, e o "H" é para o íon de hidrogénio (H+).
Às vezes é referido do latim pondus hydrogenii. O "p" equivale ao simétrico do logaritmo de base 10 da atividade dos íons a que se refere, ou seja:
pH = - log10 [H+]
em que [H+] representa a concentração de íons H+ expressa em mol/dm3.
O que é a escala de pH ?
O carácter ácido de uma solução está relacionado com a concentração de iões H+ presente nessa solução (quanto mais forte é um ácido, maior é a concentração desses iões na solução).
A escala de pH é uma maneira de indicar a concentração de H+ numa solução.
Esta escala varia entre o valor mínimo 0 (acidez máxima), e o máximo 14 (acidez mínima ou basicidade máxima).
A 25 ºC uma solução neutra tem um valor de pH = 7.
Para que serve a escala de pH ?
É uma escala de valores que serve para determinar o grau de acidez ou de basicidade de uma dada substância. Varia entre 0 e 14, sendo o valor médio, o sete, correspondente a soluções neutras. Para valores superiores a 7 as soluções são consideradas básicas, e para valores inferiores a 7, serão ácidas.
Exemplos de valores de pH, para substâncias que conheces
Figura abaixo
Substância | pH |
Ácido de bateria | < 1,0 |
Suco gástrico | 1,0 - 3,0 |
Sumo de limão | 2,2 - 2,4 |
Refrigerante tipo cola | 2,5 |
Vinagre | 2,4-3,4 |
Sumo de laranja ou maçã | 3,5 |
Cervejas | 4,0 - 5,0 |
Café | 5,0 |
Chá | 5,5 |
Chuva ácida | < 5,6 |
Saliva pacientes com câncer (cancro) | 4,5 - 5,7 |
Leite | 6,3 - 6,6 |
Água pura | 7,0 |
Saliva humana | 6,5 - 7,5 |
Sangue humano | 7,35 - 7,45 |
Água do mar | 8,0 |
Sabonete | 9,0 - 10,0 |
Amoníaco | 11,5 |
"Água sanitária" | 12,5 |
Hidróxido de sódio (soda cáustica) | 13,5 |
Como medir o valor do pH ?
O pH pode ser determinado usando um medidor de pH (também conhecido como pHmetro) que consiste em um eletrodo acoplado a um potenciômetro. O medidor de pH é um milivoltímetro com uma escala que converte o valor de potencial do eletrodo em unidades de pH. Este tipo de eletrodo é conhecido como eletrodo de vidro, que na verdade, é um eletrodo do tipo "íon seletivo".
O pH pode ser determinado indiretamente pela adição de um indicador de pH na solução em análise. A cor do indicador varia conforme o pH da solução. Indicadores comuns são a fenolftaleína, o alaranjado de metilo e o azul de tornassol.
Outro indicador de pH muito usado em laboratórios é o chamado papel de tornassol (papel de filtro impregnado com tornassol). Este indicador apresenta uma ampla faixa de viragem, servindo para indicar se uma solução é nitidamente ácida (quando ele fica vermelho) ou nitidamente básica (quando ele fica azul). Utiliza-se ainda em grande escala, o papel indicador universal, que é uma mistura de indicadores de pH, normalmente em solução ou secos em tiras de papel absorvente, que apresentam distintas cores para cada pH de 1 a 14. Tabelas com cores padrões do produto para os pH medidos são fornecidos com as tiras, para que se possa determinar o valor de pH, por comparação da tabela com a cor obtida na tira embebida na solução a analisar.
Obs.: Embora o valor do pH compreenda uma faixa de 0 a 14 unidades, estes não são os limites para o pH. É possível valores de pH acima e abaixo desta faixa, como exemplo, uma solução que fornece pH = -1,00, apresenta matematicamente -log [H+] = -1,00, ou seja, [H+] = 10 mol L?1. Este é um valor de concentração facilmente obtido em uma solução concentrada de um ácido forte, como o HCl.
Erros de medida com um medidor de pH (eletrodo)
Há vários tipos de erros que podem ocorrer nas medidas do pH ocasionados por diversos fatores, entre eles, destacam-se:
· Erros dos padrões de calibração: Uma medida de pH não pode apresentar uma precisão maior que aquela dos padrões de referência disponíveis, apresentando erros da ordem de ±0,01 unidades de pH;
· Erro do potencial de junção: Há um potencial de junção na membrana que separa o meio interno do externo do eletrodo. Se a composição iónica entre estes diferentes meios (interno e externo) apresenta-se muito distante da composição da solução tampão padrão utilizada na calibração do eletrodo, o potencial de junção é modificado, ocasionando variações nas medidas de pH em torno de 0,01 unidades;
· Erro do deslocamento do potencial de junção: A grande maioria dos eletrodos combinados possuem um eletrodo de referência de prata-cloreto de prata que contém no seu interior, uma solução saturada de KCl. Tendo em vista a alta concentração de íons cloreto no interior do eletrodo, esta possibilita, em contato com o eletrodo de prata, a formação de AgCl43- e AgCl32-. Na membrana porosa de vidro do eletrodo, que separa as soluções interna e externa, a concentração de íons cloreto é menor (KCl está diluído), o que favorece a precipitação do AgCl. Se a solução analítica a ser medida conter um agente redutor, pode ocorrer ainda a precipitação de Ag(s) na própria membrana. Estes efeitos modificam o potencial de junção provocando um deslocamento lento do valor de pH no visor do instrumento durante um período grande de tempo. Tais erros podem ser corrigidos pela calibração do eletrodo a cada 2 h.
· Erro do sódio (erro alcalino): Quando a concentração de íons H+ é baixa e a concentração de Na+ é alta, o eletrodo responde ao Na+ como se este fosse o H+ e o pH medido torna-se menor que o pH verdadeiro.
· Erro ácido: Em ácidos fortes, o valor do pH medido torna-se maior que o pH verdadeiro, devido à saturação de íons H+ na superfície da membrana de vidro do eletrodo. Isto ocorre devido à saturação dos sítios ativos da membrana de vidro do eletrodo.
· Erro no tempo para atingir o equilíbrio: As medidas de pH geralmente são obtidas após algum tempo de contato do eletrodo com a solução de interesse. Numa solução bem tamponada, sob agitação adequada, este tempo de espera fica em torno de 30 segundos. Numa solução mal tamponada (por exemplo, próxima ao ponto de equivalência de uma titulação) necessita de um tempo maior para atingir o equilíbrio.
· Erro de hidratação do vidro: Um eletrodo hidratado apresenta uma resposta adequada às variações de pH, enquanto que um eletrodo seco, necessita ser hidratado por várias horas antes de ser realizada uma medida.
· Erro de temperatura: As medições de pH necessariamente devem ser realizadas na mesma temperatura em que ocorreu sua calibração.
Isto é gravíssimo, principalmente porque é um alimento para crianças. No mundo em que estamos vivendo, não sabemos mais o que há por trás dos bastidores. É possível até que esteja havendo sabotagem, como tem acontecido com outros alimentos. Vamos ficar de olho no concorrente e torcer para que tudo fique esclarecido e resolvido.
ResponderExcluirIrão falar que foi um erro na linha de montagem!
ResponderExcluirUma pena, pois foi o ser humano quem criou a linha de montagem.
Senão tem acidentes com as crianças envolvidas, estavam a vender o lote do produto.