«Yersinia pestis» do século XIV é praticamente igual à que existe hoje.
Durante o século XIV, a pandemia que ficou conhecida como Peste Negra matou um terço da população europeia. A bactéria que a provocou foi a Yersinia pestis que volta agora a ser notícia porque uma equipe de investigadores sequenciou a seu DNA tal como era nessa época.
Estima-se que um terço da população europeia tenha sucumbido à doença |
A variante deste patogénico que dizimou a Europa é praticamente a mesma que ainda hoje existe. Mas o estudo que está a ser feito sobre as pequenas modificações que sofreu pode permitir perceber por que nos nossos dias não mata tantas pessoas nem com tanta rapidez. O estudo está publicado na revista «Nature».
O DNA da bactéria foi conseguido através da exumação de milhares de vítimas da Peste Negra, que estavam enterradas em valas comuns nos arredores de Londres. Nos dentes de alguns desses esqueletos estavam restos do DNA, o que permitiu reconstituir o genoma.
A investigação revela que, ao contrário do que se pensava, a Yersinia pestis não foi a responsável pela epidemia que se registou durante o reinado do imperador romano Justiniano, no século VI d.C.
A comparação com o genoma das bactérias atuais sugere que os fatores ambientais, como o vetor transmissor (ratos) e a susceptibilidade das vítimas, terão tido um importante papel determinante para a propagação da doença.
Fonte do Artigo: A draft genome of Yersinia pestis from victims of the Black Death
Yersinia pestis |
Filo: | |
Gamma Proteobacteria | |
Y. pestis |
Yersinia pestis
( Lehmann & Neumann, 1896)
( Lehmann & Neumann, 1896)
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