Expedição pode encontrar novas formas de vida e pistas sobre alterações climáticas
Um grupo de cientistas britânicos vai investigar um lago subterrâneo na Antártida nos próximos dois anos na esperança de descobrir pistas sobre as mudanças do clima e revelar novas formas de vida.
Os investigadores partem na próxima semana rumo ao lago Ellsworth, um dos lugares mais longínquos e hostis do planeta, que há quase um milhão de anos permanece escondido debaixo de vários quilômetros de gelo. Trata-se da primeira parte de um projeto que irá durar 15 anos, custar 11 milhões de dólares e contar com a participação de oito universidades do Reino Unido.
Cientistas partem na próxima semana rumo ao lago Ellsworth |
A camada de gelo que cobre o lago, um dos 387 subterrâneos que existem na Antártida, aprisionou o calor geotérmico da Terra, impedindo que a água congele. A equipe liderada por Martin Siegart pretende colocar no lago uma sonda com câmaras de alta definição, luzes, aparelhos para coletar amostras e fazer medições. Assim, vai começar por instalar os equipamentos de perfuração e voltar ao local no fim de 2012 para recolher os dados.
Entre bactérias, micróbios e outras formas de vida simples, os cientistas esperam encontrar um habitat na temperatura de -25 graus Celsius que está selado para o resto do mundo há mais de um milhão de anos.
As amostras que vão recolher podem revelar formas de vida desconhecidas que terão existido antes de o lago ter gelado e que, dessa forma, podem ser testemunhos de como era a vida na Terra.
Alguns especialistas estão preocupados com a interferência humana num ambiente ainda intocado e que consequências pode isso trazer. Para evitar a contaminação do lago, o grupo garante que usará equipamentos esterilizados.
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