De acordo com uma nova avaliação de biodiversidade feita pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), cerca de um em cada quatro espécies de mamíferos estão em risco de extinção.
Na última atualização de dados, os pesquisadores avaliaram o estado de 61.900 espécies de plantas e animais.
Recentemente, o rinoceronte negro da África ocidental foi oficialmente declarado extinto. As reavaliações de espécies de rinocerontes mostram que a subespécie da subespécie do rinoceronte branco na África central – chamado de rinoceronte branco do norte (Ceratotherium simum cottoni) está atualmente à beira da extinção e foi classificado como “possivelmente extinto em estado selvagem”.
Rinoceronte negro |
Rinoceronte Negro (extinto): possuía 1,5 metros de altura e possuia 2 chifres. Esse animal atacava somente quando ameaçado. Ele vivia na África (região sul) e foi muito caçado.
Uma subespécie do rinoceronte de Java (Rhinoceros sondaicus annasmiticus) também está provavelmente extinta, após a caça do que provavelmente era o último animal no Vietnã em 2010. Enquanto isso não significa o fim do rinoceronte de Java, reduz as espécies a uma única população em declínio na ilha de Java.
O rinoceronte
Os rinocerontes são mamíferos herbívoros que vivem em terra. O nome vem das palavras gregas rhino (nariz) e keros (chifre). O chifre, diferente do que se pensa, não é feito de osso, e sim feito de pêlos extremamente compactos que formam uma estrutura muito resistente. Os rinocerontes têm pele espessa, de até 7 cm, e também têm orelhas muito pequenas. Eles não enxergam bem, porém tem ótima audição e olfato. Apesar do tamanho e peso, que variam de acordo com cada espécie, esses animais podem atingir até 80 kmh.
Há 4 espécies de rinocerontes não extintos no mundo:
Rinoceronte Indiano: essa espécie (Rhinocerus unicornis) vive na Ásia e tem um único chifre, medindo cerca de 60 cm.
Rinoceronte Branco: É o maior rinoceronte e o segundo maior mamífero terrestre, perdendo somente para o elefante. Mede 2 metros de altura e 5 metros de comprimento, tendo 4 toneladas de peso. Ele tem 2 chifres, sendo que um deles mede 1,5 metros. Esse animal vive na África, principalmente em áreas desacampadas.
Rinoceronte Java: essa espécie (Rhinocerus sondaicus) está quase extinto. Vive na Ásia, na Indochina, Nepal, Java, na Malásia, em Sumatra, Assam. Ele mede 3 metros e tem 1 chifre.
Rinoceronte de Sumatra: essa espécie vive na Ásia (Sumatra, Tailândia, Malaca, e Bornéu) e tem 2 chifres. Só existem cerca de 300 desses rinocerontes no mundo.
A avaliação também mostrou que alarmantes 40% dos répteis terrestres de Madagascar estão ameaçados. Das 22 espécies de Madagascar atualmente identificadas como criticamente em perigo, encontram-se camaleões, lagartixas, lagartos e cobras, que representam agora um desafio para conservação.
Novas áreas de conservação designadas em Madagascar devem ajudar a preservar uma proporção significativa destas espécies criticamente ameaçadas, como o camaleão de Tarzan (Tarzan Calumma), o camaleão de nariz bizarro (Calumma hafahafa) e uma espécie de lagarto chamada limbless skink (Paracontias Fasika).
Outras descobertas incluem:
Uma arraia que se pensava ser uma única espécie é, na verdade, duas: a arraia do recife (Manta Alfredi) e a arraia gigante (Manta birostris), ambas classificadas como vulneráveis. Considerada a maior arraia viva, a gigante pode crescer em mais de 7 metros de diâmetro;
Cinco das oito espécies de atum estão nas categorias ameaçadas ou quase ameaçadas;
Vinte e seis anfíbios foram recentemente adicionados à Lista Vermelha da IUCN, incluindo os sapos venenosos Ranitomeya benedicta, listado como vulnerável, e Ranitomeya summersi, atualmente classificado como ameaçado de extinção;
As plantas estão ainda sub-representadas na Lista Vermelha da IUCN. O trabalho atual em andamento para aumentar o conhecimento de plantas inclui uma revisão de todas as coníferas, com resultados mostrando que a Glyptostrobus pensilis, por exemplo, passou do estado de ameaçada ao de criticamente ameaçada, sendo a principal causa disso a perda de habitat conforme a agricultura se expande.
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