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domingo, 20 de novembro de 2011

TRANSTORNO BIPOLAR E SEUS QUATRO SUBTIPOS

O Transtorno Bipolar já era conhecida na Grécia Antiga e já foi chamada de ‘psicose maníaco depressiva’, uma doença psiquiátrica que, embora tenha um quadro clínico variado, sua sintomatologia é bem caracterizada. O humor oscila entre dois polos opostos. Ou seja, entre uma extrema alegria e uma extrema tristeza. Essa oscilação varia de pessoa para pessoa. Algumas demoram para ciclar entre um sintoma e outro, no entanto, outras ciclam muito rápido. Podem estar deprimidas em determinado momento e em seguida exageradamente felizes.
A doença em geral começa na adolescência, ou por volta dos 20 anos, mas pode ocorrer mais tarde ou mais cedo, até na infância. Estudos têm revelado um aumento espantoso no diagnóstico de TB em crianças e adolescentes. Até 1994, poucos médicos acreditavam nessa possibilidade. No entanto, 60% dos casos em adultos relatam manifestações dos sintomas já na infância.
Mal humoradas
Transtorno Bipolar - Mudanças de humor
São pessoas irritadiças, que muitas vezes se envolvem facilmente em discussões e passam a maior parte do tempo mal humoradas.
No período em que estão deprimidas, podem apresentar alteração do apetite e do sono, diminuição da atividade psicomotora, cansaço, fadiga, dificuldade para pensar e se concentrar, distração e dificuldade de memória, assim como raiva, ruminação e desesperança. Já na fase de euforia, apresentam fala e pensamento acelerados, irritabilidade e impaciência, ideias de grandeza, aumento da libido e comportamentos inadequados, como por exemplo, sair comprando compulsivamente.
Tratamento
As comorbidades (transtornos) comuns com TB incluem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Desafiador Opositor, Transtorno de Conduta, Transtorno de Ansiedade e Esquizofrenia.
O TB é causado, em grande parte, por desequilíbrios químicos no cérebro, que podem comprometer os relacionamentos afetivos e profissionais. Os medicamentos usados procuram corrigir tais desequilíbrios. O tratamento adequado reduz a incapacidade e a mortalidade dos portadores.
Como muitas doenças genéticas, este transtorno também é influenciado por fatores biológicos e psicológicos, assim como pelo ambiente, situação familiar, estresse e estilo de vida.
O diagnóstico de TB não é feito através de um exame de sangue ou de uma tomografia computadorizada, depende da identificação dos sintomas atuais e passados.
A avaliação neuropsicológica é um instrumento de auxílio diagnóstico no TB, pois possibilita mapear o funcionamento cognitivo, mostrando forças e fraquezas em seu desempenho, pois define qual é o problema e como ele se apresenta.

O transtorno bipolar não é mais considerado uma única doença. Os profissionais de saúde mental agora classificam quatro principais subtipos da doença, referidos como “espectro do transtorno bipolar”: bipolar I, bipolar II, transtorno bipolar não especificado e ciclotimia.
Fatores que diferenciam os tipos de transtorno bipolar incluem a duração e a intensidade das variações de humor. A classificação é importante, pois saber que tipo um paciente tem pode ajudar os médicos a escolher o melhor tratamento.
O transtorno bipolar I é considerado o “clássico”. Os pacientes sofrem um ou mais episódios maníacos com duração de pelo menos uma semana, e quase sempre um ou mais episódios depressivos.
Também pode causar psicose, que podem incluir alucinações (ver coisas que não existem) ou delírios (fortes crenças não baseadas na realidade e não influenciadas pelo pensamento racional).
Episódios maníacos trazem um humor anormalmente elevado; a pessoa se agita, tem ideias grandiosas, precisa de menos sono, fica facilmente distraída e age impulsivamente.
Episódios depressivos trazem sentimentos de tristeza, desesperança, culpa, inutilidade e pessimismo. Os pacientes podem ter dificuldade de concentração, perda de interesse em atividades diárias e mudanças nos hábitos alimentares e de sono. É considerado um episódio depressivo se a pessoa experimenta vários desses sintomas por mais de duas semanas.
Homens e mulheres são igualmente propensos a ter transtorno bipolar, mas os homens são mais propensos a ter seu primeiro episódio maníaco mais jovem. A doença também ocorre igualmente entre as etnias.
No transtorno bipolar I, os períodos de depressão duram mais do que os episódios maníacos. A depressão pode durar um ano ou mais, enquanto episódios maníacos raramente duram mais do que alguns meses.
Se o tratamento for bem sucedido, os pacientes bipolares podem passar meses ou anos com humor estável entre episódios, embora um terço deles mantenha sintomas residuais.
A depressão também é a principal característica do transtorno bipolar II. Os pacientes têm períodos de humor elevado, mas menos acentuados. Em vez de mania, as pessoas com bipolar II experimentam hipomania, uma forma mais leve de mania.
Estudos mostram que as mulheres são ligeiramente mais propensas a ter bipolar II. Embora uma pessoa com bipolar tipo II possa negar que algo está errado, seus parentes podem perceber que ela está agitada demais ou estranhamente otimista.
O transtorno bipolar II é por vezes confundido com depressão porque os períodos hipomaníacos são mais difíceis de detectar. Com o tempo, sem tratamento, a hipomania pode evoluir para a mania ou se transformar em um estado depressivo.
Já o transtorno bipolar não especificado é uma categoria abrangente para aqueles que parecem ter transtorno bipolar, mas que não se encaixam em nenhuma categoria. Por exemplo, para uma doença ser considerada bipolar I, um episódio maníaco tem que durar pelo menos uma semana. Se o episódio maníaco dura apenas três dias, os médicos afirmam que o paciente tem transtorno bipolar não especificado.
As pessoas com ciclotimia são muitas vezes consideradas por seus parentes como “extremamente temperamentais”. Elas têm “altos e baixos” (em ciclos, explicados abaixo), nenhum tão grave ou durando o tempo suficiente para se qualificar como mania ou depressão.
Pessoas com ciclotimia pode ter explosões de energia e precisam de menos sono, seguido de depressão leve. Poucas procuram médico para tratar a doença. Alguns profissionais de saúde mental consideram a ciclotimia uma condição distinta do transtorno bipolar. Outros dizem que é um traço de personalidade, ainda que relacionado com o transtorno bipolar.
Pesquisas mostram que pessoas que têm um familiar próximo com ciclotimia são mais propensas a ter transtorno bipolar. Além disso, pessoas com transtorno bipolar têm mais tendência a experimentar ciclotimia entre os episódios de depressão ou mania.
O transtorno bipolar é uma condição complexa de diagnosticar. Os sintomas podem variar não só entre categorias, mas entre pessoas. Os pacientes também podem experimentar episódios mistos, com sintomas de depressão e mania simultaneamente.
Na doença, as emoções ficam completamente desreguladas. Você nunca sabe como um bipolar vai responder a uma crítica; chorando absurdamente ou agredindo seu crítico, por exemplo.
Além disso, mesmo que você tenha sido diagnosticado com um tipo particular de bipolar, isso não significa que seus sintomas permanecerão os mesmos ao longo do tempo, ou que você permanecerá no mesmo subtipo.
Sem tratamento, o transtorno bipolar tende a piorar com o tempo. Os episódios podem ser mais graves ou podem começar a ocorrer rapidamente. Cerca de 20 a 25% das pessoas têm quatro ou mais episódios distintos de mania ou depressão em um ano.
Isso é chamado de ciclo rápido, e pode ocorrer em pessoas com transtorno bipolar I, II ou não especificado. A ciclagem rápida tende a acontecer com a doença avançada e é mais comum em mulheres do que homens.
Mesmo dentro da ciclagem rápida do transtorno bipolar há muitas variáveis. Enquanto alguns têm períodos de normalidade entre os episódios, outros vão de alto a baixo sem qualquer quebra – ciclo contínuo. Outros podem ainda ter uma ciclagem ultra-rápida, com múltiplas mudanças de humor em um único dia.
A ciclagem apresenta desafios para os médicos; o tratamento correto é difícil de ser diagnosticado, porque os antidepressivos podem piorar episódios maníacos, etc.
A melhor coisa nessa situação é que o paciente ou seus parentes anotem os detalhes de seus episódios maníacos, incluindo sintomas, sentimentos, e quanto tempo dura cada episódio, para que o médico seja capaz de ajudar.

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