Investigação analisou as populações de algas «Posidonia oceanica»
As algas do mar mediterrâneo são um dos melhores livros de história com que os cientistas já se depararam. As populações de Posidonia oceanica e os sedimentos da baía de Portlligat (Girona) permitiram determinar a data em que os seres humanos começaram a contaminar as águas com metais pesados como cobre ou arsênico.
«Posidonia oceanica» (créditos: Alberto Romeo) |
Foi há 2800 anos que a contaminação teria começado, data que coincide com o início da expansão da Grécia Antiga, e que abrange posteriormente toda a Antiguidade Clássica. A explicação está no desenvolvimento mineiro e tecnológico. O estudo está publicado no «Science of the Total Environment».
Óscar Serrano, investigador do CSIC e um dos responsáveis pelo estudo, citado pelo jornal «Publico» espanhol, explicou que a poluição deve-se à existência de grandes cidades, como Tarragona, importante devido ao seu porto, ou Ampúrias.
Mar Mediterrâneo |
Desde aquele tempo até agora, os níveis de contaminação não pararam de aumentar. Durante a Revolução Industrial, a partir do século XVIII e no século XIX, a contaminação disparou exponencialmente.
Hoje em dia, a concentração de arsênico é mil vezes superior ao nível normal e o chumbo 250% superior. Os investigadores vão agora dedicar-se a estudar o impacto desta poluição na fauna que se alimenta das algas Posidonia oceanica, espécie endêmica do Mediterrâneo.
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