O Bambu surgiu na terra no período Cretáceo, ou pouco antes da era Terciária, quando surgiu o homem. É conhecido como a “Planta dos mil usos”, pois propicia a produção de alimentos, abrigo, calor, armas, utensílios domésticos, ferramentas agrícolas, artesanato, papel, tecido, cordas, e uma infinidade de aplicações.
Bambusa oldhamii |
No século XVII a.C a China já contava com onze milhões de habitantes, e a população enfrentava problemas como a má distribuição de terras e grãos. Manchúria, região de exuberante geografia que abrigava extensas plantações de bambu, começou a utilizar o bambu para construir casas, pontes, móveis, ferramentas e uma infinidade de utensílios. Descobriram o uso do bambu na alimentação e na medicina através do cozimento dos brotos e da infusão de raízes; decifraram suas propriedades físicas e mecânicas, sua resistência à tração, compressão, flexão e construíram com a planta a cidade sagrada, a comunidade solidária. Com isto o nordeste da Manchúria ficou conhecido como “Civilização do Bambu”.
Muito tempo depois, em países como o Japão, Indonésia, Malásia, Coréia, Vietnã, Índia e tantos outros, o bambu, de planta sagrada, passou a ser reconhecido como protagonista social e até hoje exerce forte influência na economia, cultura, religiosidade e literatura oriental.
A partir de 684 a.C, o bambu se tornou fonte de muitas aplicações. Dele, os asiáticos obtém alimento, vestuário, moradia e medicamentos. Foi utilizado em grandes invenções como as pontes suspensas, cúpula dos templos, avião, helicóptero e motor a explosão.
No Brasil, por questões culturais, o bambu não é visto como um material de construção convencional, portanto sua aplicação torna-se difícil, pelo desconhecimento e pelo uso indevido. Porém se forem analisadas suas propriedades como, sua alta resistência mecânica, sua durabilidade e forem obedecidas às recomendações corretas de manejo e uso do material, o bambu poderá se apresentar como uma excelente alternativa para baratear as construções habitacionais populares. O uso desse material ecologicamente correto, possibilita a diminuição de gastos com energia na fabricação de componentes para a construção civil.
Além disso, o bambu possibilita, com o plantio em áreas degradadas, a recuperação do solo, a contenção da erosão e o aumento da umidade relativa do ar na região, dando suporte ao crescimento de espécies arbóreas nativas. Esta planta também contribui para o seqüestro de carbono na Terra (converte CO2 em O2), gerando mais oxigênio do que a mesma quantidade de árvores. Se o bambu desaparecesse de repente da face da Terra, aproximadamente 10% da população asiática ficaria desabrigada.
Suas propriedades físicas e mecânicas são extraordinárias, tanto que no ataque da bomba atômica em Hiroshima ele conseguiu sobreviver às radiações emitidas pelo impacto.
Bambusoideae, da família das gramíneas. As opiniões variam muito e novas espécies e variedades são acrescentadas ano a ano, mas calcula-se que existam cerca de 1250 espécies no mundo, espalhadas entre 90 gêneros, presentes de forma nativa em todos os continentes menos na Europa. Habitam uma alta gama de condições climáticas e topográficas.
As duas maiores plantações comerciais de bambu das Américas estão no Nordeste brasileiro. Uma no Maranhão e a outra em Pernambuco. Juntas alcançam aproximadamente 40 mil hectares. Na região Sudeste, no interior de São Paulo e Paraná, existem muitos cultivadores de Mosô, descendentes dos imigrantes japoneses que trouxeram esta e outras variedades de bambu para o Brasil.
De todos os materiais renováveis utilizados na construção ecológica, o bambu se destaca, por várias razões. Mas principalmente porque é um recurso renovável, com baixo custo de produção e pouco poluente. A partir do terceiro ano após o plantio, o bambu pode ser colhido anualmente - uma árvore demora no mínimo 20 anos para poder ser aproveitada na produção de madeira ou carvão. A utilização do bambu como substituto da madeira pouparia milhões de árvores por ano e, além disso, ele pode ser plantado em áreas onde a agricultura é inviável.
Na Colômbia, ele é utilizado para construir casas resistentes a terremotos. O bambu também pode ser utilizado nas construções, como alternativa ao tijolo, sem função estrutural, apenas para o fechamento de paredes. O bambu pode aparecer em dois tipos de sistema construtivo: como uma taipa (estrutura de bambu amarrado entre si, com acabamento de barro ou cimento que pode ser emassado e pintado), ou como esterilha (estrutura em varas de bambu, fechamento em esteiras de lascas de bambu amarradas e acabamento em cimento, emassado e pintado)
O SEBRAE de Três Rios (RJ) e a ONG RECICLA montaram uma fábrica de casas populares de bambu+cimento+borracha de pneu+cal+bambu moído. O sistema é modular (de encaixes macho e fêmea) com blocos de 50cmx100cmx9cm, muito rápido de montar e custa pouco mais da metade de uma casa de tijolos de barro. O sistema foi desenvolvido pelo Engenheiro Civil Edson Satori, o Arquiteto e Rubens Cardoso Jr. e o Arquiteto Alejandro Pereira da Silva.
Muito tempo depois, em países como o Japão, Indonésia, Malásia, Coréia, Vietnã, Índia e tantos outros, o bambu, de planta sagrada, passou a ser reconhecido como protagonista social e até hoje exerce forte influência na economia, cultura, religiosidade e literatura oriental.
A partir de 684 a.C, o bambu se tornou fonte de muitas aplicações. Dele, os asiáticos obtém alimento, vestuário, moradia e medicamentos. Foi utilizado em grandes invenções como as pontes suspensas, cúpula dos templos, avião, helicóptero e motor a explosão.
No Brasil, por questões culturais, o bambu não é visto como um material de construção convencional, portanto sua aplicação torna-se difícil, pelo desconhecimento e pelo uso indevido. Porém se forem analisadas suas propriedades como, sua alta resistência mecânica, sua durabilidade e forem obedecidas às recomendações corretas de manejo e uso do material, o bambu poderá se apresentar como uma excelente alternativa para baratear as construções habitacionais populares. O uso desse material ecologicamente correto, possibilita a diminuição de gastos com energia na fabricação de componentes para a construção civil.
Além disso, o bambu possibilita, com o plantio em áreas degradadas, a recuperação do solo, a contenção da erosão e o aumento da umidade relativa do ar na região, dando suporte ao crescimento de espécies arbóreas nativas. Esta planta também contribui para o seqüestro de carbono na Terra (converte CO2 em O2), gerando mais oxigênio do que a mesma quantidade de árvores. Se o bambu desaparecesse de repente da face da Terra, aproximadamente 10% da população asiática ficaria desabrigada.
Suas propriedades físicas e mecânicas são extraordinárias, tanto que no ataque da bomba atômica em Hiroshima ele conseguiu sobreviver às radiações emitidas pelo impacto.
Bambusoideae, da família das gramíneas. As opiniões variam muito e novas espécies e variedades são acrescentadas ano a ano, mas calcula-se que existam cerca de 1250 espécies no mundo, espalhadas entre 90 gêneros, presentes de forma nativa em todos os continentes menos na Europa. Habitam uma alta gama de condições climáticas e topográficas.
As duas maiores plantações comerciais de bambu das Américas estão no Nordeste brasileiro. Uma no Maranhão e a outra em Pernambuco. Juntas alcançam aproximadamente 40 mil hectares. Na região Sudeste, no interior de São Paulo e Paraná, existem muitos cultivadores de Mosô, descendentes dos imigrantes japoneses que trouxeram esta e outras variedades de bambu para o Brasil.
De todos os materiais renováveis utilizados na construção ecológica, o bambu se destaca, por várias razões. Mas principalmente porque é um recurso renovável, com baixo custo de produção e pouco poluente. A partir do terceiro ano após o plantio, o bambu pode ser colhido anualmente - uma árvore demora no mínimo 20 anos para poder ser aproveitada na produção de madeira ou carvão. A utilização do bambu como substituto da madeira pouparia milhões de árvores por ano e, além disso, ele pode ser plantado em áreas onde a agricultura é inviável.
Na Colômbia, ele é utilizado para construir casas resistentes a terremotos. O bambu também pode ser utilizado nas construções, como alternativa ao tijolo, sem função estrutural, apenas para o fechamento de paredes. O bambu pode aparecer em dois tipos de sistema construtivo: como uma taipa (estrutura de bambu amarrado entre si, com acabamento de barro ou cimento que pode ser emassado e pintado), ou como esterilha (estrutura em varas de bambu, fechamento em esteiras de lascas de bambu amarradas e acabamento em cimento, emassado e pintado)
O SEBRAE de Três Rios (RJ) e a ONG RECICLA montaram uma fábrica de casas populares de bambu+cimento+borracha de pneu+cal+bambu moído. O sistema é modular (de encaixes macho e fêmea) com blocos de 50cmx100cmx9cm, muito rápido de montar e custa pouco mais da metade de uma casa de tijolos de barro. O sistema foi desenvolvido pelo Engenheiro Civil Edson Satori, o Arquiteto e Rubens Cardoso Jr. e o Arquiteto Alejandro Pereira da Silva.
Buscar soluções para um mundo mais sustentável há tempos saiu da esfera pública |
As possibilidades técnicas do bambu são muitas, limitadas pelas características inerentes do material, que pode ser aliado a outros materiais perfazendo equilíbrio de funções, e multiplicadas pela imaginação e inventividade dos construtores. O bambu é leve, suavemente cônico, resistente, econômico e sustentável.
De modo geral o bambu pode substituir o aço e a madeira em colunas, vigas e demais elementos passíveis de serem utilizados em formato cilíndrico ou tubular. Uma estrutura bem planejada pode resistir as ações de ventos fortes. A triangulação das estruturas de bambus inteira nas paredes, adicionada com malhas rebocadas, resulta em paredes bastante resistentes.
O alto potencial socializador do bambu já justificaria sua aplicação nos mais diversos casos. Essa planta é cada vez mais tida como significativa para o desenvolvimento de países pobres. Recentes programas de habitação, por exemplo, no Equador, na Colômbia e na Costa Rica, já incluem o bambu como principal material nas edificações. É cada vez maior o número de arquitetos latino-americanos defendendo a utilização do bambu nas mais diversas situações, pois ele não é limitador de criações únicas e modernas.
De modo geral o bambu pode substituir o aço e a madeira em colunas, vigas e demais elementos passíveis de serem utilizados em formato cilíndrico ou tubular. Uma estrutura bem planejada pode resistir as ações de ventos fortes. A triangulação das estruturas de bambus inteira nas paredes, adicionada com malhas rebocadas, resulta em paredes bastante resistentes.
O alto potencial socializador do bambu já justificaria sua aplicação nos mais diversos casos. Essa planta é cada vez mais tida como significativa para o desenvolvimento de países pobres. Recentes programas de habitação, por exemplo, no Equador, na Colômbia e na Costa Rica, já incluem o bambu como principal material nas edificações. É cada vez maior o número de arquitetos latino-americanos defendendo a utilização do bambu nas mais diversas situações, pois ele não é limitador de criações únicas e modernas.
Artefatos e construções que utilizaram o bambu |
Não há dúvidas de que o bambu é um material que pode auxiliar o homem na superação de muitos problemas, desde os relativos à sobrevivência, oferecendo meios de construção de casas, objetos e diversos utensílios, até os mais sofisticados, que lidam com a estética e o prazer do convívio com materiais naturais de beleza incontestável.
Bambu | ||||||||||||||||||
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Bambusa oldhamii | ||||||||||||||||||
Classificação científica | ||||||||||||||||||
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